O Reino De Songhai

Reino de Songhai

O Império Songhai foi um estado pré-colonial africano e grande civilização ocidental, em Mali. Do início do século XV até o final do século XVI, Songhai foi um dos maiores impérios africanos da história. Este império tinha o mesmo nome de seu grupo étnico líder, os Songhais. Sua capital era a cidade de Gao, onde um pequeno estado Songhai já existia desde o século XI.

O Império Songhai foi profundamente original quanto à organização política e administrativa. Sua organização foi ainda mais elaborada que a do Império Mali. A forte estruturação do poder, a centralização sistemática e o absolutismo real são características que atribuíram uma coloração moderna à monarquia de Gao, distinguindo-a do sistema tradicional de federação de reinos, vigente nos impérios de Gana e do Mali.

Economia do reino Songhai:

Do início do século XV até o final do século XVI, Songhai foi um dos maiores impérios africanos da história. Sua economia se destacava na exploração de minas de sal e ouro, canalização do rio Níger, perfuração de poços, agricultura, pesca e pecuária. Por sua localização geográfica no centro de Sahel sudanês, o Império era uma região privilegiada para o comércio trans-saariano, o rio Níger que o atravessava, facilitava as comunicações.

A produção do império era efetivada basicamente em mão de obra escrava ou servil. Os habitantes do país lucravam com um comercio de fios de algodão, que praticavam com os mercadores da Berberia e em troca ganhavam tecido, cobre, e armas.

Para evitar fraudes, os Songhais estabeleciam medidas e pesos, sua moeda seria ouro e sal. Aos poucos foram surgindo problemas e injustiças no império Songhai, pois para manter toda a estrutura administrativa e cultural, era necessário muito dinheiro. Dessa forma, os impostos do império eram tão altos que só sobrava para os habitantes o necessário para sobreviver. Os agricultores e criadores de animais eram os maiores afetados, sendo consideradas pessoas de uma ignorância total. As riquezas do império Songhai, sendo, sobretudo ouro e sal, acabou despertando a ambição de outras soberanias.

Relação com os mulçumanos:

A chegada de mulçumanos (aqueles que creem no islamismo) no continente africano se espalhou muito pelo comércio e pela migração, o que contribuiu muito para o surgimento de importantes reinos na África. O que fez o islamismo avançar como também espalhar sua cultura por onde passava foi a conversão de certos monarcas africanos.

A evolução do colonialismo nas regiões da África muçulmana gerou uma situação surpreendente: ao mesmo tempo em que os muçulmanos perdiam poder político local, o islamismo teve um crescimento inesperado, pois tribos inteiras se converteram ao Islã, isso ocorreu com as rápidas transformações geradas pela colonização, afetando a sociedade, a cultura e a econômica dos reinos.

No reino Shongai, um grande conquistador e estadista, Áskia Mohammed, fundou uma dinastia, aliou-se ao partido e escolheu seus auxiliares mulçumanos. Foi sob o reinado de Mohammed que o reino Shongai chegou ao seu auge, pois ele organizou um sistema regular de arrecadação de impostos, unificou os pesos e as medidas, explorou as salinas de Teghazza, fortaleceu a flotilha do Níger e, pela primeira vez no Sudão Ocidental, formou um exército regular constituído de escravos e prisioneiros.

Motivo da decadência e desagregação do reino:

As riquezas do império Songhai, sobretudo ouro e sal, acabaram despertando a ambição dos marroquinos, que já em 1584 enviaram uma primeira expedição. Fome e sede, porem, barraram os saldados invasores do deserto. Foi a partir daí, que começou o declínio do império de Songhai, que se dividiu em dois fatores:

1º - Uma guerra civil de sucessão enfraqueceu o império.

2º - A noticia desta fragmentação interna conduziu o Sultão dos Marrocos a despachar uma força de invasão á região, por volta de 1590, enviando uma expedição de 4 mil homens armados,