Origem Dos Supermercados

Origem dos Supermercados

A primeira forma de organização semelhante aos supermercados surgiu em

Paris, 1850, com a loja Bon Marché loja de departamentos que agrupou os produtos em categorias. Em 1912, na Califórnia/EUA, foi inaugurada a primeira loja no mundo com atendimento por autosserviço, no qual o cliente pega o produto e leva até o caixa sem a interferência de qualquer um funcionário ou dono da loja (ABRAS, 1993). Além disso, os produtos já tinham preços pré-determinados e passaram a ser distinguidos pelas marcas de seus fabricantes, dando início à estratégia das marcas comerciais.

A segunda loja com atendimento de autosserviço só surgiu quatro anos

depois. Somente a partir de 1930 em Long Island, Nova Iorque é aberta King Kullen , por Michael Kullen, com as características que se tem nos dias de hoje

os supermercados. Michael Kullen trabalhava para a Kroger, uma grande empresa de vendas de gêneros nos EUA (MOTOMURA). Em 1930, quando a crise econômica abateu-se sobre os EUA e o mundo ocidental, as vendas da Kroger caíram verticalmente. Este fato levou Michael Kullen a escrever uma carta à Diretoria da empresa, na qual expunha suas ideias revolucionárias sobre a venda de alimentos. Disse ele: “Não temos necessidade de continuarmos com nossos pequenos armazéns tradicionais, antiquados e totalmente ultrapassados.

Precisamos eliminar os serviços, entregas a domicílios, e pedidos por telefone. Em troca disso, e para aumentarmos nossas vendas, instalemos supermercados. Vendamos por autosserviço (Figura 16). Eliminaremos custos desnecessários. Vendamos a varejo, pelo preço de atacado. Vamos reduzir o custo de vida. Vendamos 300 artigos a preços que nos custam, 200 com uma margem de lucro de 5%, 300 com uma margem de 15% e o restante com 20% a 25% de margem.

Enquanto isso, nossos concorrentes aplicarão a todos os artigos uma margem de 25 a 30 %, ganharão muito por unidade, porém nosso lucro será muito maior do que o deles, porque venderemos muito mais” (DINIZ, 1960).

De acordo com Cyrillo, (1987):

... no período da Segunda Guerra Mundial, apesar das dificuldades impostas

a todas as atividades, escassez de alimentos e mão-de-obra, o novo

equipamento (supermercado) se consolidou como importante meio de

distribuição de alimentos e outros produtos. Nesta fase, com a falta de

alimentos, as prateleiras vazias foram preenchidas com mercadorias não

alimentícias para melhorar a aparência do interior das lojas. Após a guerra, os

consumidores já haviam se acostumado a adquirir as mercadorias não

alimentícias nos supermercados e as compras esporádicas se tornaram

habituais. A venda destes produtos passou a representar parte importante do

faturamento dos supermercados.

Durantes os anos de 1940 e 1950, surgiram caixas registradoras mais rápidas

e lojas ainda maiores e mais modernas, oferecendo produtos de maior conveniência como carnes embaladas. Posteriormente, nas décadas de 1960 e 1970,