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Monipolio E Oligopolio

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Por:   •  15/9/2013  •  810 Palavras (4 Páginas)  •  450 Visualizações

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O monopólio é uma situação de concorrência imperfeita, onde a oferta é dominada por uma única empresa. Existem vários motivos que provocam situações de monopólio, como por exemplo decisões estatais (alegadamente por motivos de interesse nacional ou de segurança) ou devido à protecção de direitos de propriedade intelectual - como é o caso das patentes.

No entanto uma situação de monopólio pode ser gerada pelas próprias leis da economia. Particularmente em sectores que exigem investimentos muito grandes e períodos de amortização muito longos, juntamente com a ocorrência de mercados muito pequenos, pode acontecer que a curva da procura de mercado se cruze com as curvas de custos marginais e médios numa zona em que essas curvas ainda se encontrem com inclinação descendente - veja-se a figura seguinte:

Nesta situação ocorrem fortes economias de escala: quanto mais se produz mais barata fica a produção de cada unidade. Por este motivo, mesmo que haja vários concorrentes à partida, um deles acabará por eliminar os outros, produzindo mais e a mais baixos custos. Por este motivo designam-se estas situações como de monopólios naturais.

As situações de concorrência perfeita podem ser representadas pela figura seguinte, onde a procura de mercado D se situa bastante à direita do ponto onde a curvas de custos inflectem. Realidades como a constituição do Mercado Único Europeu são frequentemente defendidas com base neste objectivo: deslocar a curva da oferta de mercado para a direita. Por exemplo, um mercado como o português dificilmente poderia justificar mais do que uma siderurgia - tratar-se-ia de um monopólio natural. Mas integrando-se o mercado português no mercado mais alargado da União Europeia, criam-se condições para a existência de concorrência.

Ao contrário do que acontece com a empresa concorrencial, a empresa monopolista enfrenta uma curva da procura com inclinação negativa. A procura que se dirige para a empresa monopolista coincide com a procura de mercado. Assim, se a empresa monopolista quizer aumentar a sua produção, terá que baixar o preço de venda de cada unidade.

A empresa monopolista tem portanto uma receita marginal (variação da receita proporcionada pela venda de cada unidade adicional) que pode ser positiva ou negativa. Na figura seguinte apresenta-se a curva da receita média - RMe, que corresponde à curva da procura D, e a curva da receita marginal RMa que, a partir de certo ponto é negativa.

Para encontrar o ponto onde maximiza o lucro a empresa monopolista deve comparar a curva da receita marginal com a curva do custo marginal. A empresa monopolista maximiza o lucro no ponto M, onde a receita marginal é igual ao custo marginal:

Ou seja, o ponto de maximização do lucro ocorre onde:

RMa = CMa

E qual é o preço a que a empresa monopolista pode vender a sua produção? Uma vez encontrado o ponto que preenche a condição RMa = CMa, o preço é determinado pela intersecção com a curva da procura (Pmon), como se pode ver na figura seguinte.

Esta análise contraria a ideia que vulgarmente se divulga de que "a empresa monopolista pratica o preço que quizer".

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