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Aspectos Socias do Brasil Colonia

Por:   •  20/7/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.693 Palavras (7 Páginas)  •  488 Visualizações

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Como se apresentaram as relações sociais e econômicas no período colonial e que traços culturais deste período empataram na formação do Estado Brasileiro?

As relações econômicas no período colonial brasileiro estavam no comando de Portugal que mantinha exclusividade sobre a colônia. O avanço econômico estava inerente ao avanço mercantil, nesse período eram desenvolvidas atividades de exportação e subsistência, sendo o mercado externo o maior interesse para os negócios de Portugal.

A primeira atividade econômica desenvolvida no Brasil foi a extração do pau-brasil, mas com o aumento descontrolado da exploração a madeira foi ficando a escassa, posteriormente foram desenvolvidas atividades de cultivo do algodão, tabaco, cana de açúcar e mineração. O desenvolvimento econômico da colônia tinha como objetivo satisfazer os interesses econômicos e de lucro de Portugal.

No Brasil foi implantado o sistema de sesmarias, o que garantia a vasta extensão de terras para os colonos portugueses. Com a escassez da madeira pau Brasil, a economia passa então ao cultivo de cana de açúcar, visto que o mercado desse produto na Europa era grande, com o inicio das plantações surgem também as primeiras aristocracias oligárquicas. Os engenhos utilizavam de mão de obra africana, os escravos, o que eram considerados como simples mercadorias para os senhores dos engenhos. A partir do século XVI a colônia brasileira se torna o maior produtor de açúcar, o que faz com que Portugal estabeleça um pacto colonial, que estabelece um monopólio da colônia com a metrópole.

A economia passa da produção de cana de açúcar para as jazidas com a “descoberta” das minas, e a atividade passa a ser a mineração. A mão de obra continua sendo escrava, mas também passa a ter os faiscadores, que eram trabalhadores livres e autônomos. As explorações das jazidas não trouxeram riqueza a  colônia visto que, os minerais eram enviados para a metrópole. Passam a se desenvolver a pecuária e a agricultura em torno das minas, como forma de abastecimento dos mineradores e escravos. Assim como a exploração da madeira pau-brasil, a mineração entra em decadência devido ao excesso de exploração e esgotamento dos minerais. Na região do suldeste a cultura cultiva é do café. Neste período há no Brasil uma ativação na economia.

Em relação à constituição do povo brasileiro, a miscigenação teve papel primordial. As raças que se relacionavam neste mesmo local, isto é, os negros, brancos e índios trouxeram diversidade de raças, etnias e costumes.

Os negros advindos da África pelo tráfico foram trazidos ao Brasil para servirem como escravos, constituindo um terço da população total, tendo grande relevância para a formação da população brasileira. O homem branco, quase só de origem portuguesa se concentrou nos centros urbanos, vindos ao país como imigrantes de forma individual e  predominantemente masculina. Já os índios foram aproveitados pelos portugueses para obtenção de produtos nativos e para a colonização. Eram submetidos a forte regime disciplinar, sob a autoridade dos padres que realizavam as missões religiosas.

Entretanto, devemos destacar a importância dos Jesuítas, tanto no processo de colonização dos índios, quanto no registro da história brasileiro, pois escreviam várias cartas detalhando a vida social dos colonos, relatando o contato da cultura europeia com a indígena e africana.

Graças à mestiçagem, os poucos colonos brancos puderam impor seus padrões e sua cultura à colônia, sendo os elementos “puros” eliminados pelo cruzamento, pois as preocupações de “limpar o sangue” e estabelecer uma “pureza de raça” dirigiu um processo de branqueamento. Com esse processo, houve muitas influências social sendo uma espécie de imposição de valores e costumes, no que resultou em diversas mudanças de hábitos.  

Os brancos e as raças de cor, desde a primeira metade do século XVI, foram  condicionadas pelo sistema de produção econômica e pela escassez de mulheres brancas obrigados a ter vínculos com outras raças, mesmo com essa relação de submissão.  

Uma separação bem clara entre escravos e brancos eram suas formas de moradias. As casas-grandes abrigavam em sua minoria os brancos e as senzalas acomodavam os agregados, escravos e parentes.

A distinção entre os vencedores sobre as populações indígenas e dominadores dos negros importados da África para o trabalho escravo deste país, foi diminuindo, principalmente pela escassez de mulheres brancas,  dando origem a miscigenação consequentemente, uma diminuição da distância social, entre a casa grande e a senzala.

O fato de haver vínculos de várias raças com condições diferentes, trouxe instabilidade a saúde, trazendo malefícios que foram associadas a miscigenação e a refeição de má qualidade, havendo  a decadência ou a inferioridade das raças.

Através das gerações, as condições econômicas e sociais, favoráveis ou desfavoráveis, interferem no desenvolvimento humano. As condições sociais precárias eram responsáveis pela miserabilidade, pessoas doentes e mal nutridas, que acarretavam em incapacidade de trabalhar, apatia, mudanças no crescimento, diminuição da estatura do peso e do perímetro torácico, deformações esquelética, descalcificação dos dentes, insuficiência tireoide, velhice prematura e infertilidade.

O sistema patriarcal e escravocrata de colonização atribui importância aos estudos da formação brasileira, pois a organização da família traz muitas vezes a discordância com a moral católica, envolvendo a sexualidade, mercancia e o tráfico.

A família patriarcal, isto é, uma família numerosa, composta pelo núcleo conjugal, filhos e também, um grande número de criados, parentes, aderentes, agregados e escravos, submetidos todos ao poder absoluto do chefe, que era, ao mesmo tempo, marido, pai, senhor donos das terras.

Este sistema patriarcal de forma autoritária, discriminatória, hierarquizada, centralizadora, de restrito interesse público, exprimiu posição imperialista da raça adiantada sob a atrasada, em relação aos países desenvolvidos europeus e as colônias. Entretanto, por mais que houvesse traços da cultura europeia no Brasil, não conseguimos comparar essas sociedades totalmente diferentes. Por exemplo, a casa-grande não se compara com as moradias de Portugal, pois havia uma grande diferença entre o português reino e o português do Brasil. As casas-grandes nos traz a história social do Brasil sendo caracterizado como a história íntima de quase todo brasileiro.  

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