Psicologia Socio-interacionista

O filme "O paizão" relata uma história em que uma criança de 5 anos de idade é órfão. Sua mãe morreu de câncer quando ainda era pequeno, e nunca havia tido um relacionamento afetivo com o seu pai, até que um dia ele aparece no apartamento do seu pai, só que o seu pai não está lá, foi para uma viagem, e quem está lá é um amigo de seu pai.

Afetividade: A criança a princípio era tímida de frases e respostas curtas. E chorava muito para conseguir o que queria, o amigo do pai então ensinou um método para a criança, quando ela estivesse com vergonha bastava apenas colocar um óculos escuros que o ajudaria, e assim a criança fez. O amigo do seu pai como nunca havia tido algum tipo de relação com crianças fazia de tudo para não ver a criança chorando, e com o passar dos dias foi ensinando para a criança os seus conhecimentos tanto quanto duvidosos, tratava a criança como um "mini adulto". Ensinou a criança a fazer xixi no meio da rua e achava isso natural, dava doces para criança em qualquer horário em troca do silêncio, e a criança acabava usando isso como artifício para conseguir o que queria. Foi o amigo do pai que sempre estava com ele, foi ele quem o levou para a escola. Com passar dos dias o elo de afetividade da criança e do amigo de seu pai, foi ficando cada vez mais forte, e a criança via nele a figura paterna.

Wallon mostra que a afetividade está sempre presente em todos os momentos, movimentos e circunstâncias de nossas ações, assim como o ato motor e a cognição. O espaço permite a aproximação ou o retraimento em relação a sensações de bem-estar ou mal-estar.

Cognição

Assim como a afetividade, a cognição é um elemento fundamental na psicogênese da pessoa completa, sendo o seu desenvolvimento também relacionado às bases biológicas e suas constantes interações com o meio. De maneira que é importante visualizá-los em constante interação quando do surgimento da inteligência. Refletindo sobre as origens orgânicas da inteligência, Wallon (2008, p. 117)

No filme a evolução da criança quanto a cognição é demonstrada pela aquisição da linguagem, no começo a criança era muito tímida e quase não falava nada e com o auxílio do óculos que o amigo do pai deu, ele já conseguia dialogar, tanto que no fim do filme ele já conseguia falar, sem o auxílio dos óculos, não tinha mais vergonha nenhuma.

Psicomotricidade

No filme mostra a criança desenvolvendo atividades físicas, brincando, correndo, e pulando. As perspectivas da prática psicomotora, passam pelo diálogo corporal, torna-se vivida numa busca simultânea de harmonia de acordo com o tônico dos gestos e das intervenções através do contato corporal conforme Lapierre e, estas perspectivas vão surgindo como a percepção da relação entre o psicomotricista e a criança no sentido de permitir a observação do controle do corpo, do pensamento segundo o grau de maturidade atingida. O amigo do pai era o mediador para criança.