Multiculturalismo na educação e seus códices
Por: Tica123456 • 30/7/2017 • Abstract • 1.078 Palavras (5 Páginas) • 250 Visualizações
Resenha
Multiculturalismo na educação e seus códices
O “multiculturalismo” é um termo político que significa a Coexistência de várias culturas num mesmo território ou país, seu significado conceitual abrange a pluralidade cultural com suas singularidades de diferenças e diversidades; presente em todo o território nacional. Seu cerne teórico abriga o diálogo entre as diferentes culturas num ambiente teórico e “harmonioso” ambientado na escola, contemplando a ideologia de “igualdade” na diferença comportando o respeito entre todos e reciprocidade de direitos no ambiente formal e sua extensão social. Para uma melhor reflexão sobre o conceito abordaremos os PCN’s entre outros textos que abordam esse tema bastante difundido nos dias atuais; como também, alguns autores com os olhos e a escrita voltados ao ambiente escolar. Refletir sobre a problemática conceitual que perpetua frente a um diálogo democrático; e, questionar as origens e os motivos de conflito entre etnias, classes, culturas e seus preconceitos.
O multiculturalismo “surgiu” da necessidade antropológica de estudar cada cultura em sua totalidade de unidade, de contextualidade cultural única e diferenciada; devido ao relativismo e a incompatibilidade na comparação culturalmente unificada com a civilização europeia e suas raízes (no Brasil em especial). As políticas multiculturais de “reforma” e de reparação que ganharam força a partir do século XX no intuito de reparar à “crise” cultural identitária causada pela exclusão dos tidos como “minoria” ou “inferiores” culturais, étnicos ou sociais. Trás na sua “teoria” de construção novas propostas de um “convívio” na pluralidade das diferenças em harmonia de sua igualdade de valor recíproco, Contudo; descortinar o preconceito presente no âmago comportamental do convívio social é um dos muitos desafios nessa reflexão.
Os atritos e dissoluções que circundam, chocam e margeiam as rotas ideológicas em colisão sobre o tema multiculturalismo é delicado e complexo; numa extremidade temos o direito igualitário à diferença e na outra ponta a globalização por direito, que já vem aumentando a desigualdade entre os opostos na margem social contemporânea. Articular uma “forma” de se construir um ideal de sociedade que permita a emancipação dos “oprimidos” e foque numa “igualdade” de diferença, ao passo que aproxima e resgatam os “excluídos”, esquecidos e marginalizados numa esfera coletiva que clama por reconhecimento coletivo e individual é um trabalho para todos os envolvidos.
As inúmeras pautas em questões conceituais e teorias de agregação “positivistas” do multiculturalismo minam as bases teóricas que confrontam diretamente com a política de “mercado”; que na sua concepção teórica e comercial é quem dita as “regras” de comportamento coletivo que enraizada nas “individualidades” ideológicas de pensamento e liberdade de expressão presente nos discursos. Encontram argumentos embasados em “leis” para propagar e reproduzir os problemas “cultural e comportamental” de segregação racial, sexual, econômico e intelectual. No Brasil os problemas se agravam exponencialmente em virtude as suas raízes e ideais hierárquicos de origem “europeia” e costumes escravocratas ideológicos e dominantes que perduram aos séculos.
A “ideologia” reflexiva presente no multiculturalismo é “abraçar” as diferenças no aconchego da igualdade; a priori é derrubar as barreiras de “acesso” que em geral impede que a “maioria” que se identifica como “minoria” de classes, grupos, indivíduos e militantes das diversas frentes populares tenham os “direitos iguais” na diferença conceitual que divide os indivíduos em “categorias” de sexo, etnia e classe. Contudo; o debate se aprofunda nas intempéries da subjetividade individual dos sujeitos, questões intrínsecas objetivadas em pauta pelos grupos que lutam por mudanças na “lei” que na prática afeta diretamente na questão do “comportamento” social e individual.
Não é possível falar de multiculturalismo sem se concentrar no “indivíduo” como um todo; nas fronteiras físicas que o delimitam, nos ideais que o transcendem e na sua totalidade de “ser” vivente, pensante, atribuído em sua extensão individual que afeta diretamente com sua atuação social, econômica, cultural, intelectual e civil. Sua inserção social e tradicional tem como sua origem o “meio familiar”, onde também esta a sua base educacional, moral e religiosa contemplando seu meio social econômico, étnico e sua nacionalidade. As diversas classificações que se atribui ao “meio” de atuação individual passam por várias implicações de mudanças e reconfigurações, de adaptação, de valores, regras e conceitos estabelecidos anteriormente ao seu ingresso. Em síntese, o processo individual aborda as prioridades elementares no emprego da sintática em questão; que na prática não aparenta sua composição, mas com certeza o seu “códice ideológico”.
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