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O Momento Cívico Sete Setembro

Por:   •  28/7/2022  •  Relatório de pesquisa  •  546 Palavras (3 Páginas)  •  131 Visualizações

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É HABITUAL A ANÁLISE DA HISTÓRIA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL A PARTIR DE D. PEDRO I E O NARRADO “GRITO DO IPIRANGA” A 07 DE SETEMBRO DE 1822. ÀS MARGENS DO IPIRANGA, NA SÃO PAULO DO SÉC XIX, A EMANCIPAÇÃO BRASILEIRA GANHOU SEU CAPÍTULO MAIS FAMOSO.

MAS HÁ SEMPRE AS POSSÍVEIS HISTÓRIAS QUE A HISTÓRIA NÃO CONTA, COMO BEM ENTOOU UM SAMBA-ENREDO FAMOSO DA ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA. MARIA LEOPOLDINA, MARIA FELIPA, JOANA ANGÉLICA E MARIA QUITÉRIA, CADA UMA DELAS À SUA MANEIRA, SÃO PROTAGONISTAS DO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.

CAROLINA JOSEFA LEOPOLDINA DE HABSBURGO-LORENA ERA DE ORIGEM NOBRE E PERTENCENTE A UMA DAS MAIS IMPORTANTES CASAS REAIS DA EUROPA, A DINASTIA DOS HABSBURGO NA ÁUSTRIA. CASOU-SE COM O PRÍNCIPE PORTUGUÊS PEDRO, POR PROCURAÇÃO, E CHEGOU AO BRASIL NO FINAL DE 1817. ACOSTUMADA ÀS QUESTÕES POLÍTICAS EUROPEIAS, LEOPODINA SEMPRE DEMONSTROU HABILIDADE EM SUAS ANÁLISES. DURANTE A REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO, INSURREIÇÃO EM PORTUGAL, APRESENTOU RECEIO E DESEJO DE RETORNAR À EUROPA. MAS, FRENTE ÀS AMEAÇAS DAS CORTES PORTUGUESAS, ACONSELHOU PEDRO A FICAREM NO BRASIL E COMANDAREM A INDEPENDÊNCIA; HAVIA A REAL AMEAÇA DA PERDA DO TRONO.

POR SUA ATITUDE, LEOPOLDINA RECEBEU CARTAS DE MULHERES PAULISTAS E BAIANAS AGRADECENDO A DECISÃO DE PERMANECEREM EM SOLO BRASILEIRO. DURANTE A VIAGEM DE PEDRO A SÃO PAULO, FOI NOMEADA REGENTE E REUNIU-SE COM O CONSELHO DE ESTADO A 02 DE SETEMBRO DE 1822, MOMENTO EM QUE FOI DELIBERADA A INDEPENDÊNCIA. E, COMO NARRA OUTRO GRANDE SAMBA-ENREDO, AGORA DA IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE: “E A PEDRO, IMPELE EM CARTA INDEPENDÊNCIA DA NOSSA NAÇÃO”.

EIS UM TRECHO DA CARTA DE MARIA LEOPOLDINA A PEDRO: “O BRASIL SERÁ EM VOSSAS MÃOS UM GRANDE PAÍS. O BRASIL VOS QUER PARA SEU MONARCA... O POMO ESTÁ MADURO, COLHEIO-O JÁ...”

A INDEPENDÊNCIA DECLARADA NÃO SIGNIFICOU O FIM DO PROCESSO: ECLODIRAM NO TERRITÓRIO BRASILEIRO GUERRAS DE INDEPENDÊNCIA.

POR FALTA DE EXÉRCITO E MARINHA ORGANIZADOS, D. PEDRO PRECISOU CONTAR COM A AJUDA DE MERCENÁRIOS INGLESES E ALEMÃES. E, MAIS UMA VEZ, A IMPERATRIZ LEOPOLDINA MOSTROU SUAS HABILIDADES. COMO ERA FLUENTE EM VÁRIOS IDIOMAS, FICOU RESPONSÁVEL PELAS CONVERSAS COM OS COMBATENTES ESTRANGEIROS.

FALAR DAS GUERRAS PELA INDEPENDÊNCIA É FALAR TAMBÉM DE TRÊS OUTRAS MULHERES, TODAS EM TERRITÓRIO BAIANO:

MARIA FELIPA DE OLIVEIRA: NA ILHA DE ITAPARICA, EM ÁGUAS BAIANAS, ESSA PRINCESA NEGRA INCENDIOU O MAR. LIDEROU UM GRUPO DE MULHERES QUE EMBRIAGOU MARINHEIROS DE PORTUGAL E, EM SEGUIDA, QUEIMOU EMBARCAÇÕES PORTUGUESAS. CONTA-SE QUE ISSO SE DEU EM MAIS DE UMA OPORTUNIDADE.

JOANA ANGÉLICA DE JESUS ERA FREIRA E SE DESTACOU PELA CORAGEM AO ENFRENTAR OS PORTUGUESES QUE AVANÇARAM SOBRE O CONVENTO DA LAPA EM BUSCA DE REBELADOS QUE TERIAM SE ESCONDIDO NO LOCAL. JOANA ANGÉLICA TENTOU BARRAR A ENTRADA E FOI ASSASSINADA COM UM GOLPE FATAL.

MARIA QUITÉRIA: PARA LUTAR PELA INDEPENDÊNCIA, SE PASSOU POR HOMEM, VESTIU A ROUPA DO CUNHADO E APRESENTOU-SE AO REGIMENTO DE ARTILHARIA COM A AJUDA DA IRMÃ. FUGIU DE CASA E FOI PARA OS CAMPOS DE BATALHA EM UM PERÍODO QUE ÀS MULHERES NÃO ERA PERMITIDA TAL AUDÁCIA E NÍVEL DE AUTONOMIA. FOI A PRIMEIRA MULHER A INTEGRAR O EXÉRCITO E, POR SEUS FEITOS, É, DESDE 1996, A PATRONA DO QUADRO COMPLEMENTAR DE OFICIAIS DO EXÉRCITO BRASILEIRO.

A HISTÓRIA É FEITA POR PESSOAS: MULHERES E HOMENS.

E, VOLTANDO AO SAMBA-ENREDO DA MANGUEIRA, “É NA LUTA QUE A GENTE SE ENCONTRA”.

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