Mesopotamia e Egito
Por: Kesliane Pereira Silva • 9/6/2015 • Artigo • 3.021 Palavras (13 Páginas) • 307 Visualizações
1- Faça uma analise da Mesopotâmia, discutindo a questão unidade/fragmentação. O papel do rei, a monarquia (suas obrigações, representações e funções, quais são e o lugar social) e qual era as funções do templo.
O nome Mesopotâmia significa terra entre rios, e é justamente isso que deu o nome a essa civilização que ficava entre os Rios Tigre e Eufrates. Com poucas barreiras naturais, esta região era de fácil acesso, o que tornava as invasões mais frequentes sendo constantemente dominado por outros povos, o que justifica em parte a sua queda.
A civilização foi sendo formada, com a vinda de povos de outras regiões como os sumérios, os acádios, os babilônios, os hititas, os assírios e os caldeus. A instalação desses povos nesta região teve como fator principal sua localização no “Crescente Fértil” próximo ao Golfo Pérsico. Que nas cheias dos rios Tigre e Eufrates fertilizavam o solo, tornando possível a atividade agrícola, o que era essencial para o desenvolvimento das civilizações.
A região começou a ser ocupada pelos sumérios (IV milênio a.C.) nos pantanais do Baixo Eufrates, próximo ao Golfo Pérsico. Este povo conseguiu formar ao todo 12 cidades independentes, sendo as principais Ur, Uruk e Nipur.
“Cada cidade era governada por um patesi , líder religioso e chefe militar. O patesi organizava a construção de canais de irrigação, diques e templos. Ele também controlava a cobrança de impostos. Os deuses eram considerados os proprietários das terras a quem os homens deveriam obedecer. Para homenageá-los os sumérios construíam zigurates, as pirâmides de tijolos.” (CAMPOS; MIRANDA, 2005, p:35)
O patesi (rei) era indicado por um Deus, que a partir de sua coroação teria que cumprir com suas obrigações, sendo um guerreiro, um líder e um mediador para com o deus que lhe indicou e o seu povo. Com o apoio do exercito, tem-se sempre que procurar controlar as instabilidades que ocorrem na cidade, para não perder o apoio e admiração da população. Pois caso isto ocorra ele pode ser deposto, visto que para o povo ele teria perdido o apoio do deus.
Além de ser constantemente questionado por essa questão, corre o risco de morrer durante as guerras. Que eram praticadas entre as cidades sumérias, para a conquista de terra ou água. Afinal cada cidade era autônoma, possuindo governos independentes.
Somente por volta de 2330 a.C., foram unificadas, pelo rei Sargão I, da cidade de Akkad (Ácade) da região norte, sendo conhecido como 1º Império da Mesopotâmia, o que não durou muito devido ao enfraquecimento em que já se encontravam, sendo assim dominados por outros povos.
Os legados mais importantes que o povo sumério deixou foram: a criação da primeira forma de escrita (a escrita cuneiforme), que o desenho representava uma ideia e a construção de veículos com rodas, além de outros feitos como os diques para a barragem de água que era distribuída para regiões de seca e os trabalhos em metal nas pedras preciosas e esculturas.
A religião desses povos era a politeísta, ou seja, crença em vários deuses. Faziam disso um ritual em sua vida, em que todos os dias cultuavam os deuses, pedindo proteção e prosperidade. A forma de homenagear um deus era com a construção de templos, no caso os zigurates, uma pirâmide com degraus.
Um povo vindo da região sul do deserto árabe, dominou os povos sumérios e acádios, ± 2000 a.C. até ± 1100 a.C., conhecidos como Amoritas ou Antigos Babilônios. Teve seu apogeu com o rei Hamurabi, que instituiu o Primeiro Império Babilônico.
O rei babilônico colocou em prática o Código de Hamurabi, criado pelo mesmo. Um conjunto de leis, que colocava toda mesopotâmia em uma mesma administração e legislação, promovendo assim uma organização social. Apoiava-se na Lei do talião (olho por olho, dente por dente,...), ou seja, os crimes eram punidos de acordo com o grau da infração cometida.
Fora o sistema de leis, outro legado importante foi o zigurate de Babel, em que é mencionado na Bíblia como Torre de Babel, este templo foi construído verticalmente, diferente do que era costume da civilização mesopotâmica. Além da criação de um calendário para o desenvolvimento da agricultura.
Mesmo tendo conquistado grandes territórios e possuindo um sistema organizacional eficiente, após a morte do rei, os babilônios não resistiram às invasões dos hititas e cassitas, o que levou a fragmentação da Mesopotâmia em norte e sul novamente.
Os hititas que por volta de 1600 a.C. – 1200 a.C. conquistaram a Babilônia, era um povo indo-europeu. Que contribuiu com o desenvolvimento de rodas mais leves. Um aspecto interessante desse povo, é que as rainhas também dispunham de certo poder perante a sociedade.
Dominados pelos Assírios, um povo de poder militar grandioso, os hititas foram derrotados por volta de 900 a.C., esta população não só conquistou a Babilônia como a mesopotâmia toda.
Ficaram conhecidos por serem cruéis com os povos que dominavam, os quais impunham castigos e humilhações, para mostrarem a sua soberania. Mas esta forma de governo não agradava a todos, gerando algumas revoltas na população.
A civilização assíria aderiu à cultura da babilônia em sua sociedade e Assurbanipal, um dos reis mais importantes, organizou uma biblioteca com textos babilônicos na cidade de Nínive, a capital deste império. Com este monarca e sua administração, eles conquistaram também outras regiões, como a Palestina e o Egito.
No entanto com a sua morte, veio a decadência deste grande império, sendo dominados pelos Caldeus ou Novos Babilônios em 650 a.C. Sob o governo de Nabucodonosor, eles conquistam Jerusalém e de seus habitantes muitos foram feitos de escravos. Com as riquezas conquistadas, foram feitas grandes obras: templos, palácios e os famosos Jardins Suspensos, que o rei fez para sua esposa.
Mas como os outros povos com a morte de um importante líder o império enfraquece, e isso não foi diferente com os caldeus, que foram dominados pelos persas em 539 a.C.
A civilização mesopotâmia como exposto a cima, era uma sociedade que foi formada por diferentes povos a cada época. Mas mesmo assim se pode dividi-la em alguns aspectos iguais. É o caso da religião, economia e aspectos sociais.
A religião como foi descrita era politeísta, culto a vários deuses, que na maioria das vezes eram representações de uma característica da natureza, como água, sol, vento, entre outros. Para esses povos a religião era importantíssima, e se algo estava dando errado era porque o deus principal daquela cidade, não estava sendo agradado como merecido e no caso o rei não estava intervindo de maneira correta. Os templos (zigurates) representavam a morada de algum deus,
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