Fichamento "Extensão Universitária No Brasil: Uma Revisão Conceitual." Construção Conceitual Da Extensão Universitária Na América Latina.
Trabalho Escolar: Fichamento "Extensão Universitária No Brasil: Uma Revisão Conceitual." Construção Conceitual Da Extensão Universitária Na América Latina.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dondiogo • 13/3/2015 • 993 Palavras (4 Páginas) • 992 Visualizações
Fichamento
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
NOGUEIRA, Maria das Dores Pimentel. "Extensão universitária no Brasil: uma revisão conceitual." Construção conceitual da extensão universitária na América Latina. Brasília: Universidade de Brasília (2001): 57-72.
Palavras-chave: Extensão, Universidade, Comunidade
Objetivos: Mostrar o conceito de extensão, traçar o seu histórico no contexto universitário brasileiro e expor sua importância para a troca de conhecimentos entre Universidade e sociedade.
“As primeiras experiências de Extensão Universitária no Brasil trazem a influência dos dois modelos.” (p. 58)
Os primeiros trabalhos de extensão no Brasil seguiram basicamente dois modelos: realização de cursos e palestras e prestação de serviços na área rural. Foi assim que a Universidade começou a se aproximar do contexto de sua comunidade, embora ainda de maneira restrita.
“Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 4.024, em 1961, novamente se faz sentir, de forma acentuada, a distância entre o texto legal e a prática.” (p. 59)
Em 1961, a abrangência da Extensão Universitária institucionalizada foi reduzida pelas exigências do texto da Lei o qual limitava o público alvo das atividades de extensão à pessoas com prévia preparação e dentro dos requisitos exigidos. Sendo assim, o texto legal afastou a extensão da comunidade e, consequentemente, das questões sociais.
“A União Nacional de Estudantes – UNE tinha uma proposta de atuação no sentido de levar o estudante a participar da vida social das comunidades, propiciando a troca de experiências entre estudantes de áreas profissionais afins, e realizava ações de atendimento a comunidade carentes. Sua maior contribuição foi a metodologia de trabalho utilizada, que possibilitava a reflexão sobre as ações realizadas.” (p. 59)
O movimento estudantil praticou a extensão durante a primeira metade da década de 1960 de forma independente e desvinculada das instituições de ensino as quais integravam. Nesse período, recuperaram a ideia e proposta extensionista de levar o conhecimento acadêmico à sociedade, proporcionando troca de experiências e descoberta de novos conhecimentos à medida em que se adentrava no contexto das comunidades carentes. As ações proporcionavam reflexão e esse aspecto foi adotado na metodologia da Extensão.
“É o caso do Projeto Rondon e do CRUTAC. Em uma fase em que o governo se empenhava em sufocar o movimento estudantil, ambas as iniciativas podem ser entendidas como estratégias para envolver o estudante universitário em ações sociais nas comunidades carentes, sob a tutela do governos militar” (p. 60)
O regime militar fez da extensão uma ferramenta de contenção do movimento estudantil e de expansão e consolidação do governo. Estes projetos inseriam os universitários na realidade do interior do país onde realizavam assistencialismo, tudo sob tutela do governo. Estes estudantes realizavam o trabalho do Estado de apoio às comunidades carentes e suas presenças nestes locais vendia a imagem de governo preocupado com sua população carente.
“O retorno do estudante à Academia era, quase sempre, problemático, pois, ao reconhecer a realidade de regiões e as comunidades mais carentes, ele levava para as salas de aula questões muitas vezes desconhecidas dos professores. Começa, então, a processar-se uma certa integração entre o Projeto Rondon e as Universidades, em especial com a criação do Programa Campus Avançado.” (p. 61)
Como a extensão era apenas realizada pelos estudantes, sem o envolvimento do corpo docente da universidade, o regresso desses alunos do contexto social à Universidade representava um choque de mundos. Os alunos voltavam com novas visões e problemáticas que não poderiam ser abordadas pelo professor em sala. A partir daí o projeto Rondon passa e se integrar às Universidades, possibilitando melhor planejamento e alinhamento das práticas extensionistas com as necessidades acadêmicas.
“A Extensão praticada pelos estudantes universitários,
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