TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Fontes Históricas

Por:   •  12/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.860 Palavras (16 Páginas)  •  410 Visualizações

Página 1 de 16

FONTES HISTÓRICAS

A MÚSICA COMO FONTE HISTÓRICA

Acadêmico- Wellington[a]  Vieira Da Silva

Professora[b] orientadora-Ana Noredi Schuster

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

História (HID0463) – Prática do Módulo III

19/05/17

RESUMO

Com o surgimento da Escola dos Annales 1929, com contribuições principalmente de Marc Bloch, a historiografia passa a analisar não somente os feitos heroicos dos povos, mas sim tudo aquilo relacionado com a cultura das sociedades. O objetivo do estudo é analisar a música como fonte histórica, como identidade de um povo, fazendo presente na historiografia como recorte de estudo, por fim, analisar a música Uprising, sendo essa, representação da luta do povo polonês, durante o período da Segunda Guerra Mundial.

Palavras-chave: Música. Fonte Histórica. Povo 

1 INTRODUÇÃO

                Compreender a música Uprising da banda Sueca de Heavy Metal[1] Sabaton, como uma fonte histórica, analisar de forma breve e objetiva o sentindo de Fonte Histórica, para assim exercitar a compreensão dos fatos que envolvam a canção. Tendo como objetivo o processo de uso de fontes históricas, como a música, o objeto de estudo do historiador.

 Será dividido em partes; primeiramente compreender o que se entende como fonte histórica, posteriormente analisar a canção e interpreta-la por meio da Hermenêutica.

A música se faz presente em todas as formas de pensamento, em todas as classes sociais e formas de sociedade, refletindo na cultura dos povos, nas mentalidades, como forma de expressão cultural, sendo assim é de suma importância considerar a música não apenas como expressão de arte sonora, mas sim legitimando suas reflexões sobre o mundo contemporâneo.

2 DEFININDO FONTE HISTÓRICA

              Fontes históricas, podemos chamar tudo aquilo que o historiador utiliza para recortar fatos, seja estando no passado ou no presente, e reconstruir a história, à partir de então com a sua pergunta problema, podemos considerar as fontes: escritas, orais, visuais, assim como filmes e músicas

 

 Fonte histórica, documento, registro, vestígio são todos termos correlatos para definir tudo aquilo produzido pela humanidade no tempo e no espaço; a herança material e imaterial deixada pelos antepassados que serve de base para a construção do conhecimento histórico. O termo mais clássico para conceituar a fonte histórica é documento. Palavra, no entanto, que, devido às concepções da escola metódica, ou positivista, está atrelada a uma gama de ideias preconcebidas, significando não apenas o registro escrito, mas principalmente o registro oficial. Vestígio é a palavra atualmente preferida pelos historiadores que defendem que a fonte histórica é mais do que o documento oficial: que os mitos, a fala, o cinema, a literatura, tudo isso, como produtos humanos, torna-se fonte para o conhecimento da história”. (SILVA; SILVA, 2009, p. 158)

        Começaremos por lembrar que Seignobos, em um manual escrito no início do século XX, um dia registrou uma frase que terminou por se tornar célebre: “Sem documento não há história” (1901). Com isto buscava situar a fonte histórica como o princípio da operação historiográfica. A frase seria contraposta, algumas décadas depois, por uma outra que seria criticamente pronunciada por Lucien Febvre: “Sem problema não há história”. O historiador dos Annales, com isto, queria mostrar que a operação historiográfica principiava na verdade com a formulação de um problema. Seria um problema construído pelo Historiador o que permitiria que ele mesmo constituísse as suas fontes, agora deslocada para o segundo passo da pesquisa. (BARROS, 2010, p. 1).        

        “É comum dizer-se que os fatos falam por si. Naturalmente isto não é verdade. Os fatos falam apenas quando o historiador os aborda: é ele quem decide quais os fatos que vêm à cena e em que ordem ou contexto”. (CARR, 1996, p. 39).        

O passado só se torna história quando expressamente interpretado como tal; abstraindo-se dessa interpretação ele não passa de material bruto, um fragmento de fatos mortos, que só nasce como história mediante o trabalho interpretativo dos que se debruçam, reflexivamente, sobre ele. (RÜSEN, 2001, p. 77)        

2.1 A HISTORIOGRAFIA DOS ANNALES        

                 A partir da Escola dos Annales, fundada pelos líderes da historiografia Francesa Lucien Fevbree, Marc Bloch, em 1929, uma nova corrente historiográfica começa a surgir.

                Os Annales demonstravam oposição a Historiografia metódica e positivista, que visavam apenas abordagens tradicionais com feitos de grandes homens, em batalhas, em estratégias diplomáticas. Logo, os Annales propunham uma história problematizadora, a partir de anseios sociais no que diz a respeito da experiência humana no tempo. Sendo assim, a historiografia francesa pretendia fazer uma história analítica, estrutural, macroestrutural, abordando a coletividade social e sua cultura, portanto, podemos considerar a música como forma de expressão cultural, de arte, de protesto, de narrativa para um evento histórico como fonte histórica multimidiática, como propunha Lévy (2000 pg59). Sendo assim, a história é contada a partir de vivências sociais e interações com o meio. Cabe ao historiador interpretar, analisar tal fato, a partir da sociedade em questão.

               A música como expressão de arte, como forma de pensamento, de protesto e narrativa histórica se faz presente em uma sociedade contemporânea e democrática. Ao historiador cabe estabelecer uma sincronia com os fatos analisados e sua fonte historiográfica, interpretando a sociedade como um todo, pois a história não é composta simplesmente por aqueles que a contam, também é composta pelos excluídos, devemos problematizar os fatos interpretados.

        

2.2 NOVA HISTÓRIA CULTURAL

                

...

Baixar como (para membros premium)  txt (23 Kb)   pdf (198.4 Kb)   docx (24.3 Kb)  
Continuar por mais 15 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com