História do Brasil Colonial
Por: jprda • 3/5/2018 • Trabalho acadêmico • 802 Palavras (4 Páginas) • 258 Visualizações
Centro de Ciências Humanas e Naturais
Departamento de História
História do Brasil Colonial – Profª Drª Rossana Britto
João Pedro Rodrigues de Andrade (2015/1)
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Biografia de Luís da Câmara Cascudo
Natural de Natal, Recife, Luís da Câmara Cascudo nasceu no dia 30 de dezembro de 1898. Filho de Francisco Justino de Oliveira Cascudo e Ana Maria da Câmara Cascudo, Luís herda o sobrenome derivado do apelido de seu avô, Antônio Justino de Oliveira, conhecido como o “Velho Cascudo” por conta de sua relação com o partido Conservador.
Cresceu na chácara da família, a Vila Cascudo, local que sediava reuniões literárias, jantares, recitais e encontros políticos, o que colaborou para a formação intelectual de Cascudo. Além disso, estudou no Atheneu Norte Rio-grandense e cursou a faculdade de medicina até o quarto ano (começou na Bahia e transferiu-se para o Rio de Janeiro). Após abandonar a carreira média, dedicou-se ao estudo do Direito no Recife, graduando-se em 1928.
Em 1929, no dia 21 de abril, casou-se com Dáhlia Freire, e tiveram dois filhos: Fernando Luís e Anna Maria.
Desde o ano de 1918, Câmara Cascudo já trabalhava com jornalismo e pesquisa no campo das humanidades, colaborando no impresso da própria família, “A Imprensa”. A impressionante marca de 1.848 artigos publicados revela a produtividade e a importância de Cascudo no meio. Tais publicações reverberaram e contribuíram para a confecção de obras completas e ensaios (sendo estes mais de 200). Os assuntos tratados nos textos são de cunho histórico, folclórico, antropológico, sociológico e etnográfico (além das traduções e comentários de obras famosas). Também é digno de destaque o interesse pela produção de crônicas. Por conta de seus estudos em todos estes campos das ciências humanas, tornou-se professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Seu primeiro livro, “Alma Patrícia”, de 1921, diz respeito aos autores potiguares, contendo críticas e comentários. No entanto, sua consagração como escritor e referência sobre folclore, antropologia e cultura deu-se no final da década de 30 e na década de 40. Dentre suas publicações destacam-se o “Dicionário do Folclore Brasileiro” (1954) e os “Contos Tradicionais do Brasil” (1946).
“Saci. Saci-Pererê, entidade maléfica em muitas, graciosa e zombeteira noutras oportunidades, comuns nos Estados do Sul. Pequeno negrinho, com uma só perna, carapuça vermelha na cabeça que o faz encantado, ágil, astuto, amigo de fumar cachimbo de entrelaçar as crinas dos animais, depois de extenuá-los em correrias durante a noite, anuncia-se pelo assobio persistente e misterioso, inlocalizável e assombrador”(exemplo de verbete do Dicionário de Folclore Brasileiro, 1954).
Foi a Portugal em 1948 para o 1º Congresso Luso-Brasileiro de Folclore, onde foi tratado como especialista na área. Em 1963, foi à África pesquisar a alimentação popular e os costumes ao redor dos hábitos alimentares.
Faleceu no dia 30 de julho de 1986, em sua própria terra; Cascudo se definia como um “provinciano incurável”. Atualmente sua casa em Natal abriga o Ludovicus – Instituto Câmara Cascudo.
A grandiosidade e importância das pesquisas de Luís da Câmara Cascudo residem no fato do mesmo trata-las com status cientifico, trazendo para a realidade brasileira, e em especial a realidade nordestina e rio-grandense; abordagens etnográficas, antropológicas e sociológica, traçando relações históricas nos domínios culturais e observando o impacto da cultura na sociedade.
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