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O Estado Novo: que trouxe de novo?

Por:   •  8/10/2018  •  Resenha  •  1.091 Palavras (5 Páginas)  •  470 Visualizações

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O Estado Novo: o que trouxe de novo?

  • Contradição básica: você pode ser pobre, e votar / atuar para os ricos.

  • Contradição das escolhas que Vargas fez.
  • Governo que promoveu a modernização, mas foi também um homem que promoveu um Estado Autoritário.
  • Olhando Vargas pelo conceito de modernização e de autoritarismo, ele se encaixa.
  • Essa contradição não existe aqui. Outras contradições. Coerência política, ambivalência política.
  • Características fundamentais do regime varguista do Estado Novo.
  • Na década de 30 temos o Estado caindo. Ao longo da História, nós temos três formas de administração: patrimonial, burocrático e gerencial.
  • Vargas vem complementar a burocracia.
  • O que vemos é a partir de 30 uma nova forma redentora desse período etiográfico, já que o Brasil até em tão não tinha uma concepção de ditadura, pois era algo mais pacífico e calmo.
  • Divide em duas partes: primeiro em 30 e depois no Estado Novo.
  • A história ocidental tem influenciado frequentemente a História do Brasil, através de seus vários fatos: quando emerge o Governo Vargas, o ocidente está vivendo a Quebra da Bolsa de 29, o período entre guerras, a construção do comunismo como medo interno e a ascensão dos movimentos fascistas.
  • É necessário pensar a ditadura Vargas nessa conjuntura. Por isso o texto vai pensar Vargas em co relação com o fascismo.
  • Vargas também aproveitou-se do surgimento do movimento modernista. Em 1922, contribuiu para a formação do NIPHAN. Nós podemos ver o quão importante foi Vargas para que pudesse propagar essa idéia.
  • Já começou com caráter centralista: acabar com a autonomia do Estado e chamar a condição de federalismo, mesmo que não tenhamos hoje a mesma concepção de federalismo.
  • De 30 a 37 (período da Revolução, a de 32, Constituinte, Vargas vem pelo Congresso). Em 37 ocorre o golpe de Estado, quando começa a Ditadura Vargas.
  • Em 42 começa a guerra e a contradição fica mais evidente: o Brasil apoia os Estados Unidos, uma nação dita liberal democrática, em guerra contra o fascismo.
  • Vargas utilizou dois instrumentos para persuadir as pessoas em seu governo. Esses dois instrumentos marcaram o governo Vargas: a propaganda e a repressão.
  • Todo o texto gira em torno da repressão e da propaganda.
  • A Revolução deveria ser feita da forma clássica e a partir da construção ideológica, segundo Gransi.
  • Nenhum sistema de dominação se sustenta a longo prazo pela dominação. É preciso conquistar o coração das pessoas.
  • Toda ditadura que usa a força bruta tem data de validade para cair.
  • O governo Vargas vai atuar em dois campos: vai aplicar recursos do Estado na propaganda política e na política cultural como forma de construção de uma ideologia que se mente para a Nação brasileira.
  • Vai fazer um investimento grande no Ministério da Cultura, no Ministério da Educação, buscando conquistar a mente e o coração das pessoas, ao mesmo tempo que atua como uma repressão.
  • A propaganda foi a base central do Estado Novo a partir de 37. Vem fazendo isso de forma muito forte. Autora tem o termo de Catecismo Cívico, pois é quase religioso essa propagação do governo Vargas.
  • Imagem de Vargas no Centro, enaltecendo esse grande chefe.
  • A autora diz também que o Brasil era chamado de uma grande família, e toda família necessita de um chefe. Enaltece essa imagem de Vargas.
  • Vargas censura músicas, censura o cinema que ele mesmo apoia, mas ao mesmo tempo os autores gostam de Vargas por ele proporcionar o direito aos artistas. (Argumento da autora).
  • Depois da censura, a repressão vai aumentando.
  • Guerra ao lado dos aliados, mas Vargas era mais propenso a entrar no eixo. Todos tinham uma aproximação maior ao eixo.
  • O governo Vargas é contraditório. Há ministros que são fascistas e ministros que são pró Estados Unidos, que dá lugar ao modernismo.
  • Vargas não caçou os comunistas e fez um governo totalmente fascista.
  • Por isso entra a questão do Estado de compromisso: em oposição a um período histórico que possui uma Primeira República oligárquica, representando uma única classe: os cafeicultores, as elites.
  • Ele vai trazer essa contradição, inclusive no ministério.
  • Em 42 ele faz uma opção pelos liberais, mas não significa que se liberalizou.
  • O que cai em 45 não é Vargas, mas o Estado Novo.
  • A grande questão: como um Estado autoritário consegue governar um país do tamanho do Brasil sem uma estrutura partidária?
  • É preciso entender a estabilidade do regime Vargas: faz mão da propaganda e repressão. Políticas específicas pra classe trabalhadora, para os empresários.
  • Vargas reúne apoio, faz ajustes de interventores no mercado, que dialogam com as elites locais, mas não governa a partir de uma estrutura partidária: governa fazendo uso de políticas específicas.
  • O integralismo e um comunismo dentro do governo, mas sem uma representação direta, embora o comunismo fosse o inimigo número 1 do governo de Vargas.
  • O normal seria Vargas entrar na guerra com o lado do eixo, onde estava mais propenso. Assim sendo, começou a "barganhar", já que os parceiros comerciais do Brasil eram justamente Estados Unidos e Alemanha.
  • A UNE pede para entrar ao lado dos Estados Unidos.
  • Os comunistas acabam apoiando os liberais, pelas ideias absurdas dos fascistas.
  • Capitalismo que entra em crise em 29, que não consegue resolver seus conflitos. Um processo de guerra se instala. A primeira guerra é uma guerra imperialista, começando por questões imperialistas e depois desaba na Primeira Guerra Mundial.
  • A população descobre que a massa foi feita de "bucha de canhão".
  • A Primeira Guerra Mundial foi a primeira guerra de massas do ocidente.
  • Ali a população entendeu o que é luta de classes.
  • Cresce o comunismo, pois fazem uma frente ampla à vários setores.
  • Em 42 acontece a Conferência Inter americana, aqui no Rio de Janeiro. onde os Estados Unidos oferecem apoio ao Brasil, enquanto Argentina e Chile recusam. O Brasil aceita entrar na Guerra.
  • 22 navios são bombardeados pela Alemanha, e a própria população se volta contra os nazistas.
  • Em 44, o Brasil treinado pelos estados unidos, vai à Italia e participa ativamente dessas conquistas.
  • Enfatiza as contradições dessa ditadura: ao mesmo tempo que possui atos fascistas, onde há integralistas em seu governo, apresenta-se como o "pai dos pobres".
  • Todavia, a participação na guerra mostra contradições: como combater regime fascista se o próprio chefe de Estado possui traços fascistas? Por isso, em 45, o Estado Novo começa a cair, não Vargas.
  • Para encerrar, a autora questiona sobre o que o Estado Novo trouxe de novo: a industrialização do Brasil, a CLT (só era cidadão do Brasil quem possuia a CLT).
  • Apesar de traços fascistas, Vargas foi um grande ícone ao Brasil.

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