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Fichamento Livro: O que é patrimônio histórico Autor: Carlos Andrade Cerqueira Lemos

Por:   •  25/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.274 Palavras (10 Páginas)  •  1.581 Visualizações

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Universidade do Vale do Itajaí- UNIVALI

Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação, Turismo e Lazer
Arquitetura e Urbanismo 2016/02 5º período
Conservação e Restauro do Patrimônio Histórico Cultural  
Docente: Alessandra Devitte                                          
Acadêmico: Vanessa Riegel Gomes

FICHAMENTO

Livro: O que é patrimônio histórico

Autor: Carlos Andrade Cerqueira Lemos

Vanessa Riegel Gomes

Balneário Camboriú, 15 de setembro de 2016.

Universidade do vale do Itajaí – UNIVALI
Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação, Turismo e Lazer
Curso: Arquitetura e Urbanismo-2016/02 Período: 5º
Disciplina:
Conservação e Restauro do Patrimônio Histórico Cultural   
Docente:
Alessandra Devitte                                   Conteúdo: Fichamento
Acadêmico: Vanessa Riegel Gomes

Página

Conteúdo

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O livro “O que é patrimônio histórico” apresenta a definição que o termo “patrimônio histórico” se trata apenas um segmento do abrangente contexto de patrimônio cultural de uma nação ou povo. O livro direciona-se para o patrimônio arquitetônico, porem as relações entrelaçadas entre todos os seguimentos se tornam bem evidentes ao longo da leitura.

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O professor Hugues de Varine-Bohan classifica o patrimônio em três categorias, recursos naturais, o conhecimento e os bens culturais. “O terceiro grupo é o mais importante de todos por que reúne os chamados bens culturais que englobam toda sorte de coisas, objetos, artefatos e construções obtidas através do ambiente e do saber fazer” (pág. 10).

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O patrimônio cultural de uma sociedade possui uma imensa gama de artefatos que os representam, tais artefatos possuem durabilidade diferentes, alguns prolongados outros imediatos. O autor cita e explica o conceito de ecomuseus, que seus acervos permanecem integrados ao seu meio original e ressalta a importância de manter o conjunto desses artefatos dentro de seu contexto. Dessa forma “um objeto isolado de seu contexto deve ser entendido como um fragmento” (Pág. 11). Quando isolado nada esclarece a respeito do contexto que pertencia.

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Os artefatos podem mudar de uso ao longo do tempo, também podem sofrer influencias ao entrar em contato com diferentes culturas através da miscigenação. Como ocorreu dos portugueses com os índios, onde a arquitetura portuguesa teve que se adaptar às condições, clima e aos materiais disponíveis ao chegarem ao Brasil.  

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[...]o Patrimônio Cultural de uma sociedade,de uma região, ou de uma nação é bastante diversificado, sofrendo permanentes alterações, e nunca houve ao longo da história da humanidade critérios e interesses permanentes e abrangentes voltados a preservação de artefatos do povo, selecionados sob qualquer ótica que fosse.”

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“Em geral, guardaram-se os objetos e as construções ricas da classe poderosa[...] Somente agora, nos últimos dois séculos, é que a arqueologia se esforça por recolher, identificar e estudar os restos e vestígios de povos já desaparecidos [...]”. Ao preservar artefatos da classe mais rica, elementos diferenciados se distorce a memória coletiva, por serem diferenciados não tem representatividade de um povo ou nação.

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“ Preservar,diz o mestre Aurélio, é livrar de algum mal, manter livre de corrupção, periogo ou dano, conservar, livrar, defender e resguardar”. Segundo o autor do ambito o Patrimonio Cultural são aplicaveis todas estas definições.

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O ato de preservar não deve estar ligado somente a objetos e construções, devemos preservar também todas as manifestações da vida de um povo, musica, costumes, usos, depoimentos contextos em que se encontram inseridos, entre tantos mais segmentos que podem representar um povo.

O autor justifica o por que preservar como o dever de assegurar o entendimento de “nossa memória social preservando o que for significativo dentro do nosso vasto repertório de elementos componentes do Patrimônio Cultural

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São tantos os patrimonios quantas são as inumeras compartimentações da sociedade e seus interesses”

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No Brasil o interesse do governo em preservar nosso patrimonio é algo relativamente recente, o autor expõe o caso do Conde de Galveias em meados do século XVIII em sua tentativa de preservar a memória do Palácio de Duas Torres, construído pelo conde de Nassau, escreveu uma carta ao governador de Pernambuco, Luiz Pereira Freire de Andrade, lamentanto o projeto de utilização do palacio para as tropas do quartel local, “Dizia ainda que aquelas obras holandesas são como livros que falam, sem que seja necessário lê-los”, porém sua tentativa foi frustrada, as autoridades nada fizeram ao assistir a lenta destruição daquele patrimônio.  

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A partir do século XIX começaram a surgir algumas leis com intuíto de preservar imóveis públicos e particulares que pudessem contribuir de alguma forma do ponto de vista histórico ou artístico.

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Somente em 1936 um projeto bastante abrangente  sobre a preservação cultural foi feito pelo escritor Mário de Andrade, que em 1937 tornou-se efetivamente lei.

Em sua lei Mário de Andrade separou as obras de arte em oito categorias:

  • Arte arqueológica;
  • Arte ameríndia;
  • Arte popular;
  • Arte histórica;
  • Arte erudita nacional;
  • Arte erudita estrangeira;
  • Artes aplicadas nacionais;
  • Artes aplicadas estrangeiras.

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Mário incluía tudo, queria “catalogar” todas as manifestções culturais do homem brasileiro, não só seu artefatos, mas também registrar a sua música, seus usos, costumes, assim como o seu “saber”, o seu “saber fazer”.

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Em  1937 o SPHAN- Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional foi reorganizado definiu Patrimônio Histórico e Artístico como sendo o conjunto de bens móveis ou imóveis existentes, em que a preservação seja de intersse público por seu valor, seja ele étnico, bibliográfico, artístico, arqueológico ou por estar relacionad a fátos de grande relevância. Destaca-se que estes bens incluem monumentos naturais e sítis de paisagem, Mário de Andrade previa a preservação de cidades, como preservação do Patrimônio Ambiental Urbano, sendo que Ouro Preto – MG foi  seu maior exemplo sendo a primeira cidade a ser preservada no país.

A visão protetora moderna dos conjuntos de bens culturais urbanos é muito mais abrengente, procurando acima de tudo interpretações de caráter social e quaisquer indagações pertinentes à antropologia cultural, à história, á econômia, política, arquitetura, etc. Deste ponto de vista a preservação do patrimônio urbano inumeros artefatos estão envolvidos, desde usos indivuduais, aos familiares, de interesses coletivos e tantos outros. Sendo que se faz necessário considerar as contantes transformações que as cidades sofrem ao longo de seu processo de desenvolvimento, o que em alguns casos pode dificultar a preservação.

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As cidades devem ser analisadas como casos particulares, porem alguns itens são relevantes para todas elas, por exemplo a topográfia e a maneira que a cidade se adequa a ela. O autor cita alguns exemplos como Ouro preto – MG e São Paulo – SP e as diferentes formas que estas cidades se apropriaram de suas condicionantes.

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Ainda com relação a preservação  de nossas cidades podemos analisar amplamente as contruções, espaços livres, o traçado da rua e todas as relações que formam entre eles, essas relaçoes são decorrente de varias culturas que insidiram sobre aquele lugar gerando diversas formas de ocupações, e apropriaçoes dos espaços urbanos, em grande maioria das  vezes essas relações são tão profundas que se tornam irreversíveis.

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[...]“em qualquer uma dessas cidades, é impossível sua recuperação, em sua totalidade, do que tivesse sido o seu original conjunto articulado de bens culturais, pois a sociedade de hoje não é mais a mesma, a fim de usar outros artefatos em outros usos.”

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O autor apresenta três hipóteses de situações para a preservação urbana, a primeira considera o traçado e suas edificações originais primárias, formando manchas preservadas de trechos urbanos históricos. A exemplo desta hipótese temos Ouro preto-MG, Parati-RJ, Basília-DF. A segunda hipótese considera a preservação do traçado e suas edificações já alteradas por diversas gerações. A terceira hipótese considera as construções primárias em sua orignalidade com sua vinculação ou a falta dela com o traçado alterado.

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“Enfim, a salvaguarda do chamado patrimônio ambiental urbano, depende de uma série incrível de fatores, os principais de ordem economico-social.”

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“O uso do edifício nas condições previstas pelo projeto é, já de início, o primeiro fator de sua conservação garantida.” A primeira conduta correta para a preservação de edificações é mantê-las sempre em uso, evitar o abandono e se possível mantendo seu uso e programa de necessidades como os originais do projeto, mas isso não é uma tarefa fácil, pois em sua grande maioria os preservadores encontram os bens de interesse já em condições precárias, descaracterizados, alguns mutilados de formas irrecuperáveis.

No século XIX em seu livro Scienza ed arte del restauro architettonico, o professor italiano Ambrogio Annonni faz um quadro em que classificas os bens arquitetônicos em quatro categorias: Ruínas; Danificadas mas recuperáveis; Mutiladas e sãs. Sendo que os bens classificados como sendo Sãs são divididos em quato subclasses: Modificados; Incompletos; Mutilados e com necessidade de revitalização.

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O professor Ambrogio Annonni  explica a técnica chamada de “método românico ou de reintegração estilística” como sendo a forma emque se faziam a purificação de obras que foram alteradas de seu estilo original, com sua metodologia conquistou arquitetos como Viollet-Le-Duc que procuravam  duras penas recuperar a integridade dos monumentos.

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O autor italiano cita que existiram outros métodos preservacionistas e reconstrutivistas, entre eles cita o método historicísta que aceitava recuperaçoes e recosntruções atemesmo de ruinas desde que sem criar coisas fantasiosas. O método científico que proíbe terminantemente a pratica de reconstruções de ruinas e determina que as partes reconstruidas jamais deverão imitar as originais, com o cuidado para não causar a desarmonia entre as partes novas e originais.  O não-método, que considera cada caso por si, rejeitando tão somente a reconstrução de ruínas e o método artístico, que é uma junção do arqueologista e científico.

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Em maio de 1964 reuniu-se  em Veneza, o Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos em Monumentos Históricos, para discutirem sobre os conseitos comuns no trabalho da preservação de bens culturais, como resultado foi criada a “Carta de Veneza” que reunia recomendações para trabalhos de preservação de bens culturais.

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A prática de politicas interesseiras que atingem diretamente a preservação de patrimônios culturais especialmente os ligados a arquitetura, são decorrentes de dois fatores, o primeiro pela falta de esclarecimento popular sobre a importancia da preservação de nossos patrimonios. O segundo é decorrente de fatores júdiciais relacionados aos direitos de propriedades e a instituição do tombamento de bens.

Por tanto se torna indispensável educar a população sobre a importancia de preservar a memória e essa preocupação deve partir de incentivos públicos, com projetos educacionais e promoção da desmitificação do entendimento erroneo sobre o tombamento e os direitos de seus proprietários.

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Com o patrocínio da OEA  em 1967 reuniram-se autoridades latino-americanas para tratar de problematicas relacionadas a preservação em seus países, levando por base a Carta de Veneza, tendo com tema principal a função social que destina o restauro de monumentos históricos.

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“os planos de recuperação e valorização devem ser acompanhados de programas anexos de educação cívica”.

Apresentam-se vários documentos relevantes como a Carta de Veneza, como odocumento de Nairob de 1976, Machu Pichu de1977, dentre elas o autor destaca a nível nacional como a mais celebre  o Compromisso de Brasília no qual as principais implementações foram

Dividiu-se os monumentos nacionais em três categorias: nacionais, proteção a cargo do DPHAN, regiões e locais, a cargo de estados e municípios;

Criação de órgãos estaduais e municipais;

Implementação de cursos de ensino superior para profissionalizar arquitetos e técnicos da área, o primeiro foi na USP, em 1974;

Adicionar ao currículo primário, médio e superior matérias que incentivem o conhecimento do Patrimônio Cultural;

Criação de museus e acervos para uso educacional e cultural;

Incentivo aos intelectuais da época para a confecção de textos elucidativos quanto ao assunto;

Mesclar clero e milícia a fim de conservar monumentos religiosos e de cunho militar;

Imóveis de valor histórico devem ter uso cultural;

Colaboração entre novos órgãos e a Diretoria do patrimônio Histórico e Artístico Nacional

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O autor deixa claro o a importancia do aprendizado do pais com os países  extrangeiros principalmente os europeus, que possuem uma vasta experiência com a preservação de seus patrimônios culturais arquitetônicos e urbanos, porém há uma grande diferença no poder aquisitivo do Brasil com relação aos países europeus o que dificulta a fiel expecução dos bons exemplos no país.

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Dentro das limitações, o fato de como preservar dendem basicamente de dois fatores, primeiramente esta ligado ao planejamento, projetos de revitalização e valorização de núcleos de interesse documental, e o segundo esta relacionado com a implantação dos projetos com interesse social alem de interferir em questões de infra-estrutura e problemas comunitários.

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“Na hora de implantação de Planos Diretores aqui no Brasil, não é possível o estabelecimento de procedimentos padronizados, porque as condições sócio econômicas nunca se repetem igualmente dentro da indigência de recursos de sempre.”

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No Brasil grande parte das dificuldades de conservação do patrimônio cultural arquitetônico está relacinado a questões financeiras, com o baixo poder aquisitivo desde proprietários á orgãos públicos com poucos recursos.

“Nunca o valor social de um bem cultural é devidamente quantificado e quase sempre é posto de lado,quando deverá estar presente num dos pratos da balança, onde se observam as conveniencias de certas intervenções, e quando prevalecem sempre outras vantagens, aquelas com orçamentos baixos.”

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“Nosso país é jovem, em seu quatrossentos anos conseguiu aqui e acolá seu ascevo de bens abundantemente típicos de um cultura nascida de três raças e paisagem paradisíaca e, no entanto hoje tem proporcionalmente muito pouco a mostrar como lembranças representatívas[...]”

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Ainda hoje confundem patrimônio cultural com amontoados de velharias sem importancia ou relevância, acham que só o que é bonito ou histórico deve ser preservado, sendo que o o conceito de bonito é muito subjetivo e esta relacionado a gostos pessoais.

“tornamos a repitir, a base correta do “como preservar” está na elucidação popular, na educação sistemática que difundida entre toda a população, dirigentes e dirigidos, o interesse maior que na salvaguarda de bens culturais.”

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