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Medo No Ocidente Medieval

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Por:   •  4/12/2014  •  1.207 Palavras (5 Páginas)  •  493 Visualizações

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O inicio da idade moderna na Europa foi marcado pelo medo, esse estava relacionado a tudo aquilo que era desconhecido ou vinha como uma forma de surpresa, inesperado. Quando se diz que ; Toda civilização mal armada tecnicamente sofre influência desse medo, só faz reafirmar que essa civilização não está preparada para enfrentar o desconhecido, o que não se tem domínio.

Em tempos de outrora por exemplo; na antiguidade clássica e até mesmo bem antes disso, aquilo que era desconhecido ganhava um significado além das explicações físicas. Ritos e Mitos na sua maioria, surgiram como uma forma de explicar aquilo que não conseguia ser entendido em referência principalmente a natureza, como, a fúria dos oceanos, trovões e raios por exemplo. Não existia uma explicação concreta para tais fenômenos nessas épocas, e durante vários períodos da história, houve uma diversificação de significados para esse desconhecido.

Retomando na Idade Moderna, temos como um dos principais medos no ocidente; os mares; para alguns o mar era caminho para novas descobertas, progresso, avanço, mas para a grande maioria da Europa o mar era sinônimo de medo. Vários provérbios espalhados pela Europa, alertava a civilização aconselhando-lhes a manter distância do mar. ‘’ Louvai o mar, mas conservai-vos a margem’’, diziam os Latinos. Até mesmo na Holanda que foi uma das pioneiras nas expansões marítimas posteriormente, não estava livre desse medo: ‘’ Mais vale estar na charneca com uma velha carroça do que no mar num navio novo’’, diziam os Holandeses. Esses eram uns dos provérbios que circulavam reafirmando para as pessoas os perigos dos mares.

A diversificação dos males dos oceanos, não fazia mais referências apenas ao desconhecido, pois já eram grandes os avanços culturais e tecnológicos apesar de paulatinos. ‘’incontáveis são os males trazidos pela imensidão líquida: a Peste Negra, está claro, mas também as invasões normandas e sarracenas, mais tarde as incursões dos berberes [...] Mas é igualmente perigoso quando jaz imóvel sem que o menor sopro ondule. Um mar calmo, ‘’espesso como um pântano’’, pode significar morte para os marítimos bloqueados ao largo, vítimas de uma ‘’fome voraz’’ e de uma ‘’sede ardente’’. (Delumeau, Jean , 1923) As reafirmações sobre os males dos oceanos estavam sempre contidas em obras literárias, provérbios e discursos poéticos faziam parte de uma das advertências que prevenia o homem do mar. Existiam duas dessas advertências que levou o homem a evitar o mar até no final da Idade Média, uma era expressa pelos discursos poéticos, e a outra era referente aos relatos daquelas que se aventuraram em viagens marítimas.

As literaturas de ficção e crônicas fora um dos principais pilares que ajudaram a difundir e criar a visão estereotipada das tempestades que acompanha aqueles que se aventuram ao mar. Os grandes navegadores e os próprios marinheiros profissionais temiam ao mar quando deixara o porto. Podemos observar claramente nesta canção de marinheiros ingleses por volta do inicio do século XV:

A tripulação pode renunciar a todos os prazeres

Que vai fazer vela para Saint-James;

Pois para muitos homens é um desgosto

Começar a fazer vela.

De fato, quer tenham se lançado ao mar

Em Sandwich ou em Winchelsea,

Em Brisol ou alhures

Sua coragem começa a fraquejar

O Vasco da Gama de Camões também faz declarações a vésperas de partida. A partir dessas literaturas pode-se avaliar melhora o quão sangue-frio teriam que ser os desbravadores do mar, que extraordinariamente precisavam lutar constantemente contra os pavores disseminados entre a tripulação. Essa viagens resultaram em consequências de sinais contrários aos medos impostos á navegação. De fato, os progressos que a minoria acreditava aconteceu, principalmente em relação aos desenvolvimentos tecnológicos para navegação, a cartografia teve um imenso avanço assim como a fabricação de embarcações.

Apesar do progresso, para a massa das pessoas o recuo diante do estranho sob todas as suas formas permaneceu por muito tempo ainda a atitude mais confiável para a civilização.

Vemos então que a civilização europeia na idade média da Idade Média é preferentemente terrestre. Mesmo com inúmeros pedaços de terra e da elevada quantidade de pescadores e navegantes, grande parte da população europeia ainda tinha medo dos mares, não medo de águas paradas e isoladas, mas sim da extensão dos oceanos, de onde não se ver fim.

O medo dos oceanos começou a ser superado quando os centros urbanos começaram a se desenvolver. Como se via a necessidade de expansão do comércio

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