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Padrão Ouro

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Por:   •  28/8/2014  •  976 Palavras (4 Páginas)  •  302 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho trata de questões ligadas ao capitalismo global no mundo Europeu, bem como seu apogeu, os primeiros anos dourados do capitalismo, Primeira Guerra Mundial e reconstrução para uma nova sociedade de ordem mundial, o trabalho faz um diálogo direto com grandes autores que tratam dos temas em questão, como Eric Hobsbawn, Maurice Crouzet e Jeffry Frieden. As discussões se iniciam com Jeffry, tratando do padrão ouro e se conclui com a crise e reconstrução europeia.

Padrão Ouro

O autor Jeffry Frieden em sua obra “capitalismo global” aborda diferentes fases da economia mundial recortando o período em que corresponde ao período de 1896 a 1914, nessa primeira abordagem, que se trata do primeiro capítulo, intitulada “capitalismo global triunfante”, pretendemos discutir o apogeu europeu, bem como os primeiros anos dourados do capitalismo.

No primeiro momento do capitalismo global, temos o padrão ouro como sendo o regime monetário que elevou a globalização, propiciando o crescimento industrial das grandes potências econômicas, diversificando e qualificando a produção dos bens de consumo, abrindo estradas e ferrovias para facilitar a escoação dos produtos. O padrão ouro foi peça fundamental na promoção do expansionismo econômico mundial e conduziu a Inglaterra a título de potência capitalista daquele período. A Inglaterra tinha uma moeda estável e já generalizada, (libra) e estava diretamente ligada ao padrão ouro, ancorando outros países por sua estabilidade financeira, impulsionando o mercado global.

Adesão ao padrão ouro

O padrão ouro era fruto de controvérsias no meio internacional, e sua adesão de deu de forma gradativa ao redor do mundo, desde o Sul da África a Austrália, passando pelo oeste norte- americano, e os países que antes renegavam o padrão ouro, aderiram após a pressão gerada pelo aumento dos preços: Japão e Rússia em 1897, Argentina em 1889, império Austro- Húngaro em 1902, o México em 1905, o Brasil em 1906, a Tailândia em 1908, inclusive a Índia, que adotava a prata há séculos aderiu ao padrão ouro, todos estimulados pela estabilidade econômica europeia, sobretudo da Inglaterra. No entanto, a China e a Pérsia, permaneceram fora do padrão.

O padrão ouro foi fundamental na aliança econômica internacional, os países que aderiam ao sistema, tinham certa estabilidade e visibilidade na comunidade internacional, no sentido de facilitar as transações comerciais com segurança ao redor do mundo, estimulando o aumento à adesão em 30% a 70%.

Em 1890, o estoque de ouro era duas vezes maior que na década de 1880, e a medida que os preços dos produtos caíam, acarretava diretamente o aumento no preço do ouro, e o alto preço do ouro era o que estimulava a adesão dos outros países. Em contrapartida, no período de escassez do metal gerava baixa nos preços, a exemplo do trigo, que até 1896 havia sofrido quedas bruscas, chegando a custar 30 centavos nas Dakotas, e os insumos agrícolas continuavam caros. Em 1896 com descobertas de novas jazidas as nações de normalizaram e o padrão ouro ganhou força com duas décadas de crescimento de globalização.

O mercado global, atrelado ao padrão ouro proporcionou a especialização da produção agrícola, produzindo máquinas e novas técnicas de plantio, as regiões que em ricas em terras férteis como Canadá e Argentina aumentaram sua produção de trigo de sete a oito milhões de hectares em cerca de trinta e dois milhões de hectares. Essa especialização do cultivo, a exemplo do trigo ao redor do mundo, gerou instabilidade financeira ao pequeno produtor inglês. A competitividade na economia interna era desproporcional, ao passo que competiam com grandes produtores internacionais, a exemplo do trigo da Ucrânia,

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