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As Causas da Reforma

Por:   •  24/4/2019  •  Resenha  •  1.767 Palavras (8 Páginas)  •  186 Visualizações

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AS CAUSAS DA REFORMA

  1. Explicação Marxista

O historiador Oscar A, Marti, defendia que a Igreja católica, ligada as estruturas rurais de uma espoca feudal, se encontrava numa perigosa situação em referencia à corrente ascendente da economia urbana, burguesa e capitalista. Para Coor Barbagallo a Reforma representava o progresso econômico social, inversamente a “Contra-Reforma” foi um fenômeno de reação no qual colaboraram mesmo protestantes conservadores. A contra-reforma apareceu como um esforço de restauração da antiga ordem, julgada em perigo empreendido em comum pelos governos, pela Igreja e juntamente com ele por grupos sociais interessados.

  1. Estudos econômicos sobre o nascimento da Reforma

Segundo Hauser rejeita a tese de que o partido huguenote era um partido de nobre. As pesquisas conduzidas por Hauser convenceram-no que, antes de 1560, a Reforma tinha principalmente conquistado em Franca os artesãos das cidades, e de modo menos importante, os camponeses. Continuando sua pesquisas sobre a reforma, Hauser pretendeu explicar não apenas a adesão dos ponbres ao Protestiatismo, mas também a escolha dos príncipes que decidiram romper com Roma.

  1. Critica das explicações econômicas
  1. Critica da explicação marxista

As grandes viagens do Renascimento não tiveram sobre a vida material dos Europeus do século XVI conseqüências comparáveis aquelas que provocou, a partir do século XVIII, o progresso da ciência e da técnica. Mesmo que os preços tenham mais que triplicado em cem anos, a existência quotidiana de um camponês ou de um burguês não foi radicalmente alterada no decorrer do século XVI. Houve, por conseguinte, nessa época, revolução religiosa, mas não revolução econômica. Nessas condições, as relativamente lentas modificações das estruturas materiais da sociedade dificilmente podem ter sido a causa profunda da subversão religiosa. A Reforma conheceu seus primeiros sucessos em países que estavam antes atrasados do ponto de vista econômico, a Alemanha e a Suiça.

        Quanto a tese que, a partir de Engels, vê em Thomas Muntzer um revolucionário comunista que não teria possuído senão uma “mascara bíblica”, ela é praticamente rejeitada por todos os historiadores. É certo que Muntzer foi cada vez mais assoberbado pelas dificuldades quotidianas do combate. Por conseguinte, a concepção marxista da Reforma pecou por anacronismo, ao transpor para o século XVI realidaes e conflitos do século XIX.

  1. Houve protestante em todas as classes sociais

Segundo, Paul F. Geisendorf a proporção dos artesões parace pois muito importante. Mas na sociedade do século XVI os humildes eram mais numerosos que os nobres, os clérigos, os comerciantes e burgueses abastados. Ou seja, todas as categorias sociais foram atingidas pela Reforma. Se, portanto se quiser, em cada caso particular, produzir, como explicação fundamental da passagem de um grupo social para Reforma, uma razão econômico-social, chega-se, no plano geral, a resultados contraditorios, visto se fazerem aderir ao Protestantismo por motivos materiais classes opostas entre si.

  1. A questão dos “abusos” disciplinares
  1. A tese tradicional

Por muito tempo se pensou que a Reforma tinha deflagrado por causa dos “abusos” que reinavam por esse tempo na Igreja, muitos escritores contemporâneos e ate mesmo historiadores defendiam essa tese. Do ponto de vista católico, por não ser capaz de cumprir a regra monástica, Frei Martinho procurou justificações teológicas, atraindo a sua teologia tudo o que existia, na Alemanha, de avidez, sensualidade e etc.

  1. Para uma explicação teológica da reforma

Michelet associou Reforma e Renascenca e, por sua vez, saudou na revolta de Lutero um começo de libertação dos espíritos. O Protestantismo, para ele, foi a forma de Cristianismo correspondente as necessidades intelectuais do século XVI, sabendo-se que a cultura as pessoas da época ainda era muitíssimo medieval. Janssen, por outro lado afirma que quase todas as doutrinas que iriam subverter a sociedade do século XVI estavam já difundidas no fim do século XV. Não convem portanto subestimar a complexidade do problema das causas da Reforma. Mas a historiografia marxiata contemporânea é unânime em dar prioridade, na hierarquia das explicações da crise, aos fenômenos religiosos. A causa da Reforma teria sido, em suma, a seguinte: numa época conturbada, que alem disso assistia à afirmação do individualismo, os fieis teriam sentido a necessidade de uma teologia mais solia e mais viva que aquela que lhes era ensinadas pó um clero muitas vezes pouco instruído ou rotineiro, com excessivos padres serventuários famélicos e incapazes substituindo os curas titulares, eles mesmo insuficientemente formados.

O CASO DE LUTERO

  1. Um legendário personagem

Os contemporâneos de Lutero idealizaram a figura do antigo monge e difundiram a imagem de um anjo suscitado pela Providencia para abater o Anticristo de Roma. Todavia a partit do século XVIII novos méritos foram atribuídos ao fundador da Reforma. não desvalorizar por vezes sua ação propriamente religiosa.

O protestianimos, segundo Janssen, não fizera mais que aumentar as dificuldades da Igreja, retardar e atrapalhar a obra de saneamento. Os historiadores protestantes objetavam pelo contrario que a decadência do mundo cristão era de tal modo profunda que não teria conseguido se regenerar sem a rude medicina de Lutero;

  1. Descoberta do verdadeiro Lutero

A revolução que desordenou os estudos luteranos consistiu em dar prioridade à formação de Lutero. Este surgiu como um produto da decadência da Igreja, Fora, no convento, um monge orgulhoso e carnal, Não inventara sua doutrina senão para encontrar um disfarce e uma excusa para suas fraquezas. Atualmente, quase mais nada resta dessa tese de Denifle. Lutero foi um personagem eminentemente religioso. Os anos decisivos de sua esvolucao e aparição na cena histórica são extraordinariamente ricos de vida relogiosa, quaisquer que tenham siddo os erros dogmáticos. Porem, com o tempo foi desgracadamente precipitado no turbilhão de uma política viciada pelo egoísmo.

  1. A tese psicanalista a propósito de Lutero
  1. Exposição da tese

Os historiadores católicos embora abandonando a tese da corrupção moral e Lutero, enfatizam de bom grado as fraquezas nervosas e psíquicas do Reformador. A hereditariedade alcoolotra do pai, amor anormal por sua mãe, educação recebida num clima de temor, tendência para melancolia, obsessões sexuais – “sublinhadas” numa pujante atividade intelectual – tais como elementos que explicam, segyndo a psicanálise, por que e de que maneira Lutero foi levado a rejeitar o valor salvifico das ações.

  1. Critica do diagnostico dos psicanalistas

O mais grave defeito dos estudos psicanalíticos respeitantes a Lutero é separar o reformador de sua época, isolar um caso individual por interessante que seja. Em qualquer caso, os historiadores protestantes não mais negam certos pontos fracos de Lutero: sua excessiva grosseria, sua violências por vezes bem pouco cristas, mesmo quando dirigidas ao Papa, os desconcertantes aspectos de sua atitude por ocasião da guerra dos camponeses.

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