Historia Do Pensamento Economico
Dissertações: Historia Do Pensamento Economico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MariadasDores • 19/8/2013 • 491 Palavras (2 Páginas) • 761 Visualizações
Liberalismo ou Escola Clássica
Praticamente no mesmo instante em que surge, na França, a ciência econômica comos fisiocratas, na Inglaterra, Adam Smith, em 1776, pública a “Riqueza das Nações”. Trata-se de um esforço de revisão das idéias econômicas mercantilistas e também da constituiçãode uma “Escola Econômica”. O liberalismo econômico foi defendido por vários autores;dentre eles, pode-se citar Adam Smith, Thomas Malthus e David Ricardo. Estesdefenderam o fim da intervenção do Estado na economia, à livre concorrência e o fim dasmedidas protecionistas e dos monopólios. Estes não reconheciam a exclusão social, comoum problema da sociedade e sim do próprio trabalhador, que estava naquela situação de penúria porque não queria trabalhar pelo salário ou pelo preço que o mercado estava lheoferecendo pela sua mão-de-obra. Smith cria uma ciência econômica que apresentainúmeros pontos de semelhança com a dos fisiocratas.Partindo de um ponto de vista menos acanhado que o dos fisiocratas, amplia o seucampo: ao invés da produtividade agrícola toma como problema econômico central otrabalho, entendido com “trabalho ajudado pelo capital”, ou seja, atividade produtiva. E,fazendo do trabalho, assim compreendido, a fonte da riqueza, reage contra a concepçãometalista dos mercantilistas e a noção exageradamente agrária dos fisiocratas. Para AdamSmith, o Estado deve desempenhar três funções: manter a segurança militar, administrar a justiça e construir e manter certas instituições públicas. Segundo ele, a intervenção doEstado em outras questões era inútil e prejudicial à economia, pois tendia a alocar mal osrecursos e, conseqüentemente, reduzir o bem-estar social, a economia seria guiada por uma “mão invisível”, ou seja, pelas leis naturais do mercado. Essas leis eram: a livreconcorrência e a competição entre os produtores, que determinavam o preço dasmercadorias e eliminavam os fracos e os ineficientes. Assim, o mercado torna-seresponsável pela regulamentação da economia, trazendo harmonia social e econômica, semintervenção do Estado (Shermam, 1998).Para Adam Smith, se o trabalho determinava a propriedade nacional e o mesmo nãose realizava sem o trabalhador, e, conseqüentemente, esse não viveria sem o salário, portanto este deveria receber no mínimo um salário que correspondesse ao necessário parasua própria reprodução (salário eficiência). No entanto, como alertavam os economistas não-liberais, se a economia é deixada à livreforça do mercado, a exclusão social irá aumentar, pois, ao contrário do que diziam osliberais, os capitalistas buscam seu próprio bem-estar e este raramente será o melhor para asociedade como um todo. O salário estava condicionado à procura e à oferta de mão-de-obra, considerava-se suficiente apenas uma quantia para a subsistência do trabalhador, oque não era suficiente para uma família viver com dignidade. “Assim, as leis do mercado justificavam os salários de fome e a exploração dos trabalhadores.”Enquanto os mercantilistas faziam a riqueza depender do ouro e os fisiocratas, daterra, Smith vê a sua origem no trabalho do homem. Essa noção de trabalho, com quesubstitui a de produtividade exclusiva da agricultura, é característica da sua concepção de“liberdade natural”. O estudo aprofundado que Smith faz do trabalho e da sua produtividade, servirá de base à explicação
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