O consumo serve para pensar
Por: Suellen Sullivan • 11/7/2019 • Trabalho acadêmico • 405 Palavras (2 Páginas) • 617 Visualizações
O autor começa problematizando a relação entre meios manipuladores e dóceis audiências. Verifica que esta relação não é vertical (mediadores) que possibilitam a colaboração e transação entre uns e outros.
Propõe uma investigação mais a fundo, a fim de chegar a uma teoria sociocultural do consumo, partindo da definição de que o consumo é o conjunto de processos socioculturais em que se realizam a apropriação e os usos dos produtos refutando a ideia de um consumo irrefletido como propaga algumas pesquisas.
Canclini acredita que o consumo está pautado em uma racionalidade capitalista, no entanto, esta não é a única a molda-lo. Existe também uma racionalidade sóciopolítica interativa, pois, fatores sociais influenciam a penetração de bens. Outro aspecto citado é o político, então o autor cita os exemplos de Argentina, Brasil e México (inflação).
Por fim, o último aspecto presente nos trabalhos são os aspetos simbólicos e estéticos da racionalidade consumidora, considerando que o consumo e bens também são uma forma de distinção simbólica. Considerando que para que esta distinção ocorra todos devem compartilhar o sentido dos bens. Assim, a conclusão é que o consumo se constrói parte da racionalidade integrativa e comunicativa de uma sociedade.
Para algumas correntes isso não se concretiza na pós-modernidade, esta que é marcada pela queda de paradigmas. Canclini contesta mais uma vez, pois, mesmo na irracionalidade há o que ele chama de acordos coletivos que segundo ele regulam a vida. Vivemos um exemplo claro, neste período de Copa do Mundo. Os bens acabam tornando-se rituais.
Passando por todas as questões listadas acima, o autor conclui aquilo que carrega o título deste capítulo. O consumo, na verdade, é um regulador social subordinado a um certo controle político das elites.
Na pós-modernidade embora marcada pela heterogeneidade, resistem as unidades de significação que transpõe as barreiras territoriais – comunidades transnacionais.
Antes, a tradição davam o tom do interesse nacional. Hoje, sabemos que há uma livre reinterpretação desse repertório. O novo fundisse ao velho, assim como a cultura interna se fundi a externa.
Canclini passa a explicar esta dicotomia a partir do exemplo do México. Ele fala de achatamento cultural decorrente dessa reorganização transacional dos sistemas simbólicos. Porém, a culpa desse não cabe ao meio, mas baixa participação dos populares.
Canclini admite que o consumo tornou-se um lugar difícil de pensar, mas admite alguns fatores para que este aconteça. Em suma, as teorias demonstram que esse é um lugar de interações socioculturais. Que intercambiam objetos para fazer a satisfação de necessidades, fixados culturalmente.
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