Brasil 1

Novas descobertas

Tratar as questões indígenas no Brasil desde sua colonização é uma questão que vem sendo debatida há muitos anos pelos historiadores. E as novas apresentações sobre este tema foi um tanto “reveladora” completamente diferente daquilo que já havíamos ouvido e aprendido na escola. Seriam os índios tão inocentes assim? Embora, essas questões sejam curiosas, temos que levar em consideração que independente de estarem isolados “do mundo” índios também agiam para próprio interesse e por tal motivo houve uma intensa troca de “lados”. Logo, analisar essa parte da história do Brasil é tão importante quanto qualquer outra.

Aprendemos na escola que logo após a chegada dos portugueses no Brasil, os índios que aqui habitavam foram em sua maior parte dizimados ou escravizados. A historiografia nos apresentou isso até o século XIX, foi a partir daí que os historiadores começaram a reapresenta o que os índios fizeram e sofreram com a chegada dos portugueses aqui no Brasil. Ao analisar o comportamento dos índios identificamos uma sucessão de contradições. Hora estavam a favor dos seus grupos, outra hora aliados com os portugueses.

Segundo Maria Regina Celestino, “De personagens secundários apresentados como vítimas passivas de um processo violento no qual não havia possibilidades de ação, os povos indígenas em diferentes tempos e espaços começaram a aparecer como agentes sociais cujas ações também são consideradas importantes para explicar os processos históricos por eles vividos.” (pag.9). Percebemos que os índios foram tão importantes para a construção da história do Brasil quanto os europeus. Agiram e reagiram de diferentes formas nas relações com os portugueses. Alguns dos índios tiveram o ”privilegio” de estarem juntos direta ou indiretamente com os portugueses dando lhes auxilia em muitas questões sobre as terras.

A autora Maria Regina Celestino, em seus livros nos apresenta que em alguns momentos os índios forma conduzidos, por eles mesmos, a tomarem uma serie de atitudes para garantir sua sobrevivência. Se eles aceitassem tudo o que os portugueses lhes impunham, haveria uma chance de ficar “bem” caso houvesse uma resistência à possibilidade de sobreviver seria menor, mas poderiam se aliar aos portugueses. Desta forma ainda podemos observar que muitos resistiram outros aliaram-se e outros aceitaram suas condições de “escravo”. É interessante notar que eles souberam

interpretar aquilo que seria melhor para seu grupo e por se porta de tal forma garantiram a preservação de sua própria identidade.

Outro ponto a ser analisado é que os próprios portugueses no período de colonização e também depois entenderam que os índios eram “conscientes” do que lhes acontecia e sabia qual era a melhor opção para si. Permitindo aos portugueses estabelecer negociações. Infelizmente essa questão não foi o suficiente para que muitos grupos indígenas acabassem extintos. Se aliar aos portugueses segundo nossa ótica para um pouco estranho, mas devemos entender que os índios lutavam para garantir sua sobrevivência e também existia uma questão de poder entre as tribos.

Podemos mencionar que a relação, digamos que, positiva entre índios e europeus não ocorreu apenas aqui no Brasil, mas em toda a América. Temos referências que