Os Estados de Moçambique e a Penetração Mercantil estrangeira
Por: pibraimo • 16/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.504 Palavras (7 Páginas) • 4.631 Visualizações
Os Estados de Moçambique e a Penetração Mercantil Estrangeira
A penetração Árabe – pesa
Os conflitos religiosos levaram a migração dos árabes omanitas (de Omar, a sudeste da península árabe) para a costa oriental (entre Mogadisto e Sofala) e a sua fixação por volta do séc. VII, foi nesta altura que a Sofala aumentou o comércio de Ouro.
Partir do séc. XVII novos povos chegaram a Sofala, dos quais as pessoas que trocavam missangas da Índia e Tecidos de Algodão por escravos, Marfim, campaças de tartarugas, âmbar, Ouro, cera ruine e caurim.
Este comércio exige o conhecimento dos ventos Mou sónicos, de bussole e permitia ligar a costa Africana, O mar vermelho e o Globo Pérsico.
A intensificação da presença estrangeira de origem asiática e, no séc. XV dos europeus (Portugueses) contribui para a fixação de um número significativo da população Indiana, a partir de 1686, quando o Vice-rei Português da Índia promoveu a migração dos primeiros «bane anos» (mercadores hindus ariando de sunate e de cambaia) da companhia comercial em D14 e a fixação da ilha de Moçambique controlando o comércio a grosso e a negalho de fazendas da asia
Penetração Mercantil Europeia/ Portuguesa
Factores económicos, Sociais e Religiosas da penetração Europeia
Antes do séc. XI existia em Moçambique mercadores Suaílis árabes. Controlavam através de Sofala o ouro proveniente do Monomotapa e ambicionado pelos portuguese para a aquisição de especiaria indianas, com as quais a Burguesia mercantil portuguesa penetrava no mercado europeu de produto exótico. Este facto levou-os fixarem-se em Moçambique, no início, como mercadores e mais tarde como colonizadores.
Os portugueses iniciaram a sua fixação no litoral de Sofala (1505) e na Ilha de Moçambique (1507) com o objectivo de controlar as vias de escoamento do Ouro no interior. Porem, até 1530 este comércio era controlado pelos Suaílis-árabes.
Esta situação levou a revoltas e fuga de população para outras regiões.
A aristocracia dirigente, ciente desta situação em 1683, mandou encerrar as minas de Ouro.
Em 1693, Changamina ataca os portugueses, onde muitas feiras foram queimadas, as fontes de Tete, Sofala e Sena atacados.
Os novos Monomotapa foi proibido a fazer alianças com os portuguese, com tudo, o comércio foi fechado e terminava a hegemonia mercantil portuguesa no planalto e a aristocracia Shona recuperava os mecanismos de controlo dos bens de prestígio, embora numa conjecture política diferente.
Em suma, as trocas e longa distância constituem simultaneamente uma fonte de reforço do poder e de infrequenciamento de classe dominante.
Um factor de estruturação e dissolução do poder instituído.
Os conflitos interdinasticos na Sociedade Shona
No séc. XVI, a dinástica Monomotapa mostrava-se como uma monarquia poderosa e unidas por exemplo as tentativas portuguesas de controlar o estado fracassam.
A explicação de Bameto e as que se seguiram foram de Dotados devido a forte unidade que existia no seio da assistência dominante do estado.
Contudo, nos últimos anos do séc. XVI começam a surgir contradições devido no comércio mercantil e a necessidade de cada vez maior de controlar os locais de extracção do ouro. Foi também neste período que os temas do Monomotapa foram juvadidas por guerreiros Maráveis criando uma debilidade interna e fragilidade na sua estrutura política.
Esta situação fragilizava cada vez mais a sua estrutura política administrativa, mantendo uma supremacia precária sobre os chefes territoriais
Os contactos ao longo da costa e as suas consequências da Penetração Asiático
O contacto com os mercadores asiáticos, contribuem para o desenvolvimento de transformações económicas, culturais, políticas religiosas.
A nível económica foram introduzidos plantas alimentarias como o arroz de negadio, o coqueiro, a bananeira, o inhame e os citrinos.
No plano político, os meios afro-islâmicos: sultanato de Agonxe, xuicado de sangage quitangonha e sensual, são produto intercâmbio comercial.
Do ponto de vista cultural, a presença asiática pode ser encontrada na maneira de vestir, uso de brincos no nariz, nas construções, nos casamentos, no enterramento dos mortos na língua. Na costa de Cabo delgado, encontramos o Mwanis; na hora, na Ilha de Moçambique e o koti, em lugares. Outras como o Sena e o Ndau de Sofala e Bitongas de Inhambane, reservaram empréstimos de Suaíli.
As regiões de costa de Norte de Moçambique converteram ao islamismo.
Luta entre português e árabes
Os acordos de 1607/1621;suas consequências.
O acordo de 1629 marca o início de um no período de dominação mercantil portuguesa.
Do ponto de vista economia, os portugueses passaram a gozar de livre circulação de homens e mercadorias, abertura de minas sem manda-lo tapar, etc.
A nível ideológico os mercadores portugueses passaram a não observar o protocolo (tira o chapéu, descalçar, construção de igrejas e cristianização, parte de Armas…).
Do ponto de vista político, o Monomotapa declarou-se vassalos de coroa portuguesa e passa a ser obrigado a consultar o capitão de Massaca antes de tomar qualquer decisão) a visitar ou mandar visitar o governador da Ilha de Moçambique de 3 em 3anos, pagando lhe o tributo em Ouro.
A nível das Mushas, o tratado, de 1629 reflectiu-se na exploração da forca de trabalho. A produção aurífera situava-se no período não produtivo. Com este tratado, os camponeses passam a ser recrutados para a mineração desorganizando-se assim a produção agrícola.
Por outro esta actividade era desenvolvida por mulheres e crianças em condições difíceis e com desabamentos frequentes reduzindo os números humanos
Presença Portuguesa e o Estado Monomotapa
Formação do Estado
Entre 1440 e 1450, na sequência de invasão e a conquista do norte do planalto Zimbabueano pelo exército de Mutola (1454/1450), desenvolveu-se entre aos rios Mazon e Luía o Estado de Monomotapa, submetendo os tonga, matrilineares, e não falantes da língua Shona. Os envaso-nos deram origem, no vale do Zambeze, a etária macorecore e constituíam a classe dominante.
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