Resumo - Mary Del Priore
Por: lukecesar • 3/11/2017 • Trabalho acadêmico • 902 Palavras (4 Páginas) • 559 Visualizações
DEL PRIORE, Mary. Uma Breve História do Brasil./Mary Del Priore, Renato Venâncio. – São Paulo: Editora do Brasil, 2010 (pg. 50 – 54)
Lucas Cesário de Oliveira
Esta resenha é baseada em um capitulo do livro “Uma Breve História do Brasil”, de Mary Del Priore, uma historiadora brasileira. Formada em História pela Universidade de São Paulo, e doutora em História Social pela mesma, é uma das grandes especialistas em Brasil Colônia, tendo lecionado em várias universidades brasileiras, como a PUC-Rio de Janeiro e na Universidade Salgado de Oliveira. Autora de algumas obras como “História da Gente Brasileira”, “História das Crianças no Brasil” e “Uma Breve História do Brasil”.
No capitulo “Perto do Ouro e Longe do Rei” é abordada a corrida pelo ouro no Brasil e sua interiorização, que se inicia com a decadência das lavouras canavieiras nas capitanias de Pernambuco e São Vicente, que leva os habitantes da colônia a buscarem novas formas de gerar lucros para a Metrópole, e nesse processo começa a interiorizar o Brasil, através das bandeiras que eram formadas para a obtenção de produtos e também na captura de escravos que fugiam.
No advento do século XVIII, a colônia passa por um processo de interiorização, vem restrita apenas ao litoral, se fazia necessário nesse momento adentrar colônia a dentro em busca de riquezas, pois as lavouras canavieiras não eram mais tão rentáveis como antigamente, pois agora sofriam uma forte concorrência do açúcar holandês produzido nas Antilhas. A situação politica dentro da colônia também não era das melhores, pois começara as rivalidades entre portugueses e os nativos da terra (como em Pernambuco, pelos grandes latifundiários de Olinda e a classe burguesa de Recife).
Tudo começa a mudar a partir da descoberta de ouro, nas regiões onde hoje se localizam as atuais Minas Gerais, que começou a atrair pessoas de todos os lados da colônia, em busca do metal, em busca do enriquecimento rápido e fácil. As notícias da descoberta de ouro chegam ao trono de D. João, que organiza uma bandeira, liderada por Fernão Dias Paes para que fossem descobertas novas minas para a grande extração de ouro, justamente nas regiões de Minas Gerais e Goiás.
Com a descoberta do ouro, o ritmo na colônia foi mudado drasticamente, pois muitos abandonaram suas produções, engenhos e lavouras em busca do “sonho dourado”, as mulheres tomavam as profissões deixadas pelos homens que se foram, tentando assim, manter uma vida urbana quase inexistente. Cidades próximas às zonas mineradoras foram tomadas por diversos forasteiros, em busca do metal tão cobiçado, desses que chegavam, muitos eram de regiões de grande importância no recente passado colonial, como São Vicente, Taubaté e São Paulo, deixando para trás mulheres, filhos, parentes, em busca do sonho de enriquecer através do ouro que pensavam que achariam.
Essas expedições eram chamadas bandeiras, eram formadas por homens das mais diversas ocupações e de diferentes nacionalidades também, paulistas, estrangeiros descontentes, desertores, fugitivos da justiça; eles eram bem diferente do que nos é apresentado em alguns lugares, como a escola.
No ano de 1696, uma dessas expedições conseguiu encontrar jazidas de ouro nas regiões montanhosas de Minas Gerais, onde teve início a ocupação do Vale do Ouro Preto. Nessa e em outras regiões de Minas (e depois em Goiás e no Mato Grosso), o ouro, inicialmente, era encontrado na forma de aluvião – um tipo sedimentado do metal solvido em depósitos de cascalho, argila e areia. Logo em seguida, começou-se a exploração de rochas localizadas nas encostas das montanhas, empregando-se a técnica conhecida como grupiara. Grandes sistemas de prospecção foram construídos, desde escavações das encostas até canais de drenagem e ventilação.
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