Projeto de Pesquisa: O Voto de Cabresto na República Velha

SUMÁRIO

1. TEMA        2

1.1        Delimitação do Tema        2

2. PROBLEMATIZAÇÃO DA PESQUISA        2

3. JUSTIFICATIVA        3

4. OBJETIVOS        3

4.1. Objetivo Geral        3

4.2 Objetivos Específicos        4

5. HIPÓTESES        4

6. METODOLOGIA DE PESQUISA        4

7. REFERENCIAL TEÓRICO        5

    7.1 Quadro Teórico        7

7.2 Técnicas        8

7.3. Cronograma        8

8. BIBLIOGRAFIA        10

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1. TEMA

Voto de cabresto na República Velha

1. Delimitação do Tema

O presente tema irá analisar a República Velha, desde a instituição do voto, e o porque do nome do voto de cabresto. Assim, se procurará demonstrar o voto de cabresto como um meio de coação por parte dos chamados “fazendeiros” aos seus funcionários, não possibilitando outra alternativa a estes a não ser votar em quem eram mandados.

Com isto, o trabalho futuro será delimitado na demonstração do voto de cabresto como uma imposição aos considerados como mais fracos na relação entre “patrão e empregado”.

2. PROBLEMATIZAÇÃO DA PESQUISA

Demonstrar o voto de cabresto existente na República Velha, demonstrando a imposição do poder por meio da violência aos considerados como mais fracos.

3. JUSTIFICATIVA

A necessidade de se demonstrar a figura do voto de cabresto ocorrido na República Velha como um meio de coação aos considerados mais fracos. Assim, acabava por ser imposto aos subordinados pelos seus superiores a quem os mesmos iriam votar, e caso o voto não fosse realizado no candidato indicado, os mesmos sofriam algum tipo de “retaliação”.

Assim, não restam dúvidas de que o presente período acabou por ser marcado pelo medo, pela coação, de modo a ser imposta a vontade dos considerados como mais forte, se renegando os mais fracos.

Deste modo, o presente trabalho irá analisar a figura do voto de cabresto na República Velha, demonstrando uma época de conseqüentes violências, bem como coações.

 4. OBJETIVOS

4.1. Objetivo Geral

Demonstrar o voto de cabresto no período da República Velha, apresentando um misto de imposição e repressão existente.

4.2 Objetivos Específicos

- Definir voto de cabresto;

- Retratar a figura do voto de cabresto na época da República Velha

- Apresentar as conseqüências do voto de cabresto tanto para a nação, como para os interessados no ato.

5. HIPÓTESES

Demonstrar a figura do voto de cabresto na República Velha como um meio de imposição, sem nenhum tipo de escolha por parte do eleitor.

6. METODOLOGIA DE PESQUISA

O presente estudo iniciou-se com pesquisa bibliográfica sobre o tema, surgindo para tanto varias indagações.

Diante das presentes indagações começou-se a colheita de materiais para resposta de tais indagações.

As informações coletadas foram analisadas com a realidade de nossa sociedade, principalmente, levando-se em consideração a República Velha. Para a certeza de uma pesquisa exata utilizou-se de outras matérias relacionadas ao tema.

Como tema complexo, e extenso, buscar-se-á falar apenas do voto de cabresto existente na época da República Velha, levando-se em conta as indagações acima expostas.

O presente tema é visto de modo profundo, sendo inclusive como já dito, extremamente amplo, tendo vasto material de pesquisa que tratam do tema de modo específico, principalmente o relacionado ao instituto da República Velha.

Diante da ampla matéria, buscou-se a utilização de vários materiais de pesquisa, principalmente dos livros de história, e alguns autores específicos, para se chegar a uma resposta concreta dos fatos.

O presente trabalho tem como fim demonstrar através de pesquisa bibliográfica a figura do voto de cabresto na República Velha.

7. REFERENCIAL TEÓRICO

A conseqüente consolidação entre o modelo considerado como republicano federalista e a ascendência das oligarquias agrárias ao poder acabou por fazer surgir um dos principais fenômenos sociais, bem como, políticos do período, qual seja: o coronelismo.

O fenômeno do coronelismo acabou por se expressas em razão das particularidades do desenvolvimento social e também político do nosso país. O mesmo foi o resultado da coexistência das formas modernas de representação política e conseqüentemente de uma estrutura totalmente fundiária arcaica, que era baseada nas grandes propriedades rurais.

Assim, o direito ao voto de cada cidadão estava assegurado pela Constituição Federal, mas, de um modo geral, a maioria dos eleitores moravam no interior, e eram pouco politizados, possibilitando com que os proprietários agrários viessem a controlar o voto e também o processo eleitoral em razão de seus interesses.

Neste contexto, o chamado “coronel” acabou sendo a figura chave em todo processo de controle do voto da população rural. Assim, o mesmo era tanto temido como também respeitado, sendo que a influência, bem como, o poder político do coronel aumentava conforme o mesmo conseguisse assegurar o voto dos eleitores para os seus candidatos. Geralmente este era conseguido por meio da violência e também da própria barganha, ou seja, troca de favores, pois os coronéis acabavam por forçar os eleitores a votarem nos candidatos que lhes convinha.

Assim, o controle do voto da população rural por parte dos coronéis acabou por ficar conhecido entre todos como o “voto de cabresto”. Deste modo, por meio do presente voto era possível eleger os políticos locais, como, por exemplo, prefeitos.

Neste contexto, a fraude, o favorecimento, e também a corrupção acabavam por permear o processo eleitoral, deturpando toda a votação, e conseqüentemente a representação política do país.

O presente fato ocorria, porque os coronéis da época dependiam do próprio governo para os auxiliarem de forma financeira em suas obras, nascendo deste fato a necessidade de se apóias, e conseqüentemente obter votos para a elegibilidade dos candidatos.