DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE SEVESO.
Por: dole • 4/6/2015 • Artigo • 392 Palavras (2 Páginas) • 205 Visualizações
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE SEVESO.
Com o aumento da industrialização após a 2.ª Guerra Mundial, verificou-se um acréscimo de acidentes envolvendo substâncias perigosas, exemplo desse aumento em Seveso (Itália) pequena cidade do norte da Itália, perto de Milão e da fronteira suíça. Cidade que seu desenvolvimento econômico era base da indústria.
As fábricas DESATIVADAS, 736 pessoas foram evacuadas e 193 tiveram de seguir tratamento médico. Constatou - se que o número de tumores e de diabéticos é maior que a média e que o número de nascimento de meninos é bem menor que o de meninas. A média europeia é de 105 meninos para 100 meninas. Em Seveso, a média é de 60 meninos para 100 meninas, fenômeno ainda não totalmente explicado. "O acidente não causou mortes, mas ainda tem consequências sobre a população", lembra o médico Paolo Mocarelli, da Universidade de Milão, que estuda a questão há 25 anos.
A multinacional suíça Roche pagou 240 milhões de dólares de indenização às vítimas depois do acidente.
A partir de Seveso, os países industrializados adotaram leis e formas de controle mais severas para a indústria química, passando a considerá-la como potencialmente perigosa. Em 1982, foi publicada a Directiva 82/501/CEE (dita, Directiva Seveso), a Directiva “Seveso 1” que diz respeito ao modo como passa a ser considerada a informação e a comunicação públicas. Em muitos dos artigos da directiva “Seveso 2”, em particular no seu artigo 13º, consagra-se o reconhecimento de um papel ativo da população que desenha um “direito à participação”, mesmo se ainda embrionário. O modo como respondeu à crise foi marcado por um elevado grau de centralização da decisão. Foram criadas comissões de especialistas às quais foi pedido que fornecessem as soluções necessárias fundadas em decisões unânimes. A centralização da decisão e o seu baixo nível de democraticidade explicam os conflitos que surgiram no momento da implementação das medidas tomadas, traduzidos, nomeadamente, nas muitas resistências expressas por parte da população. A necessidade de uma maior participação da população afetada pela decisão foi reivindicada tanto pelos movimentos sociais nacionais, mobilizados em Seveso para denunciar os custos do capitalismo a partir de um discurso de crítica social, como pelas comissões espontâneas de cidadãos criadas, na maioria dos casos, em redor das paróquias do território. Movimentos nacionais e comissões espontâneas dividiam-se, contudo, sobre a questão dos abortos terapêuticos, questão que acabou por monopolizar o espaço público (Centemeri, 2006).
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