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O Fichamento GASPAR, M. Sambaqui

Por:   •  7/10/2020  •  Resenha  •  646 Palavras (3 Páginas)  •  154 Visualizações

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Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Filosofia e Ciências Humanas

História – Arqueologia Brasileira

Fichamento

Professor Lucas Reis Bueno

Thayná Assis da Costa Esteves da Silva

Gaspar, M. 2000 Sambaqui: arqueologia do litoral brasileiro. Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 89p

Introdução (p. 7 – 11)

Como o nome sugere, na primeira parte do texto a autora apresenta um brevíssimo panorama da arqueologia brasileira e destaca a importância dos sambaquis, tema central do texto, no contexto pré colonial e de início de ocupação no território brasileiro.

Breve histórico da pesquisa em sambaqui (p. 11 – 30)

 Gaspar apresenta as duas principais correntes teóricas propulsoras do estudo dos sambaquis, os “naturalistas”, cuja hipótese era da formação natural dos sambaquis e os “superficialistas”, que creditavam o processo ao homem e coloca a relevância da contribuição das correntes e seus desdobramentos. A autora dá destaque a pesquisadores, instituições e programas que exerceram papéis determinantes para o assunto, até chegar aos dias atuais e o seu retorno aos “holofotes” arqueológicos.

A ocupação do litoral brasileiro (p. 30 – 41)

A autora apresenta, através da explanação de estudos já realizados, a dependência das populações sambaquieiras com ambientes aquáticos, associando posteriormente elementos que podem ser colocados como característicos para estes grupos. Quantitativamente, Gaspar comenta sobre as oscilações marítimas e como a diferença entre o cenário geográfico dos períodos passados e o contemporâneo pode ser causado a submersão de diversos sambaquis. Por fim, retomando as características culturais, a autora propõe uma ruptura aos modelos tradicionais de aspectos sambaquieiros baseada nas continuidades e descontinuidades dos grupos, exemplificando com comparações simples de hábitos de populações sambaquieiras mais recentes com as mais antigas.

Tipo de ocupação: nômades ou sedentários? (p. 42 – 44)

Aqui é feito um pequeno debate acerca das evidências que embasariam o modo de vida nômade ou sedentário das populações. Após esta rápida argumentação, a autora explica que, teoricamente, a hipótese mais sustentável é a da sedentarização e longos períodos de estadia destes povos.

Tempo de ocupação dos sambaquis (p. 44 – 47)

Complementando a discussão anterior, Gaspar reforça a ideia de longas ocupações através de evidências arqueológicas de ocupações de longa duração em sambaquis no Brasil.

Tecnologia, arte e domínio do mar (p. 48 – 56)

Neste segmento somos introduzidos às evidências arqueológicas da complexidade logística e tecnológica nos processos de pesca e produção de artefatos, peças decorativas e estátuas. A autora, através também de outras bibliografias, apresenta possíveis representações e significados para os artefatos e comenta também sobre os matérias mais utilizados para a confecção dos mesmos, como líticos, madeira e, obviamente, ossos faunísticos.

Sambaquis próximos, moradores vizinhos (p. 56 – 60)

Seguindo, aqui é defendida a interação e articulação entre grupos sambaquieiros próximo, embasada principalmente pela similaridade operacional e de conteúdo encontrado nos sambaquis próximos. A autora destaca que, apesar da falta de evidências concretas, estimasse que os grupos articulassem em, no mínimo, três sambaquis.

Atividades nos sambaquis e indícios de mudança social (p. 61 – 68)

Gaspar apresenta como a organização geográfica e as características físicas dos sambaquis influenciam e são influenciadas diretamente pela organização social, seja em ambientes com pouca ou muita ocupação. A autora comenta sobre as mudanças regionais, sejam morfológicas ou culturais, e aponta que os estudos atuais têm abordado a temática com maior profundidade.

Ritual funerário (p. 68 – 71)

O ritual funerário, possivelmente uma das funções mais destacadas de um sambaqui, é aqui inicialmente abordado a partir da perspectiva de um sítio arqueológico específico, sendo abordadas as posições em que os corpos usualmente se encontram quando escavados, além das características culturais envolvidas nos processos funerários.

Organização social: bando, tribo ou chefia? (p. 71 – 79)

  Ainda dentro da temática de organização social, Gaspar trás o debate ligado a nomenclaturas e suas definições do ponto de vista evolucionista, teoria esta que é em seguida problematizada pela autora que, ao fim, dentro destes padrões indicados, coloca os povos sambaquieiros como “bando” ou “mini-bando”.

Cronologia (p. 80 – 82)

Um pequeno resumo cronológico do estudo arqueológico dos sambaquis.

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