História da Educação e da Pedagogia
Por: Glauber_Silva • 14/8/2017 • Resenha • 3.216 Palavras (13 Páginas) • 464 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
COLEGIADO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
PROFESSORA: CEZARELLA CARVALHO
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Brasil: a educação contemporânea. In______.História da Educação e da Pedagogia. 3.ed. São Paulo: Moderna, 2006. p. 294-309.
Glauber Silva[1]
Um “novo” período brasileiro, pós monarquia
Maria Lúcia de Arruda Aranha é formada em filosofia pela PUC-SP. É autora de diversas obras, dentas as mais importantes estão: Filosofia da Educação, História da Educação e da Pedagogia e Maquiavel, a lógica da força.
Maria Lúcia de Arruda discute o período republicano e a Era Vargas divididos em quatro períodos: Primeira República e Eras Vargas, República Paulista, Ditadura Militar e Redemocratização. Além do contexto político brasileiro, Maria Lúcia aborda sobre a educação, desde o período colonial até o dia atual, que foi dividido em onze sub-tópicos: O projeto positivista, experiências anarquistas, Escolanovismo, A atuação da ala católica, Reforma Francisco Campos, As primeiras universidades, Reforma Capanema, Ensino profissional, Expansão do ensino e Período da República Populista.
No primeiro período, a Primeira República iniciou-se em 1889, com duração de 41 anos (1889-1930), após a queda da monarquia.
Em 1891, pelo ato Constitucional, instaura-se o governo representativo federal e presidencial, onde o sistema federal deu autonomia aos estados e ao mesmo tempo favoreceu o crescimento desigual para os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O período Republicano era conhecido como República Velha, República Oligárquica, República dos Coronéis e República do Café. Tendo a República Oligárquica a participação de 5% da população no direito a voto – sem democracia ampla, totalmente restringida -, pois era controlada pela elite e pelos “coronéis” que à depender dos lugares e influências defendiam os interesses dos fazendeiros, principalmente das fazendas de cate e gado. Daí chamado de café-com-leite, politicamente, tendo alternância no poder entre os lideres paulistas e mineiros.
Após a Primeira Guerra Mundial, começa em passos lentos a mudança econômica brasileira. A começar pela economia agrário-exportador, industrialização nacional, em grande susto. Nesse último caso, o país importou menos e deu surgimento a uma burguesia industrial urbana.
No anos de 1922 é fundado o Partido Comunista do Brasil, influenciado pela Revolução Russa de 1917. Nesse mesmo período, em 192, até 1927, houve a revolta tenentista, com descontentamento dos médios urbanos e a oligarquia dominante.
Em fevereiro de 1922, ocorre a Semana de Arte Moderna realizada em São Paulo, com participação de pintores, escultores, músicos, arquitetos e literários. Surgindo as manifestações modernistas que ia em desencontro as influências européias, dando ênfase e vez a estética nacional e criticavam à velha ordem social e política.
No ano de 1929 ocorre a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, que desencadeia a crise do café no Brasil e a queda das exportações. Mas resultou na oportunidade para o crescimento da indústria brasileira e crescimento do mercado interno.
Em 1930, com a Revolução de 30, cresceu a oposição às forças aristocratas com a participação dos intelectuais, militares, políticos, burguesia industrial e comercial, além da classe média, que resultou na posse de Getúlio Vargas, como governo provisório e como conseqüência um novo Golpe de Estado Novo, de 1937 a 1945.
Observa-se que no Estado Novo ocorre o controle das estatais que imprimiu o crescimento da indústria nacional através da política de substituição de importações pela produção interna.
Maria Lúcia aborda em três parágrafos em contextos diferentes sobre a industrialização brasileira, desde a influência da primeira guerra mundial – industrialização nacional -, a queda da bolsa de valores de Nova York e o período do Golpe do Estado Novo, governado por Getúlio Vargas.
A República Populista iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que estendeu-se desde a deposição de Getúlio Vargas até o golpe milita de 1964.
O movimento populista no Brasil era popular e tinha tendência desde 1930 e durante o Estado Novo, porém o movimento surgiu a partir o período entreguerras, que emergiu as classes populares urbanas, resultante da industrialização. O movimento populista tornou-se um fenômeno em toda a América Latina.
No período populista, o governo demonstrava-se ambíguo. Uma hora agia com sensibilidade as pressões dos operários insatisfeitos com as condições de vida e trabalho e em outro momento manipulava e dirigia as aspirações através da “política de massa”.
Vargas, em 1951 a 1954, estabeleceu o monopólio estatal do petróleo com a criação da Petrobras através das interferências que fazia na economia brasileira, criando grupos industriais.
Os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial tornou-se suprema na economia. A supremacia econômica americana espalha-se e invade o Brasil no período de Juscelino Kubitschek, com as industrializações multinacionais, dentre elas a automobilística.
A entrada do capital estrangeiro no país brasileiro trouxe várias conseqüências. Por um lado ampliou o parque industrial, por outro lado começaram os problemas sociais, como o aumento da pobreza, com as disparidades regionais, centros urbanos inchados e o aumento da inflação.
Percebe-se que o movimento populista continuou na liderança de Jânio Quadros (1961) e durante o governo de João Goulart (1964), conhecido como Jango e herdeiro político de Vargas. No período de Jango o populismo encontrava-se desgastado.
Com o desgasto do movimento populista, as forças conservadoras e anticomunistas depuseram Jaó Goulart e estabeleceram a ditadura militar.
No período da Ditadura Militar os partidos existentes antes do golpe militar de 1964 foram dissolvidas, porém os militares criam dois partidos: a Aliança Democrática Brasileira (Arena) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), hoje, atual PMDB, mas com histórico diferente do período de 64, e, o Executivo governa em cima dos Atos Institucionais, o AI. O AI foi criado para transformar as leis impostas que não estavam na Constituição, como a proibição de manifestações políticas, repressão, cassação de direitos políticos, censura das mídias, prisão, tortura, exílio e assassinatos.
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