Componente curricular: História da Arquitetura e da Arte II
Por: Felipe Moreira • 2/6/2015 • Abstract • 1.484 Palavras (6 Páginas) • 381 Visualizações
Turma: 2Componente curricular: História da Arquitetura e da Arte II
º semestre
Docente: Argemiro Ribeiro
BENEVOLO, Leonardo. Haussmann e o plano de Paris. In:______. História da arquitetura moderna. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2009. Cap.3, p. 90-127.
Fichamento:
I. Os motivos do ordenamento de Paris
“Entre 1830 e 1850, a urbanística moderna dá seus primeiros passos [...] As primeiras leis sanitárias são o modesto começo sobre o qual será construído, pouco a pouco, o complicado edifício da legislação urbanística contemporânea” (p. 91).
“A urbanística desempenha um papel importante neste novo ciclo de reformas e transforma-se em um dos mais eficazes instrumentos de poder, especialmente na França” (p. 92).
Houveram várias circunstâncias favoráveis que fizeram com que a transformação de Paris fosse tão importante. Foi a primeira vez que um conjunto de determinações técnicas e administrativas foram formulados e praticados em um tempo tão curto (p. 92).
“[...] o plano para uma cidade moderna foi colocado em escala apropriada à nova ordem econômica, e o plano não somente foi desenhado no papel, mas foi traduzido para a realidade e controlado em todas as suas consequências técnicas e formais, administrativas e financeiras” (p. 92).
Luís Napoleão tem interesse em na execução de grandes obras públicas em Paris, a fim de reforçar sua popularidade e tornas mais difíceis futuras revoluções (p. 96).
“[...] demolindo as antigas ruas medievais e substituindo-as por artérias espaçosas e retilíneas propícias aos movimentos de tropas” (p. 96).
“Em toda crise política, os movimentos revolucionários nascem dos bairros da velha Paris e as próprias ruas fornecem aos rebeldes, por algum tempo, as posições de defesa e as armas de ofensiva” (p. 96).
II. Os trabalhos de Haussmann
“Haussmann reordena os serviços técnicos segundo critérios modernos” (p. 98).
Foram elaboradas obras viárias em que ocorreu a urbanização dos terrenos periféricos e a abertura de novas artérias, destruindo velhos bairros, especialmente aqueles que eram o foco de todas as revoltas (p. 98).
“Em 1859, modifica-se o antigo regulamento das edificações parisienses e fixam-se novas relações entre a altura das casas e a largura das ruas (p.98).
Nos projetos dos prédios públicos empregam-se os arquitetos mais famosos da época (p. 98).
Haussmann renova também as instalações da velha Paris. Ele aumentou o fornecimento de água, expandiu a rede de esgoto e triplicou a instalação de iluminação (p. 100).
“Os trabalhos de Haussmann são possibilitados pela lei de 13 de abril de 1850, a qual permite expropriar não somente as áreas necessárias para as ruas, mas também todos os imóveis compreendidos dentro do perímetro das obras” (p. 100).
“[...] as obras públicas não fazem somente subir os preços dos terrenos circundantes, mas influem em toda a cidade, favorecendo seu crescimento e aumentando as rendas globais” (p. 102).
III. A polêmica em torno da obra de Haussmann
Houve a discursão se Haussmann foi o verdadeiro idealizador da transformação de Paris (p. 102).
“Haussmann relata que logo após ser nomeado administrador do Sena, o Imperador mostrou-lhe uma planta de Paris ‘sobre a qual viam-se traçadas por ele mesmo, em azul, em vermelho, em amarelo e em verde, de acordo com o grau de urgência, as novas ruas que ele se propunha fazer executar’ e não deixa de proclamar que o Imperador é o autor de várias propostas, sendo ele um simples colaborador” (p. 102).
No trabalho feito em Paris, foi de significativa importância o aspecto administrativo e Haussmann sustenta-a sozinho, tomando decisões com antecedência (p. 106).
“O plano de Paris interessa-nos hoje sobretudo enquanto primeiro exemplar de uma ação suficientemente ampla e energética para acompanhar o passo das transformações que ocorrem em uma grande cidade moderna” (p. 106).
“Os intelectuais e os artistas censuraram-lhe a destruição dos ambientes da velha Paris e a vulgaridade das novas construções” (p. 106)
Por várias décadas o plano Haussmann funcionou muito bem, graças às margens abundantes contidas em seu espaço, porém depois mostrou-se inadequado às necessidades da metrópole (p. 110).
“A compreensão de Haussmann da cidade industrial diz respeito apenas aos aspectos estáticos, não àqueles dinâmicos; ele pensava que Paris podia ser ‘arrumada’ de uma vez por todas, e que a arrumação devia ser corroborada pelos usuais critérios de regularidade geométrica, de simetria e de decoro” (p. 110).
“Esse aspecto da obra Haussmann [...] vem à luz apenas mais tarde; as grandes artérias, adquirem o caráter que nos é caro somente quando se forma o guarnecimento das ruas, que serve como mediador entre as dimensões abstratas da edificação e a escala humana” (p. 114).
IV. A influência de Haussmann
“As realizações de Haussmann em Paris constituem o protótipo daquilo que chamamos de urbanística neoconservadora” (p. 114).
“Na França, muitas cidades importantes são radicalmente modificadas durante o reinado de Napoleão III. Em Lyons, o Prefeito Vaisse, no cargo de 1853 a 1864, executa uma serie de inovações que reproduzem em pequena escala as parisienses: as duas demolições paralelas para a Rue Impériale e para a Rue de I’Impératrice, os quais (cais) ao longo do Ródano e do Saône, o parque da Tetê d’Or; Marselha, que aumenta muito de importância logo após os trabalhos do canal de Suez, quase redobra sua população, e é integralmente transformada com a abertura da Rui Impériale” (p. 114).
“Na Itália são poucas as cidades importantes onde não se abriu uma rua em linha reta entre o centro e a estação ferroviária” (p. 114).
“Os trabalhos são executados entre 1864 e 1877, em meio a greves e dificuldades econômicas, principalmente depois de mudança
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