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HISTORIOGRAFIA DE BRASÍLIA

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Por:   •  27/6/2014  •  606 Palavras (3 Páginas)  •  308 Visualizações

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Brasília foi consagrada pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade, o que a pôs o nível , por exemplo, da Muralha da China entre outros, como referência universal de civilização.

Em Brasília a honra foi conferida a toda cidade, na magistral unidade constituída pelo Plano Piloto de Lúcio Costa e a arquitetura de Oscar Niemeyer em Brasília, não carece portanto de justificativa. Procuraremos atingí-lo com modéstia, sem pretensão de esgotar o assunto.

Nosso estudo acompanha a divisão da história da cidade que o próprio arquiteto estabelece em três períodos, em seu livro de memórias , em preparação:

“Primeiro foi o sonho de JK, o plano magnífico de Lúcio Costa, a arquitetura a ocupar os espaços oferecidos, a determinação de Israel Pinheiro.

“Terceiro, a presença de José Aparecido, novas obras construídas, outras completadas.”

A respeito das diretrizes básicas de seu trabalho em Brasília, assim se expressou Oscar Niemeyer em seu livro Minha experiência em Brasília: “ Minha preocupação era encontrar – sem limitações funcionalistas – uma forma clara e bela de estrutura que definisse e caracterizasse os edifícios principais –

-os palácios propriamente ditos – dentro do critério de simplicidade e nobreza, indispensável ” . (p.14)

Brasília foi iniciada em 1957, “Nos palácios de Brasília, quando terminava uma estrutura, a arquitetura estava sempre presente. Duas coisas que a meu ver deveriam nascer juntas e juntas se completar e enriquecer.

“ O palácio do Congresso, por exemplo – e constatarão que, concluída sua estrutura, sua arquitetura estava também definida.

“ Os detalhes é que vinham depois , como elementos construtivos da vedação, síntese criadora e característica da arquitetura da nova capital.

“ Outro aspecto que ao estudar os palácios de Brasília não pode ser esquecido é que a idéia de afastar as colunas dos edifícios, de fazê-las mais trabalhadas e, como ocorreu, mais leves, com suas pontas finas, finíssimas, e os palácios como que apenas tocando o chão.

“ E nesse exame da arquitetura de Brasília valeria também lembrar como o problema forma e função foi cuidado. Na cúpula da Câmara dos Deputados a forma externa atende à visibilidade interna. E era tal a nossa preocupação plástica ao projetarmos esses palácios que cabe mencionar a frase de Joaquim Cardozo, ao me chamar um dia ao telefone, exultante: “ Oscar. Encontrei a tangente que faz a curva da cúpula do Congresso ficar como que apenas pousada na laje de concreto! ”

“ Mas num estudo sobre Brasília caberia também anotar como sua arquitetura respeita o plano de Lúcio Costa, mantendo espaços e volumes neles fixados, e como acompanhou a idéia de que Brasília deveria ser uma cidade diferente toda feita de coragem, surpresas e invenção.”

O mesmo acontece no palácio do Supremo Tribunal, onde a forma da estrutura e das próprias colunas teve sua origem nessa especulação visual, dando aqueles que circulam pela Praça dos Três Poderes uma séries de aspectos.

Estas preocupações do arquiteto brasileiro deveriam sem dúvida das lições de Le Corbusier por assim dizer, se identifica, pois ali não existe outra função a não ser essa intermediação do espaço interno e do espaço exterior.

Apesar do arquiteto ter realizado algumas das obras mais conhecidas no Brasil e no exterior (como o palácio da Alvorada, o Congresso, ou a Catedral de Brasília ), ainda assim não se recusa projetar obras que poderiam ser consideradas “menores” , como o pequeno mercado de flores ou a “Casa do Cantador” .

Brasília em três tempos

A arquitetura de Oscar Niemeyer na Capital (Júlio katinsky)

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