Drukpa: resenha, o budismo
Por: rivotrilda • 20/7/2017 • Trabalho acadêmico • 2.708 Palavras (11 Páginas) • 195 Visualizações
POLÍTICA E GESTÃO DA EDUCAÇÃO
Fichamento No. 9
DISCENTE: Deborah Fonseca e Freitas MATRÍCULA: 11711HIS023 CURSO: História-Matutino PROFESSOR: Benjamin Xavier de Paula REFERÊNCIA: PAULA, Benjamin Xavier de. O ensino de História e Cultura da África e Afro-Brasileira. Campinas, SP: Editora Alínea. P-171-197, 2009.
"A obrigatoriedade do estudo da História e Cultura da África e Afro-Brasileira, e da contribuição das populações de matrizes africanas no Brasil para a formação da identidade nacional foi instituída por meio da Lei Federal n° 10.639, de janeiro de 2003, e das demais legislações correlatas, e visa à reeducação positiva das relações étnico-raciais na educação brasileira, com foco na superação das práticas escolares discriminatórias e excludentes contra os alunos negros e afrodescendentes no espaço escolar." (PAULA, 2009, pg. 171)
"Esses dois aspectos, que se somam a inúmeros outros não elencados aqui, devem ser encarados, a meu ver, não como uma justificativa para as condições atuais em que o negro se encontra na sociedade brasileira, mas devem ser compreendidos como parte do processo de exclusão do negro e afrodescendente no interior dela. Não refletir sobre isso ou fazê-lo de forma precária pode nos levar ao equívoco de acreditar que as condições de marginalização social de determinados grupos não são fenômenos historicamente construídos, portanto não devem ou podem ser superados." (PAULA, 2009, pg. 173)
"A versão brasileira do positivismo social/darwinismo biológico desenvolveu-se, sobretudo, por meio das concepções eugenistas, apoiadas, inicialmente, na teoria da melhoria genética das espécies para conformação ao meio social. No nosso caso, a teoria eugênica foi adaptada por alguns dos principais teóricos da época (Silvio Romero, Monteiro Lobato, Raimundo Nina Rodrigues) para a explicação da ideia de "superioridade" e "inferioridade" das raças humanas-tal adaptação ficou conhecida como "teoria do branqueamento", e seu principal teórico foi Silvio Romero (Pinto, 1996)." (PAULA, 2009, pg. 173)
"Acreditava-se que, promovendo com o apoio do Estado, a imigração europeia de brancos e submetendo os negros às condições de vida subumanas – sem emprego, sem moradia, sem comida, portanto, sem condição de reprodução material –, gradativamente, seriam dizimados ou incorporados pelo processo de miscigenação à raça superior "branca"." (PAULA, 2009, pg. 173-174)
"2) elucidar que os discursos atuais que buscam a negação do conceito de "raça" tentam substituí-lo, erroneamente, por conceitos como o de "etnia", na maioria das vezes, estão fundados em uma atitude que considero profundamente racista, pois, ao negarem um conceito histórico e socialmente construído, negam a historicidade do conceito, logo, a necessidade e responsabilidade social diante da necessidade de superá-lo;" (PAULA, 2009, pg. 175)
"4) contextualizar a formação - tanto inicial como continuada – dos professores para o ensino da História e da Cultura da África e Afro-brasileira e suas disposições correlatas, como uma ação que transcende o simples ato de implementação da ação formadora." (PAULA, 2009, pg. 175)
"Em todas essas situações, a escola esteve presente na vida dessas pessoas, não como instrumento de formação da liberdade e autonomia, mas como meio de opressão e de reprodução de relações desiguais, excludentes e heterônimas. (Paula, 2000; Fernades, 2002; Souza, 1983)." (PAULA, 2009, pg. 176)
"Porém, propositalmente, ainda encontramos resistência quando, falamos da necessidade de se olhar a cor das mulheres mais oprimidas, dos deficientes com as maiores dificuldades e dos mais pobres entre os pobres (ou dos menos "afortunados" entre os ricos)." (PAULA, 2009, pg. 176-177)
"Assim, nosso tema insere-se em uma perspectiva político-pedagógica que busca estabelecer novas bases empíricas e epistemológicas para as relações que se desenvolvem no universo da sociedade brasileira com base no debate sobre a formação dos professores para o tratamento dos conteúdos e metodologias de ensino que envolvem o pertencimento racial dos indivíduos, particularmente, dos negros." (PAULA, 2009, pg. 177)
"Verificamos que as resistências ao debate sobre a questão racial e, particularmente, à questão do negro no âmbito dos cursos de formação de professores e no conjunto das políticas educacionais em curso ainda é muito grande. Porém, por meio desse entendimento, acreditamos que o caminho não é somente o de convencimento das pessoas para que mudem de ideia, mas, sim, o convite ao debate, à reflexão e à ação." (PAULA, 2009, pg. 177)
"No que se refere à ação reflexiva, destacamos a importância da pesquisa com os professores nas suas unidades escolares, a qual busca compreender como eles têm se posicionado na nessa realidade socioeducacional à qual foram convocados. Porém, a nosso vr, devemos ressaltar que o nosso olhar pode ir além da prática dos professores e, prioritariamente, pode residir nas situações específicas em que os docentes se encontram, perante o desafio de trabalhar o novo." (PAULA, 2009, pg. 177)
"A Lei Federal n. 10.639/2003 é, em si, um instrumento legal que define a obrigatoriedade do cumprimento daquilo que há muito tempo vinha sendo solicitado por militantes do movimento negro, educadores e ativistas da luta antirracista no Brasil: determina a construção de uma educação antirracista, por meio do combate a práticas discriminatórias contra os negros e seus descendentes no meio escolar e, de forma mais ampla, no contexto educacional brasileiro." (PAULA, 2009, pg.178)
"Essa operação, por si só, é um passo importante da lei, mas não garante a efetividade da criação de uma educação antirracista, antidiscriminatória e inclusiva em relação e afrodescendentes, porque muitos estabelecimentos de ensino podem fazê-lo de forma deturpada e discriminatória, perpetuando, assim, as relações raciais desiguais." (PAULA, 2009, pg. 180)
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