Pré Revolução Russa
Monografias: Pré Revolução Russa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rogvalente • 30/10/2014 • 1.703 Palavras (7 Páginas) • 308 Visualizações
4A Rússia antes da revolução
A Rússia, no final do século XIX e início do século XX, era uma monarquia absolutista comandada pelo czar Nicolau II. O país era um dos mais atrasados do mundo. A maioria das pessoas eram camponeses pobres e analfabetos. Esses camponeses trabalhavam nas terras da nobreza rural. Pagavam altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II e viviam quase sempre esfarrapados e famintos, além de terem que suportar a baixa temperatura da região.
Nas cidades mais populosas, como São Petersburgo e Moscou, já havia um certo desenvolvimento industrial. No entanto, os trabalhadores urbanos viviam sem nenhum amparo da lei, cumprindo jornadas de trabalho que chagavam a 12 horas diárias, sem direito a férias nem aposentadoria. O governo czarista sempre estava do lado da burguesia, reprimindo cruelmente qualquer tipo de greve ou manifestação.
Enquanto a maior parte da população vivia em péssimas condições, os nobres moravam em luxuosos palácios, onde frequentemente aconteciam, junto com membros da burguesia, banquetes famosos pela fartura e pelo desperdício.
Governo de Nicolau II]
Nicolau II, o sucessor de Alexandre III, procurou facilitar a entrada de capitais estrangeiros para promover a industrialização do país, principalmente da França, da Alemanha, da Inglaterra e da Bélgica. Esse processo de industrialização ocorreu posteriormente à da maioria dos países da Europa Ocidental[5]. O desenvolvimento capitalista russo foi ativado por medidas como o início da exportação do petróleo, a implantação de estradas de ferro e da indústria siderúrgica.
Os investimentos industriais foram concentrados em centros urbanos populosos, como Moscovo, São Petersburgo, Odessa e Kiev. Nessas cidades, formou-se um operariado de aproximadamente 3 milhões de pessoas, que recebiam salários miseráveis e eram submetidas a jornadas de 12 a 16 horas diárias de trabalho, não recebiam alimentação e trabalhavam em locais imundos, sujeitos a doenças. Nessa dramática situação de exploração do operariado, as ideias socialistas encontraram um campo fértil para o seu florescimento[2].
Partido democratq
Em 1903, divergências quanto à forma de ação levaram os membros do partido POSDR a se dividir em dois grupos básicos[
os mencheviques: liderados por Martov[3], defendiam que os trabalhadores podiam conquistar o poder participando normalmente das atividades políticas. Acreditavam, ainda, que era preciso esperar o pleno desenvolvimento capitalista da Rússia e o desabrochar das suas contradições, para se dar início efetivo à ação revolucionária. Como esses membros tiveram menos voto sem relação ao outro grupo, ficaram conhecidos como mencheviques, que significa minoria.
os bolcheviques: liderados por Lenin, defendiam que os trabalhadores somente chegariam ao poder pela luta revolucionária. Pregavam a formação de uma ditadura do proletariado[5], na qual também estivesse representada a classe camponesa. Como esse grupo obteve mais adeptos, ficou conhecido como bolchevique, que significa maioria. Trotsky, que inicialmente não se filiou a nenhuma das facções, aderiu aos bolcheviques mais tarde, em 1917.
Guerra russo- japonesa
A Guerra Russo-Japonesa foi uma guerra entre o Império do Japão e o Império Russo que disputavam em 1904 e 1905 os territórios da Coréia e da Manchúria. A guerra ocorreu no nordeste asiático do país, agravou-se, e o regime político do czar Nicolau II da Rússia foi abalado por uma série de revoltas em 1905, envolvendo operários, camponeses, marinheiros (como a revolta no couraçado Potemkin) e soldados do exército.. O Japão era um país de tradições militares, apesar de enfrentar severas crises econômicas. Com navios menores, mas com grande mobilidade e poder de fogo muito superior aos pesados e antigos navios russos, a Marinha japonesa impôs uma derrota humilhante ao inimigo. Esta guerra marcou o reconhecimento do Japão como potência imperialista, pelas diversas nações da Europa, enquanto a derrota russa, por sua vez, patenteou a fraqueza do regime czarista e iniciou a sua queda, concretizada na Revolução de 1917.
O Império Russo ficou desprestigiado com a derrota e o Japão foi reconhecido como uma super-potência.
Sovietes
Os sovietes, essencialmente, eram simples comitês de greve, tais quais aqueles que aparecem em greves selvagens. Como as greves na Rússia começaram em grandes fábricas, e rapidamente se espalharam pelas cidades menores e distritos, os trabalhadores precisaram manter contato permanente. Nas oficinas, os trabalhadores se juntavam e discutiam regularmente no final da jornada de trabalho, ou continuamente, o dia inteiro, em momentos de tensão. Eles enviavam seus delegados a outras fábricas e aos comitês centrais, onde a informação era trocada, dificuldades discutidas, decisões tomadas, e novas tarefas consideradas.
RUSSIA NA 1° guerra
Mesmo abatida pelos reflexos da derrota militar frente ao Japão, a Rússia envolveu-se em um outro grande conflito, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em que também sofreu pesadas derrotas nos combates contra os alemães[7]. A longa duração da guerra provocou crise de abastecimento alimentar nas cidades, desencadeando uma série de greves e revoltas populares[5]. Incapaz de conter a onda de insatisfações, o regime czarista mostrava-se intensamente debilitado.
Em 15 de março de 1917, o conjunto de forças políticas de oposição (liberais burguesas e socialistas) depuseram o czar Nicolau II, dando início à Revolução Russa. O czar foi posteriormente executado,e sua família, composta pela mulher, quatro filhas e um filho, ficaram em prisão domiciliar porém logo foram executados.
Governo provisório
Após a derrubada do czar, instalou-se o Governo Provisório, comandado pelo príncipe Georgy Lvov[7], um latifundiário, e tendo Aleksandr Kerenski como ministro da guerra. Era um governo de caráter liberal burguês, comprometido com a manutenção da propriedade privada, e interessado em manter a participação russa na Primeira Guerra Mundial. Enquanto isso, o Soviete de Petrogrado reivindicava para si a legitimidade para governar. Já em 1 de Março, o Soviete ordenava ao exército que lhe obedecesse, em vez de obedecer ao Governo Provisório. O Soviete queria dar terra aos camponeses, um exército com disciplina voluntária e oficiais eleitos democraticamente, e o fim da guerra, objectivos
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