O Américo Vespúcio

Américo Vespúcio (1451-1512)

Américo Vespúcio foi um importante navegador no período das grandes navegações. Nascido na cidade de Florença na Itália no ano de 1451, este veio a se tornar um estudioso das áreas de Geografia, Astronomia e Cosmografia. [pic 1]

Segundo o autor Goes Filho (1999, p. 57) no ano de 1549 mudou-se para a Espanha graças a propostas de trabalho, foi nesta época em que conheceu o então navegador Cristovão Colombo, passando assim a ter contato e trabalhar no ramo das navegações.                                        

          O período das grandes navegações nos séculos XV e XVII ocorreram por causa da necessidade imediata que o continente Europeu possuía de expandir sua economia. Os fatores: produção agrícola insuficiente, declínio econômico dos nobres, falta de materiais preciosos e encarecimento dos produtos orientais, foram determinantes para impulsionar a procura de novos mercados.

        No período dos séculos XV e XVII houve a centralização do poder monárquico, como consequência ocorreu um forte fortalecimento do poder do estado, outro fator pertinente a ser mencionado é que neste período a burguesia mercantil interessou-se bastante pela possibilidade de ampliar seus lucros, graças a tudo isso foi possível dar início as grandes navegações.

        Portugal foi o país europeu pioneiro na tentativa de ampliar suas rotas marítimas, seguido logo pela Espanha. Portugal impulsionou bastante a criação de instrumentos náuticos, e isto possibilitou e muito a criação e descobrimento de novas rotas de comércio para o país. Vespúcio apesar de italiano, começou suas viagens quando foi contratado pela Espanha em 1549.

        Segundo o autor Heidegger (1954, p. 103) Colombo foi contratado pelos reis Espanhóis Fernando e Isabel depois de muito insistir em seu projeto que era considerado ousado. Acredita-se que os reis espanhóis tinham o interesse de fazer frente a Portugal que já se adiantava em suas novas rotas de comércio marítimas, tendo muito pouco a perder através do projeto de Colombo e muito a ganhar com ele. Graças a estes fatores, dentre outros, Colombo então dá início as suas viagens que vieram a gerar novas descobertas e a ajudar a enriquecer o país.

No ano de 1492 Cristovão Colombo parte em direção ao Oriente, porém nesta empreitada ele tentava buscar uma nova rota marítima para a Ásia. Colombo navegava para o Ocidente acreditando que chegaria ao Oriente, uma de suas teorias era a de que a terra era redonda, sendo assim ele acreditava que navegando para o Ocidente acabaria por chegar nas Índias. Colombo acabou por chegar ao continente Americano acreditando que tinha descoberto uma nova rota marítima para a Ásia.

        Goes Filho (1999, p. 62) afirma que o grande desfazedor deste engano de Colombo, foi o navegador Américo Vespúcio. Vespúcio zarpou dias antes de Colombo com o mesmo objetivo, imaginando que estivesse percorrendo o continente Asiático, Vespúcio chegou ao que é hoje o norte do continente Americano e foi o pioneiro a desbravar boa parte do continente, graças a este fato o continente foi batizado com o seu nome "América". Foi Vespúcio também que descobriu a rota para as Índias chegando até lá no ano de 1521, assim comprovando a tese esférica da terra.

Naturalizado Espanhol, graças as suas descobertas e viagens Vespúcio tornou-se uma figura importante na confecção de mapas oficiais e rotas marítimas. Ele sabia exatamente que quando encontrou o território que é hoje o norte da costa brasileira não se tratava da Ásia, como pensava Colombo, mas que se tratava um novo território a qual ele batizou de “Novo Mundo” em seus escritos.

Segundo Goes Filho (1999, p. 60) Vespúcio foi o responsável pelos primeiros mapas do continente americano, assim como o traçador das novas rotas marítimas recém descobertas por ele. Através da leitura dos escritos de Vespúcio, um cartógrafo alemão Martin Waldseemüller fez o primeiro mapa do continente sul americano batizando as terras do então chamado “Novo Mundo” com o nome de “América” em homenagem ao desbravador, anos mais tarde esse nome foi agregado também as terras da América Central e do Norte, embora Vespúcio nunca tivesse estado nesta parte do continente.

Pode-se dizer que Vespúcio foi um grande velejador e desbravador, por vezes servia a Espanha ou a Portugal, mas seu trabalho permitiu as grandes navegações não só descobrir as rotas para o continente americano, que até então era desconhecido pelos navegantes. Seu trabalho deu origem a criação de novas rotas de comércio e também a descoberta de novos territórios na Ásia e na África.

Heidegger (1954, p. 149) destaca que no contexto das grandes navegações e descobertas, os personagens deste enredo, Colombo e Vespúcio, aparecem como os colaboradores que realmente foram neste período e não como rivais, que na maioria das vezes possa parecer.

Gerardo Mercator (1512-1594)

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Segundo Goes Filho (1999, p. 142) Mercator nasceu em Rupelmonde, Flandes, na Bélgica no ano de 1512. Dono de uma vida simples e uma mente estudiosa ele dedicou sua vida a construção de globos e mapas.

Mercator nunca foi um grande viajante, porém, suas descobertas e estudos auxiliaram a viagem de muitos, e também os estudos cartográficos da época. O estudioso ficou mundialmente conhecido por seu trabalho como cartógrafo e construtor de instrumentos cartográficos, mas o que revolucionou os estudos náuticos da época foi o seu trabalho com mapas, Mercator foi o pioneiro a fazer mapas em desenho cilíndrico, utilizando coordenadas latitudinais e pontos de referência para os navegantes.

        Pena (S/D) afirma que por séculos o trabalho de Mercator foi utilizado na navegação, o que tornou seu trabalho único e mundialmente conhecido, por vezes até obsoleto, uma vez que ele ainda é utilizado por muitas obras e por mapas de fuso horários.

        Mercator através do uso de 24 linhas verticais (meridianos) e 12 horizontais (paralelos) conseguiu o feito de representar todos os continentes da terra em um mapa que podia ser utilizado para traçar rotas, o que revolucionou bastante a cartografia da época. Este sistema ainda é utilizado até os dias atuais pelos sistemas de navegação e aviação para traçarem rotas e se localizarem em suas viagens.