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Cultura e Política na América Latina Contemporânea

Por:   •  7/5/2023  •  Dissertação  •  620 Palavras (3 Páginas)  •  61 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO

JOABE AUGUSTO DE SOUZA

RELATÓRIO DE SEMINÁRIO: CULTURA E POLÍTICA NA AMÉRICA LATINA CONTEMPORÂNEA

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O presente seminário baseia-se no capítulo homônimo do livro “História da América Latina Independente“. Nesse capítulo Prado e Pellegrino () nos apresentam a alguns fenômenos artísticos que ocorreram na América Latina entre os anos 60 e 70 do século XX.

O autor esclarece que essa fragmentação não ocorre apenas internamente, mas a própria concepção das áreas do saber encontra-se dividida. Assim, não surgiram apenas subcampos especializados dentro da História, surgiram também novas visões sobre a própria História enquanto campo do conhecimento. Para tornar mais fácil a compreensão desse fenômeno, o autor utiliza o exemplo da Física que, mesmo já tendo compartimentos internos como a termodinâmica e a mecânica, a partir do século XX começou a partir-se, surgindo assim novos tipos de Física, como a Física Quântica e a Física da Relatividade. Esses dois caminhos, embora distintos e independentes, contribuem para um mesmo fim, que é a cisão da História ou de qualquer outro campo do saber dentro do que o autor chama de caleidoscópio interno.  (BARROS, 2013)

Dois lados desse caleidoscópio são apresentados pelo autor. Em um deles está a crise dos paradigmas, a ideia de que já não existem mais no meio acadêmico muitos estudiosos que acreditem na existência de uma maneira definitiva de ver as coisas. De outro lado o fenômeno das especializações ou fragmentação das especialidades. Esse fenômeno é explicado pelo autor a partir de dois exemplos: o médico, que agora não é um otorrinolaringologista, mas um especialista em narina esquerda ou ouvido direito. E o advogado especialista em processos envolvendo crimes ambientais. As questões impostas por esse fenômeno recebem atenção especial do autor, que a partir delas irá analisar os problemas da fragmentação do saber e como ela afeta especificamente a prática historiográfica. (BARROS, 2013)

Mas quais são esses problemas? O autor cita exemplos, como a dificuldade do historiador hiperespecializado em lidar com relações causais entre os diferentes domínios. Segundo Barros (2013, p.13) “o diagnóstico econômico pode não dar conta de um problema das mentalidades ou um sangramento social que produz uma revolução política pode ter como causa maior uma questão religiosa.” Outro problema é que, além da fragmentação em dimensões (econômica, política, social), a história foi também fragmentada em novos domínios (história da religiosidade, da feitiçaria, da vida privada). Assim, diz Barros (2013, p.14), “o historiador [...] foi autorizado a cuidar zelosamente do seu pequeno canteiro, como se nada mais importasse além de uma rosa rara”. Diante disso ele faz um alerta:

“[...] a hiperespecialização em História Econômica (ou qualquer outro campo) pode conduzir ao esquecimento de que o mundo humano não pode ser decalcado do social, do político, do mental, ou de que a especialização exclusiva em métodos de História Serial pode impedir que se resolva um problema histórico naquele ponto em que se requer precisamente uma boa história qualitativa, uma recolha de depoimentos da História Oral, e assim por diante.” (BARROS, 2013, p. 14)

Por fim, Barros (2013) acrescenta que dificilmente um historiador poderá alcançar sucesso em suas próprias dimensões e/ou domínios se não conhecer outros enfoques possíveis. O que demonstra a importância de sua própria obra, já que nos capítulos seguintes o autor irá empenhar uma tentativa de compreensão dos vários compartimentos em que a historiografia se divide.

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