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Principais Correntes Politicas Do Seculo XIX

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Por:   •  3/12/2014  •  773 Palavras (4 Páginas)  •  1.856 Visualizações

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Se faz necessária uma contextualização do século XIX. Em primeiro lugar, temos populações pequenas – e em sua maioria, rurais - espalhadas pelo grande espaço das novas nações emergentes, que não possuem uma comunicação efetiva entre si. A essa questão, soma-se ainda o fato das distâncias físicas, aumentarem as distâncias sociais entre essas populações. O fato é que o mundo do século XIX é desconectado; onde os sujeitos não se comunicavam efetivamente e por isso, não havia um engessamento coletivo nacional ou patriótico entre as pessoas. Em segundo lugar, com os impulsos da revolução industrial, uma nova classe – dos trabalhadores – surge nos centros urbanos. Essa revolução transforma todo o ideal de trabalho que se tem no mundo ocidental: a escravidão começa a ser abolida e galpões cheios de trabalhadores nos centros urbanos são erguidos. Com o crescimento das populações urbanas nos grandes centros, as massas de trabalhadores ficam em situação social desfavorável.

A corrente liberalista é uma das principais correntes políticas que influenciou a revolução industrial: era impregnada pela ideia do progresso e da razão, ideais marcantes do século XIX: é a ideia de acumulo de conhecimento dos homens através do tempo. O homem só poderia vir a “evoluir”, ou seja, progredir com tal acumulo; e a história estava em seu fio condutor levando a humanidade para um futuro melhor. Os ideais liberalistas eram marcados pelo espírito competitivo e individual do homem perante a possibilidade de progredir: a ascensão social se dá de forma individual. Enfim, essa corrente política defendia a liberdade do indivíduo para ascender socialmente e intelectualmente. Na contra mão, o que se notou é que o liberalismo acabou gerando um medo coletivo ou fobia social no século XIX, alicerçado no fracasso do convívio social. A partir do medo e do pensamento de competitividade gerou-se individualismo e com isso, foi cada vez mais difícil pensar em projetos coletivos para a sociedade, pois o individuo estava preocupado apenas consigo mesmo – preocupado em ascender e progredir -, assim gerando uma dificuldade de se preocupar com os outros e com projetos que ajudariam a sociedade como um todo.

Para o liberalismo, o Estado deveria ter interferência mínima no mercado, assim, aqueles que fossem donos de fabricas pudessem produzir o tanto que fosse necessário gerando uma livre competição, mas o que não foi pensado é que com essa interferência mínima, poderia gerar uma superprodução, uma vez que não haveria algum aparato controlando a produção. Adam Smith com seu livro, A Riqueza das Nações, entende que as forças econômicas se equilibrariam naturalmente sem gerar desigualdade entre os homens: “a mão invisível do mercado”.

Já o romantismo, vai a contraposição as ideias liberais: possui uma perspectiva mais idealista e menos cética e racional, ou seja, ele tenta acabar com exclusão do convívio social que o liberalismo causa, dissolvendo a ideia do medo e fobia social, visando o convívio coletivo.

Uma corrente política ligada ao romantismo é o socialismo, tanto o utópico quanto o científico – no que se difere em que o primeiro sustenta-se pela ideia de que os homens são bons por natureza, e que a igualdade social seria alcançada de forma pacífica, e, o segundo no materialismo histórico, que dava a explicação da história das sociedades

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