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O Fichamento: A Partilha Da África Negra Henri Brunschwig

Por:   •  6/4/2023  •  Resenha  •  1.701 Palavras (7 Páginas)  •  148 Visualizações

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FICHAMENTO: A PARTILHA DA ÁFRICA NEGRA HENRI BRUNSCHWIG

 “A partilha de um país ocorre quando várias potências estrangeiras se põem de acordo para colocá-lo, inteira ou parcialmente, sob sua soberania.” (pág. 37)

“No fim do século XVIII, só havia soberania estrangeira em alguns pontos da costa de Angola: e de Moçambique, sob dominação portuguesa, na Gârnbia britânica e no Senegal francês.” (pág. 37)

“A situação evoluiu lentamente no decorrer dos dois primeiros quartéis do século XIX. O escravo foi progressivamente substituído pelo óleo de palmeira e por diversos produtos de menor importância, como o marfim, o ouro, ou penas de avestruz. Sob a influência dos humanitaristas, dos missionários ou dos comerciantes, os ingleses foram conduzidos a criar as colônias da Coroa em Serra Leoa (1807), na Costa do Ouro (1830- 1874) e em Lagos (1861).” (págs. 37-38)

“Houve rivalidade somente com a França. Esta não tinha nenhuma razão de se apaixonar pela África”(pág. 38)

“ Por volta de 1870, os franceses pouco haviam contribuído para a imensa obra de exploração do continente; essa prosseguira sob a égide dos ingleses, principalmente.” (págs. 38-39)

“A partida era disputada no seio de uma combinação limitada, até 1871, à Inglaterra, à França, à Áustria-Hungria, à Prússia e à Rússia.” (pág. 39)

“As grandes questões sobre as quais todos os candidatos à diplomacia fizeram suas provas foram a unidade italiana, a unidade alemã e os negócios do Oriente.” (pág. 39)

“A África branca, inclusive o Magreb, após a instalação da França na Argélia em 1830, entrava, portanto, com o Mediterrâneo e o Oriente Médio, na órbita das preocupações cotidianas dos diplomatas.” (pág. 40)

“A África negra não interessava aos diplomatas. Eles não se constrangiam por ignorar sua geografia. Deixavam-na de bom grado aos Ministros da Marinha ou das Colónias, e até à iniciativa das autoridades locais, do Cabo, de Bourbon (Reunião), do Senegal e de Serra Leoa.” (pág. 40)

 “O descobrimento casual do diamante no Transvaal em 1867, depois o do ouro no Rand em 1881 e do cobre na Rodésia, colocaram a África entre os continentes onde, como na Austrália e na América, emigrantes de espírito aventureiro, podiam realizar fortunas fabulosas.” (pág. 42)

 “Essas descobertas e esse interesse coincidiram com realizações técnicas que pareciam mostrar a inexistência de barreiras ao acesso e à valorização dos países novos.” (pág. 43)

“Em 1869, Ferdinand de Lesseps (...) inaugurara, o Canal de Suez diante de uma plateia de reis. (...) Sua Companhia Universal do Canal de Suez era dirigida aos pequenos subscritores do mundo inteiro, o canal que aproximava três continentes era neutro, e todos os países aproveitaram-se da aceleração do comércio internacional.” (pág. 43)

 “Por isso, a opinião pública, que jamais fora sensível às expedições coloniais, que preferia talvez a colonização moderna à conquista militar tradicional, mesmo que esta provasse, após a derrota de 1871, que o exército francês ainda era capaz de vitórias, aprovou a extensão da soberania nacional sobre vastas regiões do globo.” (págs. 44-45)

 “Os militares tomaram a iniciativa neste sentido. Solidamente instalados no Senegal, eles se inspiraram, às vezes, nas ideias novas. Os projetos dos técnicos precederam a conquista do Sudão.” (pág. 45)

“Não insistiremos, na minúcia das operações que permitiram aos militares franceses apossar-se do Sudão Ocidental entre 1880 e 1898.[...] No decorrer desses vinte anos, os militares do Sudão impuseram sua política de conquista tão bem aos africanos quanto ao governo francês, que teria preferido uma penetração pacífica.” (pág. 46)

“O descobrimento do Congo atraiu, repentinamente, a cobiça dos europeus. [...] Nada mais inesperado, pois nenhum governo, por volta de 1870, se preocupava com essa bacia de difícil acesso.” (pág. 49)

”O Rei, corno particular, deseja somente possuir propriedades na África. A Bélgica não quer nem colônias nem territórios. Cumpre portanto que Stanley compre ou obtenha territórios, atraia para aí habitantes e proclame a independência dessas aglomerações sob a discrição do bom consentimento do comitê.”” (pág. 52)

“O obstáculo a temer seria que Brazza e o Dr. Balloy (...) agissem oficialmente em nome de uma grande potência e anexassem o Congo à França, como os ingleses haviam feito com o Transvaal no momento em que Leopoldo negociava um acordo em 1877.” (pág. 53)

 “Brazza retornou ao Congo, com o título de "Comissário da República no Oeste africano". Dotado de um orçamento de 1.275.000 francos, prosseguiu a exploração e esforçou-se para expandir a dominação francesa.” (pág. 55) “

“A Ordem do dia, aceita pelo Foreing Office previa três pontos: 1) Liberdade do comércio na bacia do Congo e em suas embocaduras. 2) Aplicação ao Congo e ao Niger dos princípios adotados pelo Congrego de Viena tendo em vista consagrar a liberdade de navegação sobre vários rios internacionais, princípios estes aplicados mais tarde no Danúbio 3) Definição das formalidades a serem observadas para que novas ocupações nas costas da África fossem consideradas efetivas.” (pág. 56)

 “Discutiu-se muito sobre as razões que incitaram Bismarck a praticar uma política colonialista. (...) Nada em sua atividáde passada o havia orientado para a expansão colonial.” (pág. 58) “

“Por volta de 1870, a África Oriental era ainda mal conhecida pelos europeus. Eles frequentavam suas costas a partir do descobrimento pelos portugueses. Mas esses últimos foram isolados em Moçambique por comerciantes árabes mais ou menos vassalos dos sultões de Oman, que controlavam o comércio no Norte da Rovuma, e pelos ingleses, cuja colônia de Natal fora oficialmente criada em 1845.” (pág. 58) “

A miséria dessas populações indefesas e a crueldade dos potentados negros que as subjugavam impressionaram os exploradores e os missionários europeus que se aventuraram pela África interlacustre.” (pág. 69)

“Todo esse complexo de política e de comércio, tingido de interesses africanos, ocidentais e asiáticos, misturado com crenças islâmicas, animistas e cristãs, consolidado por meio século de equilíbrio relativo, prosperava sem que nenhuma das potências europeias tradicionalmente ativas no Oceano Indico – Portugal, França, Inglaterra – tivesse motivo para perturbá-lo.” (pág. 70)

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