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Guerreiros e camponeses

Por:   •  12/6/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.092 Palavras (5 Páginas)  •  341 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

LICENCIATURA EM HISTÓRIA

KAIQUE BASTOS PEREIRA

GUERREIROS E CAMPONESES
Os primórdios do crescimento
econômico europeu
do século VII ao século XII

Georges Duby

ITABERABA – BA

2018

KAIQUE BASTOS PEREIRA

GUERREIROS E CAMPONESES
Os primórdios do crescimento
econômico europeu
do século VII ao século XII

Georges Duby

Fichamento apresentado ao Curso de Licenciatura em História, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, como requisito avaliativo da disciplina Organização social, política, econômica e cultural da Europa medieval, solicitado pela Prof.ª Márcia Barreiros.

ITABERABA – BA

2018

REFERÊNCIA:

DUBY, Georges. A era do feudalismo. In___. Guerreiros e camponeses: os primórdios do crescimento econômico Europeu do século VII ao século XII. Lisboa: Editora Estampa, 1980


O fator humano:

  • Crescimento demográfico a partir do estabelecimento de instituições feudais entre os séculos XI e XII. Onde o aumento populacional na Inglaterra triplicou entre os anos de 1086 e 1346. (p.198)
  • Devido ao crescimento da cavalaria aristocrática houve uma rápida proliferação de fundações religiosas. (p.198)
  • Para que se evitasse a dispersão do patrimônio familiar, as famílias aristocráticas restringiam o número de casamentos dos filhos do sexo masculino, no entanto havia casais que tinha inúmeros filhos, muitos dos quais alcançavam a idade adulta. (p.198)
  • O crescimento populacional foi o maior estimulo à fragmentação e multiplicação das empresas agrícolas, e uma maior mobilidade da população que habitava a zona rural. (p. 198-199)
  • Houve um aumento significativo na produção de alimentos disponíveis a população, mas tal fato não melhorou o nível alimentar do camponês, tendo em vista a fome que continuava a assolar a população. (p.199)
  •  O grande crescimento demográfico e o aumento na produtividade surgiu como forma de consequência ao desenvolvimento do “estatuto dos não livres”.” (p.199)
  • O estatuto dos não livres rompeu com as restrições matrimoniais existentes, possibilitando a união entre camponeses  livres e não livres. (p.200)
  •  A transição da escravidão para a servidão serviu como forma de estimulo para que os camponeses tivessem mais filhos. (p.200)
  • A transição da escravidão para a servidão foi o pilar principal para o favorecimento do crescimento populacional que ocorreu. (p.200-201)
  • Crescimento econômico que surgia estava baseado no processo de destruição das propriedades baseadas na escravatura. (p.202)

O fator técnico:

  • O problema alimentício presente aumenta o consumo de pão entre os séculos XI e XII. (p.203)
  • O costume dietético dos ricos refletia na preferência da massa camponesa. (p.205)
  • Devido ao aumento no consumo de pão houve a necessidade de criar-se moinhos para processar os grãos de trigo, havendo assim, um aumento significativo desta ferramenta. (p.203)
  • Os senhores tomaram a iniciativa para a vasta implantação dos moinhos, tendo como objetivo novas formas de obtenção de lucro para si próprios. (p.204)
  • Os moinhos representavam uma forma de opressão econômica praticada pelos senhores, tendo em vista que os camponeses eram obrigados a utilizarem destas instalações. (p.204)
  • Devido ao aumento no número de moinhos houve um crescimento na produção de farinha, que traz consigo um aumento no número de fornos para preparo do pão e um crescimento no número de mercadores de farinha. (p.204)
  • Problema que fez-se presente foi referente a escolha do grão que seria cultivado, tendo em vista a preferência dos ricos por pão branco esse foi um fator determinante para a escolha do trigo. (p.204)
  • A extensão da área a ser cultivada estava diretamente ligada ao avanço das técnicas agrícolas. (p.205)
  • Há indícios de que a massa camponesa utilizava de adubo em hortas, mas não há indícios do uso do mesmo na produção de cereais, tendo em vista a não viabilidade do uso de adubo para o aumento da produção. (p.205)
  • Os camponeses utilizavam da técnica de semear em duas estações distintas do ano, sendo esta uma forma de progresso que ocorreu entre os séculos IX e XII. (p.206)
  • Além da prática de semear em duas estações distintas do ano os camponeses utilizavam das queimadas periódicas, método que parece ter sido o único capaz de garantir a colheita em solos pouco férteis. (p.208)
  • Utilização da força física dos bois para o arado da terra. (209)
  • Substituição dos bois por cavalos, tendo em vista uma maior rapidez na produção que os cavalos conseguiam proporcionar. (p.210)
  • Melhoria dos arados de madeira, sendo acrescentado a estes partes de ferro, reforçando os pontos que entravam em contato com o solo, o que facilitava o trabalho com a terra. (p.210-211)
  • Massificação no uso do metal. (p.211)
  • Aparição de mão-de-obra especializada para o trabalho com o metal, ferreiro, em diversas aldeias. (p.211)
  • “O aperfeiçoamento do arado e da junta foi decisivo para o progresso econômico e demográfico em geral.” (p.212)
  • O avanço técnico trouxe consigo um grande fenômeno, o aumento do valar do equipamento em relação ao da terra. (p.212)
  •   Devido ao arado e os animais serem bens móveis, o que facilitava o roubo dos mesmos, a posse destes estava diretamente ligado a flutuações monetárias, os camponeses ficaram bem mais vulneráveis à exploração pelos ricos. (p.212)
  • Não é possível fazer uma análise minuciosa referente a números de produção, pois os dados ligado a este aspecto são bem escassos (p.214)

As arroteias:

  • Todos os anos os indivíduos abandonavam as terras que estavam exaustas pelo cultivo e abriam novos campos. (p.215)
  • A abertura de novos campos para o cultivo de cerais é visto como um grande empreendimento que ocorreu no século XII. (p.216)
  •  As arroteias vieram graças ao aperfeiçoamento das ferramentas e a pressão demográfica. (p.216)
  • O principal motivo por trás da expansão agrícola foi a crise de alimentos. Os principais agentes por trás desta expansão foram os pobres ou os filhos mais novos das famílias, onde o aumento da produção só foi possível graças aos avanços técnicos. (p.216)
  • Os donos das terras incultas preferiram abrir mão dos prazeres que as florestas e pântanos ofereciam, tendo em vista que a colonização poderia trazer lucros a longo prazo. (p.217)
  • Existia vários tipos de arroteia e nem todas elas evoluíram de forma homogênea, em ritmo semelhante. (p.217)
  • Na sua fase inicial as arroteias permitiram a criação de animais de tiro. (p.219)
  • O arroteamento assume um outro aspecto quando dar lugar a novas povoações. Na região da França por exemplo, estes novos aspectos dará lugar a uma paisagem que ficará conhecida como Bocage. (p.220-221)
  • Os Bocage eram lotes de terra cercados para uma maior proteção dos animais domésticos contra o perigo dos animais selvagens e os campos também eram rodeados por cerca. (p.221)
  • Outro aspecto muito presente foi a criação de novas terras aráveis. (p.222)
  • Uma terceira forma de arroteamento foi a que veio para potencializar a captação de lucro para os senhores, está permitia aos pioneiros uma maior exploração dos recursos naturais, florestas, pântanos e até o mar. (p.222-223)

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