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Batalha do Pulador ou de Passo Fundo

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Por:   •  21/9/2014  •  Artigo  •  1.430 Palavras (6 Páginas)  •  623 Visualizações

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Batalha do Pulador ou de Passo Fundo

A Batalha de Passo Fundo, ou Batalha do Pulador, foi o combate mais importante e sangrento da Revolução Federalista (1893-1895), ocorrida em 1894, no hoje distrito de Pulador, no Rio Grande do Sul, entre duas facções representadas pelos maragatos ou federalistas e os pica-paus ou republicanos.

Após a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, as dissenções políticas naquele estado da nova federação, entre os monarquistas de Gaspar Silveira Martins (maragatos) e os republicanos de Júlio de Castilhos (pica-paus), acabaram por fazer eclodir o movimento revolucionário.

Na tomada de Bagé pelo enviado de Júlio de Castilhos, o Coronel Arthur Oscar, os maragatos deixaram suas famílias e atravessaram a fronteira para o Uruguai, até que voltaram ao Rio Grande, em 1893, pelas colunas comandadas por Gumercindo Saraiva, antigo delegado de polícia.

No dia 27 de junho de 1894, na localidade chamada Pulador, cerca de 4.500 homens entraram em violento combate, que durou por seis horas com grande número de baixas de ambas as partes, terminando com pica-paus e maragatos, já sem munição, brigando "à unha". Eram 3.000 legalistas entre os voluntários do senador Pinheiro Machado, sob o comando do seu irmão Salvador Pinheiro Machado e soldados, contra 1.600 revolucionários federalistas. O saldo final de mortos e feridos diverge, dependendo do historiador, mas a maioria das fontes estima de 800 a 1000 mortos, destacando que não houve prisioneiros. Os sobreviventes, de ambos os lados, buscaram esconder-se em matos próximos.

A batalha resultou no enfraquecimento definitivo dos maragatos, os quais foram obrigados a assinar a paz um ano depois, contribuindo para a consolidação definitiva da República brasileira.

Anualmente, a Batalha do Pulador é encenada por tradicionalistas de Passo Fundo, município a que pertence o distrito onde ocorreu a batalha.

Guerra da Cisplatina

A Guerra da Cisplatina ocorreu de 1825 a 1828, entre Brasil e Argentina, pela posse da Província de Cisplatina, atual Uruguai. Localizada numa área estratégica, a região sempre foi disputada pela Coroa Portuguesa e Espanhola.

Portugal foi o fundador da Colônia do Sacramento (primeiro nome dado à Cisplatina), em 1680. Mas o território passou a pertencer à Espanha em 1777, sendo então colonizado nos moldes espanhóis.

Na época em que a coroa Portuguesa se transferiu para o Brasil, Dom João VI incorporou novamente a região. Em 1816, por razões políticas e econômicas, ele enviou tropas a Montevidéu, ocupando o território e nomeando-o como Província da Cisplatina.

Movimento de independência

No Reinado de Dom Pedro I, em 1825, surgiu um movimento de libertação da província. Os habitantes da Cisplatina não aceitavam pertencer ao Brasil, pois tinham idiomas e costumes diferentes. Liderados por João Antonio Lavalleja, eles se organizaram para declarar a independência da região.

A Argentina apoiou o movimento, oferecendo força política e suprimentos (alimentos, armas, etc). Porém, na realidade, os argentinos pretendiam anexar a Cisplatina, logo que esta se libertasse do Brasil.

Reagindo à revolta, o governo brasileiro declarou guerra à Argentina e aos colonos descontentes. Ocorreram vários combates, que obrigaram Dom Pedro I a gastar muito dinheiro público.

Guerra impopular

Os brasileiros não apoiaram este conflito, pois sabiam que o governo aumentaria os impostos para financiar a guerra. Este episódio desgastou ainda mais a imagem de Dom Pedro I.

Este dinheiro gasto nos combates desequilibrou a economia brasileira, já desfalcada com o valor gasto para o reconhecimento da independência do país. Se o Brasil ainda saísse vitorioso, valeria a pena todo investimento. Mas isto não aconteceu.

A Inglaterra, que tinha interesses econômicos na região, atuou como mediadora. Em 1828, propôs um acordo entre Brasil e Argentina, o qual estabeleceu que a Província da Cisplatina não pertenceria a nem dos dois, mas seria independente. Nascia aí a República Oriental do Uruguai.

O desfecho desfavorável ao Brasil agravou a crise política no país. A perda da província foi um motivo a mais para a insatisfação dos brasileiros com o Imperador, que acabou renunciado em 1831.

Revolução Farroupilha

Também chamada de Revolução Farroupilha, a Guerra dos Farrapos foi o mais importante conflito regencial. Durou 10 anos (1835 – 1845) e a paz só chegou no governo de D. Pedro II.

Os objetivos dos farroupilhas eram:

- Pagar menos impostos;

- Queriam que o governo central aumentasse as taxas alfandegárias sobre o charque (carne-seca), o sebo e o couro;

O charque, além de ser o principal alimento dos escravos e dos pobres, também era o principal produto da economia gaúcha.

Os comerciantes do sudeste (dominados pelos latifundiários do centro e norte) compravam charque mais barato do Uruguai e da Argentina. Os uruguaios e argentinos vendiam barato, porque a mercadoria era produzida com mão-de-obra livre.

A concorrência não agradava os fazendeiros gaúchos que pagavam maiores impostos do que os estrangeiros.

Por causa dos impostos, a classe dominante do Rio Grande do Sul apoiava os ideais dos federalistas (chamados de farroupilhas) que queriam diminuir o poder do centro e aumentar a autonomia provincial.

Em 1834, nas eleições para assembléia provincial, os federalistas eram a maioria e isso dificultou as relações com o presidente da província (nomeado pelo imperador).

Um grande proprietário chamado Bento Gonçalves, assumiu o comando do exército farroupilha (formado por fazendeiros

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