Atps Historia

A Origem da educação escolar no Brasil

Somos feitos de tempo?

Dizer que somos feitos de tempo é o mesmo que dizer que somos feitos de história, que somos seres históricos, seres que são feitos de passado constituindo o presente, agindo nele para formar o futuro. Tudo o que fazemos hoje é o resultado de algo que foi feito ontem, resultado da herança cultural deixada pelos nossos antepassados. Estamos incluídos no tempo de qualquer forma, tudo o que acontece no presente vai ser refletido no futuro, o passado não ficou apenas no passado, não está morto, assim como o presente não termina por aqui, trabalhamos em função do amanhã. E compreendendo o passado que podemos dar sentido ao presente e projetar o futuro, produzir a nós mesmos e a cultura a que pertencemos.

Toda a história vale para a história da educação, já que o fenômeno educacional se desenrola no tempo e se faz igualmente parte da história. Para entender a história da educação, é essencial situá-la na história geral.

A preservação da memória histórica, a reconstituição do passado dos acontecimentos não é sempre idêntica em todos os tempos e em todos os lugares porque através de fatos sociais anteriores, experiências coletivas e as vivencias ao longo dos tempos, nos informam situações diferente de como a história de cada geração é recontada. Com isso surgem às mudanças, e a história é o tempo todo reescrita.

A História da Educação Brasileira evolui em rupturas marcantes e fáceis de serem observadas. A primeira grande ruptura travou-se com a chegada dos portugueses ao território do Novo Mundo. Os portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa, o que não que quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíam características próprias de se fazer educação.

Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia, trouxeram também os métodos pedagógicos.

Até os dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional, mas a educação continua a ter as mesmas características impostas em todos os países do mundo.

Estudar a história da educação é compreender o presente, intervir no futuro através do estudo do passado, não cometendo os mesmos erros de nossos antepassados.

A reforma protestante foi um movimento reformista cristão culminando no inicio de século XVI por Martinho Lutero, quando através da publicação de suas 95 teses, em 31 de outubro de 1517 na porta da igreja Castelo de Wittenberg, protestou contra diversos pontos da doutrina da igreja católica Romana, propondo uma reforma no catolicismo romano. Os princípios fundamentais da reforma protestante são conhecidos como cinco solas.

Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa , iniciada na Alemanha, estendendo-se pela Suíça, França, países baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do leste europeu.

O resultado Protestante foi a divisão da chamada igreja do ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o protestantismo e o inicio de massacres e perseguições por parte da igreja católica como por exemplo a noite de massacre da noite de são Bartolomeu.

Cisões na igreja

Instituição de tradição milenar, a igreja católica tem uma história marcada por grandiosas transformações. Se por um lado tais mudanças não afetaram substancialmente seus dogmas, por outro condicionaram os caminhos por ela tomados.

Em meados do século XI, o grande cisma do oriente foi responsável pela primeira grande divisão dentro do clero católico. A partir de então, a cristandade passava a ser representada por duas instituições distintas: a igreja católica apostólica romana que preservava os valores até então praticados. A igreja ortodoxa ficava assim, sob a liderança do Patriarca de Constantinopla.

Teses de Martinho Lutero

No entanto, foi somente no século XVI que a igreja católica enfrentou sua mais grave cisão. Através de um processo conhecido como reforma protestante. Integrante do clero católico, Lutero elaborou um documento através do qual apresentava críticas e propostas de mudanças em relação às práticas e valores da igreja de Roma.

Igrejas protestantes

Além das criticas a venda de indulgencia e de cargos eclesiásticos praticada por parte do clero católico, tais igrejas se opuseram a diversos valores do catolicismo. A autoridade do Papa não era por elas reconhecida, assim como o culto de imagens e santos.

A despeito de tais aproximações, as demais igrejas protestantes se distanciavam em determinados aspectos da ideia de Lutero.

Contrarreforma- Brasil escola

A contrarreforma, de modo geral, consistiu em um conjunto de medidas tomadas pela igreja católica com o surgimento das religiões protestantes. Longe de promover mudanças estruturais nas doutrinas e práticas do catolicismo, a contrarreforma estabeleceu um conjunto de medidas que atuou em duas vias: atuando contra outras denominações religiosas e promovendo meios de expansão da fé católica.

Umas das principais medidas tomadas foi a criação da companhia de Jesus. Designados com uma braço da igreja, os jesuítas foram os principais responsáveis pelo processo de catequização das populações dos continentes americano e asiático.

Além de perseguir protestantes, a santa inquisição também combateu judeus e islâmicos, que eram considerados pescadores e infiéis. Entre outras formas, a inquisição atuava com a abertura de processos de investigação que acatavam denúncias contra hereges e praticantes de bruxaria. Caso fossem comprovadas as denuncias, o acusado era punido com sanções que iam desde o voto de silencio a morte na fogueira.

Em 1542, o concilio de Trento, uma reunião dos principais lideres da igreja organizada pelo papa Paulo III, selou o conjunto de medidas tomadas pela contrarreforma. Além disso, a Vulgata foi estabelecida como versão oficial da Bíblia Sagrada, foi proibida a venda de indulgências e todas as doutrinas católicas forma reafirmadas.

A sociedade brasileira no período colonial

A formação da