ESCLAVAGEM NO BRASIL
Tese: ESCLAVAGEM NO BRASIL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cabsbr • 12/6/2014 • Tese • 444 Palavras (2 Páginas) • 235 Visualizações
ESCRAVIDÃO NO BRASIL
COLONIZAÇÃO PORTUGUESA E A FRACASSADA TENTATIVA DE ESCRAVIDÃO
DOS INDÍGENAS
Durante o período pré-colonial (1500 – 1530), os portugueses desenvolveram a
atividade de exploração do pau-brasil, árvore abundante na Mata Atlântica naquele período. A
exploração dessa matéria-prima foi possibilitada não só pela sua localização, já que as florestas
estavam próximas ao litoral, mas também pela colaboração dos índios, com os quais os
portugueses desenvolveram um tipo de comércio primitivo baseado na troca – o escambo. Em
troca de mercadorias européias baratas e desconhecidas, os índios extraíam e transportavam o
pau-brasil para os portugueses até o litoral.
A partir do momento em que os colonizadores passam a conhecer mais de perto o modo
de vida indígena, com elementos desconhecidos ou condenados pelos europeus, a exemplo da
antropofagia, os portugueses passam então a alimentar uma certa desconfiança em relação aos
índios. A colaboração em torno da atividade do pau-brasil já não era mais possível e os colonos
tentam submetê-los à sua dominação, impondo sua cultura, sua religião função esta que coube
aos jesuítas, através da catequese – e forçando-os ao trabalho compulsório nas lavouras, já que
não dispunham de mão-de-obra.
A escravidão no Brasil inicia-se assim com os índios, paralelamente ao processo de
desterritorialização sofrido por estes. Diante dessa situação, os nativos só tinham dois caminhos
a seguir: reagir à escravização ou aceitá-la.
Houve reações em todos os grupos indígenas, muitos lutando contra os colonizadores
até a morte ou fugindo para regiões mais remotas. Essa reação indígena contra a dominação
portuguesa ocorreu pelo fato de que as sociedades indígenas sul-americanas desconheciam a
hierarquia e, conseqüentemente, não aceitavam o trabalho compulsório. Antes dos estudos
etnográficos mais profundos (fins do século XIX e, principalmente, século XX), pensava-se que
os índios eram simplesmente "inaptos" ao trabalho, tese que não se sustenta depois de pesquisas
antropológicas em suas sociedades sem o impacto desestabilizador do domínio forçado.
Os índios assimilados, por sua vez, eram superexplorados e morriam, não só em
decorrência dos maus-tratos recebidos dos portugueses, mas também em decorrência de doenças
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