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Fichamento: Os Princípios do Luteranismo

Por:   •  25/1/2016  •  Seminário  •  677 Palavras (3 Páginas)  •  1.493 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA

DISCENTE: MARIANE DE JESUS NASCIMENTO

DISCIPLINA: CHF – 190 HISTÓRIA MODERNA

DOCENTE: RODRIGO OSÓRIO

FICHAMENTO: OS PRINCÍPIOS DO LUTERANISMO

 “Os Princípios do Luteranismo” In: As Fundações do Pensamento Político Moderno. SKINNER, Quentin.  

O autor inicia o texto lembrando o gesto de Lutero pregando as noventa e cinco teses no ano de 1517 na porta da igreja do castelo nas vésperas do dia de Todos os Santos e chega à conclusão de que o mais adequado é iniciar a história por onde Lutero começou: Na gestação de sua  nova teologia, que lhe proporcionou o quadro para atacar não só o tráfico que o papado efetuava na indulgência, mas todo  conjunto de atitudes sociais, políticas e religiosas que tinha ficado associadas aos ensinamentos da igreja católica.

Lutero vivia obcecado pela ideia da completa indignidade do homem e citando Erikson, o autor diz que: “para um psicólogo de nosso tempo, isso pode evidenciar uma crise particularmente grave de identidade, ‘uma crise de integridade’ na qual o padecente vem a descrer por completo do valor de sua própria existência”.

A doutrina luterana do homem constituía um alvo ideal para os seus talentos de humanista e assim veio a lume o tratado sobre a liberdade da vontade, no qual não se limitava a contestar as ideias de Lutero mediante copiosas citações das Escrituras e dos padres da igreja, mas também abria o debate com a observação, tão caracteristicamente sua, de que “preferiria que os homens não esperdiçassem seu tempo e talento em labirintos dessa espécie”.

Após um ataque inesperado, Lutero escreveu uma replica que foi publicada em 1525 com o título A Servidão da Vontade, na qual deu forma a suas convicções teológicas, apresentando, de modo definitivo, sua doutrina anti-humanista e ultra-agostiniana do homem.

Lutero de opõe de forma implacável à tese central humanística de Erasmo, segundo a qual o homem tem a sua frente à possibilidade de utilizar seus poderes racionais para descobrir como Deus quer como ele aja. Já Lutero insiste que toda a capacidade racional do homem é apenas “carnal” e “absurda”.

Lutero se vê forçado a reconhecer que, não estando ao nosso alcance sondar a natureza e a vontade divina, Suas ordens (ordens de Deus) sempre hão de parecer-nos inescrutáveis. Se vê forçado também a aceitar um segundo corolário ainda mais desesperador dessa doutrina do homem, a que jamais poderemos praticar algum ato que nos justifique diante de Deus e, assim, contribua para nos salvar, sendo esse o principal ponto de tensão entre Lutero e Erasmo.

Lutero concedeu que a impotência do homem é de tal ordem que ele jamais pode nutrir a  esperança de salvar-se mediante seus próprios esforços.

Deus atribui a salvação a alguns na doutrina de dupla predestinação: tese de que alguns homens tem de estar predestinado à salvação da mesma forma que outros estão predestinados à condenação eterna.

Lutero passa a ter uma nova visão sobre a justiça Divina e uma nova concepção sobre a salvação.

A doutrina da justificação “pela fé somente’ de Lutero que está na base  dos dois traços centrais do seu conhecimento herético de igreja e desqualifica a importância da igreja enquanto instituição visível.

O principal empenho de Lutero consiste em reiterar sua convicção de que todo indivíduo que for um cristão fiel pode relacionar-se com Deus sem necessidade de qualquer intermediário.

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