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DISSERTAÇÃO: REVOLUÇÃO FRANCESA

Por:   •  13/5/2018  •  Dissertação  •  2.767 Palavras (12 Páginas)  •  501 Visualizações

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  Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

      Instituto de Historia 

      Curso: Licenciatura em História – 4º período

      Docente:

      Trabalho da disciplina: História da Arte Moderna II

  Discente:

  Matricula: 

Gérard, Alice. A Revolução Francesa (Mitos e Interpretações).

             PRIMEIRA PARTE: HISTÓRIA  DE UMA HISTÓRIA

       

         No texto supracitado a jornalista e ativista da paz, Alice Gérard, procura especular as forças que se engendraram na França, o reino mais poderoso da Europa no século XVIII, e enfrentam um adversário tão ou mais poderoso: A ira de seu próprio povo. Alice Gérard, expõe a sua visão da contextualização histórica do movimento revolucionário de 1789, balizada em teóricos e historiadores do quilate e da envergadura de  Edmund Burke, Emannuel Kant e Jhon Locke, entre outro.

           

CAPITULO I

PAIXÕES CONTEMPORÂNEAS E DEBATES ETERNOS (1789 – 1815)

          Ao referir-se as controvérsias da Revolução, a autora toca no ponto nevraugico que paira sobre aquele processo  desde de a sua consolidação: O fato revolucionário irreversível, que surge desde o início e se coloca de forma fatídica sobre a França que possuia um rei inseguro no leme e  navegava de forma clara rumo a um desastre, pois a liberdade de conciência e de crítica tornou-se incompátivel com a paz naquela sociedade.

          O reconhecimento de múltiplas influências e onde cada ação observada liga-se a uma outra ação, permitem esclarecer melhor a extraordinária variedade e complexidade das relações que se estabeleceram, durante o período pré-revolucionário, entre os indivíduos, que até certo ponto agiam lado-a-lado,  sem distinção de classes. Todavia em uma sociedade estamental, pelo fato de seguirem normas e regras, o dito, pode parecer banal mas espelha a necessidade de guiar-se por rotas seguras em outros níveis de realidade. Mesmo sendo a França no final do século XVIII, um país agrário e

estruturado no modelo feudal  onde as classes mais abastadas buscavam o liberalismo econômico (1) a tudo custo. Nesse cenário que se apresenta à época é necessário cautela aos historiadores, atendo-se de maneira certamente menos rude as evidências fragmentárias e enigmáticas sem contudo precipitar a analogia dos  fatos históricos a ao mesmo tempo extrair todas as percepções possíveis ao acompanhar os personagens que assumem o papel de fio condutor dessa narrativa.

(1) Liberalismo econômico –  É uma ideologia baseada na organização da economia em linhas individualistas, o que significa que o maior número possível de decisões econômicas são tomadas por indivíduos e não por instituições ou organizações coletivas. (Fonte: Wikipédia, e Enciclopédia Livre).

          Torna-se clara a necessidade de trabalhar de forma mais detida todas e cada uma das realidades, para que se apresentem fatos verossímeis em um balanço crítico e convincente sobre a Revolução Francesa.

          Ao citar Alphonse Aulard (2), a escritora Alice Gérard, reafirma sua crença nas fontes mais próximas à origem da informação, que se propõem a não gerar ideias esclerosadas e sim ideias  que

proporcionem  aos pesquisadores  informação direta, sem mediação sobre o recorte histórico em estudo. O reconhecimento de múltiplas influências e onde cada ação observada liga-se a uma outra ação, permitem esclarecer melhor a extraordinária variedade e complexidade das relações que se estabeleceram, durante o período pré-revolucionário, entre os indivíduos, que até certo ponto agiam lado-a-lado,  sem distinção de classes, todavia em uma sociedade estamental pelo fato de seguirem normas e regras, o dito, pode parecer banal mas espelha a necessidade de guiar-se por rotas seguras em outros níveis de realidade.

          Alice Gérard, trás a tona o descontentamento e a crítica ao caráter vago,  impreciso  e subjetivo das abordagens feitas até então no setecentos, sobre o direito do povo frances mudar sua constituição, para tanto cita Edmund Burke (3) , e sua obra Reflexões sobre a revolução na França, apesar de todas as contradições a obra de Burke é, segundo a autora, um clássico escrito  sob uma

visão apaixonante dos fatos. É necessário colocar que Burke possuía o dom inato da oratória e nutria um profundo desprezo aos filósofos do iluminismo, a quem referia-se como  "audaciosos experimentadores da nova moral" e "confusos decadentes", e sustenta que a razão e a teoria não são usuais para as convivências sociais. Edmund Burke,  em sua obra nega veementemente o surgimento de uma constituição sem que haja o acumulo de séculos de experiência, ou seja, para Burke, a História legada de geração a geração não pode ser vilipendiada, devendo ser tratada como um instrumento de acerto cultural e organizador das experiências temporais da vida dos povos, pois acumula ao longo dos séculos uma alta dose de diretrizes morais, éticas e espirituais.

               Em sua obra “Reflexões sobre a revolução na França”  Burke,  analisa as reações um pequeno grupo de ingleses que enxergam a Revolução Francesa como uma retomada conceitual positiva e afirmando que tal perspectiva é não somente saudável mas também necessária. Para Burke é absurdo que pessoas que residem na Inglaterra e possuem um grau elevado de civilização, apõem um evento com consequências tão nefastas  a cerca do desenrolar dos acontecimentos, como foi a Revolução Francesa. Para Burke a Revolução foi algo desnecessário e precipitado.                Edmund Burke foi radicalmente contra  à Revolução Francesa, e remete a abordagens  argumen -tativas, embora brilhante, para muitos, assentadas em fundamentos pouco estáveis e acomodadas em graves contradições,  porém o paradigma tratado por Burke que coloca em lados opostos a Revolução Francesa e a gloriosa Revolução que tornou o Reino Unido livre do absolutismo, é  análogo as  ideias de Alice Gérard, que  fazendo referencia à Revolução Francesa, classifica-a e situa-a a uma miríade de situações contadas de formas  tão dispares com o passar dos séculos que não podem ser compreendidas pelos que não dominam a liturgia da História e só veem a violência

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