Pos Impressionismo
Exames: Pos Impressionismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: blackanuca • 30/4/2013 • 802 Palavras (4 Páginas) • 789 Visualizações
Pós-impressionismo
Definição
Longe de indicar um grupo coeso e articulado, o termo se dirige ao trabalho de pintores que, entre 1880 e 1890, exploram as possibilidades abertas pelo impressionismo, em direções muito variadas. A noção é cunhada pelo crítico britânico Roger Eliot Fry (1866-1934) quando da exposição Manet e os pós-impressionistas, realizada nas Grafton Galleries, em Londres, 1910, que incluía pinturas de Paul Cézanne (1839-1906), Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903), considerados as figuras centrais da nova atitude crítica em relação ao programa impressionista.
O movimento impressionista nunca fora homogêneo; tampouco foram homogêneas as reações a ele. Se isso é verdade, as três exposições pós-impressionistas organizadas por Fry (1910, 1912 e 1913) sugerem convergências estilísticas entre Cézanne, Van Gogh e Gauguin ou, pelo menos, uma tentativa comum dos pintores de alargar o programa impressionista, o que já havia sido tentado por Georges Seurat (1859-1891) e pelos chamados neo-impressionistas. O naturalismo e a preocupação com os efeitos momentâneos de luz, caros aos impressionistas, estão na base de boa parte das restrições feitas ao movimento. Em Seurat e Paul Signac (1863-1935) o rompimento com as linhas mestras do impressionismo verifica-se pelo acento colocado na pesquisa científica da cor, que dá origem ao chamado pontilhismo. Aí, os trabalhos se orientam a partir de um método preciso: trata-se de dividir os tons em seus componentes fundamentais. As inúmeras manchas de cores puras que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do observador e, com isso, recupera-se a unidade do tom, longe do uso não sistemático de cores. Um Domingo de verão na Grande Jatte de Seurat, exposta na última mostra impressionista de 1886, anuncia o neo-impressionismo, explicitando divergências no interior do movimento que reuniu Claude Monet (1840-1926), Pierre Auguste Renoir (1841-1919), Edgar Degas (1834-1917) e tantos outros.
Cézanne, ausente da exposição de 1886, está à frente de uma outra via crítica que tem sua ênfase colocada no estudo da estrutura pictórica. É verdade que Cézanne nunca se inclinou às representações realistas e às impressões fugazes exploradas pelos impressionistas. Sua opção recaiu sempre sobre a análise estrutural da natureza, por meio de uma pintura que apela preferencialmente à mente e à consciência, e não à visão. O conhecimento da realidade em Cézanne não é contemplação, mas pesquisa metódica, em que as sensações visuais são filtradas pela consciência. Já em 1873, em A casa do enforcado em Auvers, exibida na primeira mostra impressionista, o caráter original de sua pintura começa a se revelar: a composição densa, os volumes recortados, a luz que produz um efeito material na tela, sem brilhos nem transparências.
Gauguin descobre a novidade das obras de Cézanne e delas tira proveito particular. Explora, como ele, um estilo anti-naturalista, mas o faz pelo uso de áreas de cores puras e planas, já nas obras que realiza em Pont-Aven (por exemplo, A visão após o sermão- Jacó e o anjo, 1888). A ida do pintor para o Taiti em 1891, abre suas pesquisas à cultura plástica dos primitivos, o que se revela no uso de cores vibrantes e na simplificação do desenho (Ta ma tete; mulheres taitianas sentadas
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