Produção de café no Brasil
Seminário: Produção de café no Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Rigas • 5/11/2014 • Seminário • 392 Palavras (2 Páginas) • 207 Visualizações
A produção de café no Brasil teve início no século XVIII na região do Vale do Paraíba. Esse local possuía terras abundantes, clima propício e localização favorável para escoamento da produção pelo porto do Rio de Janeiro. A base da mão-de-obra era escravista e o processo de produção baseado em técnicas rudimentares.
Essa região, entretanto, não prosperou devido ao mau uso da terra e da escassez de escravos a partir do fim do tráfico negreiro. Assim, a região do Oeste Paulista começou a despontar na produção cafeeira devido à existência de solos melhores, técnicas mais modernas e também pelo do uso da mão-de-obra assalariada, com a inserção de imigrantes. Além disso, investimentos britânicos em ferrovias e a demanda do produto pelos Estados Unidos contribuíram para sua expansão.
A produção de café nesse novo local, contou com duas formas bem marcadas de utilização de mão-de-obra imigrante: o sistema de parceria e o sistema de colonato.
Sistema de Parceria: O sistema foi implantado, pela primeira vez, na fazenda Ibicaba, do Senador Nicolau Vergueiro como alternativa ao fim do tráfico negreiro. Agentes contratados por ele recrutavam trabalhadores para as terras agrícolas com a promessa de uma vida melhor. Primeiramente pagando (financiando) seu transporte e concedendo um adiantamento para sobrevivência no primeiro ano. Eram dados a eles lotes de pés de café adultos para a produção.
Metade do lucro das vendas do café era deixado com os imigrantes, porém o dinheiro voltava ao fazendeiro visto que deveriam pagar pela viagem, juros, impostos e consumo de produtos de subsistência. As dívidas eram enormes e faziam com que os imigrantes ficassem presos àquele fazendeiro. Era uma escravidão disfarçada, com maus tratos, péssimas condições de vida, morte e doenças.
Sistema de Colonato: Foi implantado a fim de solucionar problemas com o sistema anterior. Eram necessárias novas formas de atração de estrangeiros visto que a péssima imagem de maus tratos se alastrava na Europa.
Nesse novo sistema as despesas com a viagem e o primeiro ano de trabalho eram pagas pelos próprios fazendeiros com a ajuda do governo. Além disso, o pagamento dos imigrantes era feito através de salário (2 salários – fixo anual e por produtividade) e era garantido um pedaço de roça para sua subsistência ou comércio. Com isso, no final do século XIX, entraram cerca de 800 mil imigrantes no Brasil para a produção de café. A produção aumentou significativamente.
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