Espaço Urbano: Preservação ou Segregação?
Por: 007298 • 27/11/2016 • Ensaio • 686 Palavras (3 Páginas) • 255 Visualizações
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Espaço Urbano: Preservação ou Segregação?
- Cidade tomada por uma grande onda imigratória, várias pessoas de diversas localidades para cá vieram em busca do aumento de suas fortunas, no caso de estrangeiros e por partes dos imigrantes nacionais em busca do trabalho e de melhores condições de vida.
- Cidade tem sua harmonia e beleza ameaçada pelo descontrolado aumento da população que tem um quantitativo de pessoas exorbitantes, tal crescimento vem acompanhados de várias mazelas que fogem do projeto idealizado por parte do grupo dominante e contradizem o discurso de uma cidade ordenada e sem problemas.
- Publicações nos jornais locais sobre o fato de o tão sonhado progresso vir acompanhado de um quadro miséria, os mesmo em suas publicações descreviam as grandes contradições existentes na cidade indo na contramão dos discursos dos grupos dominante locais.
- Espaço urbano idealizado numa visão burguesa (prosperidade e civilidade à luz europeia), com intuito de impressionar e atrair investidores.
- Desenvolvimento de uma política de pressão, exclusão e dominação contra variadas tipos de pessoas que não se enquadram aos padrões exigidos pelas classes dominantes.
- Registro de insatisfação por parte de trabalhadores, moradores, vadios etc, contra toda a estrutura que o exclui cada vez e os deixa a margem da sociedade.
- Queixas contra o pífio abastecimento água, remoção de lixo, denúncia contra os altos preços dos produtos básicos diários e também pela falta dos mesmos.
- Mecanismo de controle, dominação e exclusão: pobre oferecendo perigo ao espaço idealizado somente com seu crescimento quantitativo, a pobreza antes de tal aglomeração eram pessoas encarregadas de pequenas tarefas diárias desde o despejar do lixo ao ato de levar cartas, os mesmos faziam parte da paisagem urbana.
- Criação de uma política de separação e isolamento, trabalhadores foram remanejados para bairros distantes, enquanto os que não tinham um ofício a ser desenvolvido (embriagados, vadios, delinquentes) para estes desenvolveu-se uma política de reclusão em ambientes afastados e fechados, peninteciarias, hospitais, asilos etc.
- Preocupação em livrar-se dos elementos nocivos à saúde, à ordem e aos bons costumes.
- Estabelecimento de normas gerais de uso do espaço público e privado, imposições através de decretos todo um conjunto de ações disciplinado a vida do cidadão urbano.
- Isolamento dos trabalhadores, necessidades de construção de pontes em bairros separados por igarapés para uma melhor mobilidade e locomoção dos mesmos, embora tais preocupações de fato existissem a pratica era totalmente diferente uma vez que deixar pessoas dessa estirpe afastada era uma estratégia usada prol do embelezamento da cidade e sua civilidade.
- Contradição contra os discursos moralizantes e a favor dos bons costumes, utilização de recursos arrecadados através de jogos de azar para realização dos projetos de mudanças.
- Atribuição ao imigrante nordestino ao surgimento de várias doenças epidêmicas, contudo a chegada dos mesmos a região é anterior ao projeto de transformação de espaço público.
- Preconceitos contra os trabalhadores locais, dando espaço ao trabalhador europeu e este por sua vez tinha a responsabilidade de adestrar, ensinar o trabalhador local a desenvolveram seu oficio, embora toda honra, glória e sucesso da empresa fosse atribuído ao operário europeu.
- Elaboração de um diagnóstico sobre os excluídos do processo de trabalho, a fim de estabelecer a ordem de acordo com as perspectivas das classes dominantes, conhecer o contingente desqualificado para melhor exercer o seu controle.
- Implantação de uma prisão correcional com intuito de sua recuperação moral, onde o infrator tivesse uma educação disciplinar orientada.
- Criação de mecanismos de punição contra prostitutas, vadios, bêbados, jogadores, menores abandonados etc, uma vez que os mesmos estavam a ameaçar a ordem e a segurança da elite local.
- Solicitações de construções de cadeias onde o prisioneiro trabalhasse e também desenvolvessem seu lado moral, oficinas e escolas nas cadeias com intuito da diminuição da criminalidade.
- Preocupação com as meretrizes para que não ofendessem a moral pública, policia seria responsável por medidas rigorosas contra os escândalos publico de prostituição.
- Manifestação por parte da imprensa loca sugerindo que as meretrizes fossem remanejadas por ruas privadas de eletricidade, contudo de acordo Edinea se faz vista grossa no que diz respeito ao luxuosos bordeis frequentados pela elite dominante e por muitas vezes financiados por burgueses defensores da moral e bons costumes.
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