FICHAMENTO LANGLÓIS, Ch. V. SEIGNOBOS, Ch.Introdução aos Estudos Históricos.
Por: BruGimenes • 9/11/2016 • Trabalho acadêmico • 484 Palavras (2 Páginas) • 372 Visualizações
FICHAMENTO
LANGLÓIS, Ch. V. SEIGNOBOS, Ch.Introdução aos Estudos Históricos. São Paulo: Nova Jurisprudência, [s.d.]
De modo geral, os fatos podem ser conhecidos de suas formas: diretamente quando se pode observar o acontecimento no exato momento que se deu.
Ou indiretamente, analisando os traços que por ele foi deixado.
“Ora, a característica dos ‘fatos históricos’(34) é só serem conhecidos indiretamente através dos traços.” (pág. 44-45)
O historiador não tem contato direto com os fatos que à ele cabem analisar, mais sim diretamente aos documentos. Através desses traços (documentos) o historiador procede racionalmente para extrair as verdades ali contidas.
“O documento é o ponto de partida; o fato passado o de chegada.” (pág. 45)
A inferioridade do método histórico indireto, para com o método de observação direta deve-se à sua complexidade na análise dos fatos. Pois um erro no princípio pode prejudicar todas as conclusões.
Analisar através do raciocínio leva ao historiador desenvolver um domínio crítico.
Vale ressaltar então, algumas divisões que compõem o domínio da Crítica:
- “Podem-se distinguir duas espécies de documentos. Algumas vezes o fato passado deixou um traço material (um monumento, um objeto fabricado). Outras vezes, o que é mais freqüente o traço do fato é de ordem psicológica, é uma descrição ou uma relação escrita.” (pág. 45)
O primeiro caso é mais simples de ser analisado. Enquanto que o segundo torna-se complexo, pois não têm valor por si mesmo, simplesmente exprimem a impressão e sinais psicológicos de uma testemunha.
Grande parte dos documentos utilizados pelo historiador são de ordem psicológica.
“... para sabermos a relação que prende o documento ao fato, devemos reconstruir toda a série das causas intermediárias que produziram o documento.” (pág.46)
Para uma análise de documento chegar ao seu objetivo – o fato antigo – é necessário cumprimento de dois aspectos: a Crítica Externa, onde observa-se o documento – se não foi danificado, ou está como no momento em que foi produzido – para fins de reintegração e procedência da análise.
E a Crítica Interna, por meio de raciocínios, “reelaborar os estados psicológicos por que passou o autor do documento.” (pág. 46)
Depois deste último aspecto o documento torna-se passível de observação, e pode utilizar os métodos das ciências objetivas.
- “Do que procede duas conclusões resultam complexidade extrema e necessidade absoluta da crítica histórica.” (pág. 47)
A dificuldade encontrada pelo historiador é a impossibilidade da observação direta.
Na ciência histórica, faz-se necessária a distinção dos documentos sem valor, bem como a cautela da precisão crítica, para que o espírito humano não interfira na análise.
“A tendência espontânea do home é dar fé às afirmações que lhe são feitas e reproduzi-las sem mesmo as distinguir com clareza de suas próprias observações.” (pág. 48)
A crítica compõe por excelência o trabalho histórico, através dela o historiador evitaria raciocínios falsos.
“Os historiadores fariam menos afirmações infundadas, se lhes fosse exigido que analisassem cada uma de suas afirmações, aceitariam sem dúvida, menos princípios; fariam menos número de mais raciocínios, se lhes fosse exigido exprimir todos os seus raciocínios em boa forma.” (pág. 49).
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