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RAIZES DA EDUCAÇÃO E SEUS EFEITOS NA MODERNIDADE

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Por:   •  9/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.387 Palavras (6 Páginas)  •  215 Visualizações

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AS RAÍZES DA EDUCAÇÃO E SEUS EFEITOS NA CONTEMPORANEIDADE

RESUMO: Os problemas vivenciados na instituição escolar nada possuem de novo, são em geral observados mesmo em tempos históricos mais remotos. Desde que o homem se dispôs em sociedade, ele sempre tendeu por se sobressair em função de uma distinção que o tornasse superior aos demais. Observamos ainda hoje na sociedade que os projetos de inclusão tentam modificar esta sociedade, embora estes sejam em grande parte muito importantes, ainda possuem uma conotação vã, pois ainda há desigualdade social, discriminação seja ela financeira, familiar ou intelectual, que ainda permanecem enraizadas em nosso meio.

PALAVRAS-CHAVE: Instituição Escolar, Professor, Aluno, Desigualdade, Discriminação, Classes Sociais e Preconceito.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Este artigo tem o objetivo de discutir o processo educativo desenvolvido dentro das escolas em função das características que o tornam reprodutor das desigualdades sociais. Os procedimentos analisados foram desenvolvidos acerca de discussões de autores como Karl Max, Michael Apple, Paulo Freire, entre outros que, embora diversos, carregam questões que permitem uma abordagem reflexiva sobre o papel da instituição escolar como promissora de prestígio na composição das turmas. O trabalho faz uma viagem pela história da educação, a começar pela sociedade comunal, passando pelo primeiro modelo de academia até chegar aos nossos dias. Discutiremos os problemas que afligem a educação e que estão tão presentes nas salas de aulas.

AS RAÍZES DA EDUCAÇÃO E SEUS EFEITOS NA CONTEMPORANEIDADE

Para que se possa compreender o problema da distinção de classe social e a presente discriminação desta, vivenciada em todo o âmbito escolar atualmente, torna-se necessária uma análise mais profunda e criteriosa, portanto é indispensável recapitular aqui alguns fatos do passado, e principalmente como foi a organização sofrida desde um primeiro momento pela sociedade, pois apesar de parecer um problema recente, a desigualdade social e o preconceito da distinção de classe afloraram na antiguidade.

No início do desenvolvimento social “a estrutura social limitava-se a uma extensão da família: os chefes patriarcais da tribo, abaixo deles os membros da tribo [...]” (MARX, s/d), portanto a tribo se constituía no seio da família e consequentemente o trabalho e a terra eram distribuídos sem distinção entre todos os membros da tribo. Mas esta situação tende a se modificar quando as famílias aumentam seu número de integrantes, neste momento algumas famílias mais fortes tendem a ocupar terras de melhor produtividade deixando as mais escassas para os demais. Portanto, passa a ocorrer uma diferenciação, clãs com muita terra, outros com pouca e muitos sem nenhuma, esta situação tende, com o tempo, a ganhar forças e se solidificar. Então se solidificará no âmbito da produção, pois o trabalho manual passa a ser determinado como de baixo nível, executado apenas pela população mais pobre, e o ócio passa a ser supervalorizado. Assim, surge a escola, como uma forma de ocupar o ócio, pois o nobre pensa e debate e a população em geral trabalha para a manutenção destes. Na Grécia, por exemplo, a criança aristocrata era formada para ser um cidadão ativo da política democrática, portanto deveria aprender filosofia e política, e ainda, a prática de esportes. Por sua vez, o filho do camponês apenas aprendia, ou melhor, reproduziria o que o pai lhe ensinava: lidar com o trabalho na terra.

Analisando o feudalismo, também veremos esta mesma desigualdade, trabalhadores lidando com a terra de um lado e os nobres ocupando seu ócio de outro. Esta dinâmica da sociedade vai emanar por todo o período histórico, entre o “homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, chefe de corporação e assalariado” (MARX, 1988). A escola passa a ser, desde a Academia, o instrumento da diferenciação dos que têm o poder sobre os que não o possuem.

A escola contemporânea tem como intuito amenizar os problemas que a assolam desde a antiguidade clássica. O Ministério da Educação tem como princípio a inclusão como algo norteador das políticas públicas.

A educação inclusiva é uma abordagem que procura responder às necessidades de aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos, com um foco específico naqueles que são vulneráveis à marginalização e exclusão. Dentro desta perspectiva, entende-se que o desenvolvimento de sistemas educacionais inclusivos, nos quais as escolas devem acolher todas as crianças, independente de sua condição - física, intelectual, social, emocional, lingüística, entre outras - representa a possibilidade de combater a exclusão e responder às especificidades dos alunos, pois “a prática preconceituosa desta diversidade ofende a substantividade do ser humano e nega radicalmente a democracia” (FREIRE, 1995).

Embora se deseje a implantação da educação inclusiva, a prática da mesma se mostra muito distante da realidade, dentro e fora das instituições escolares. As diferenças entre a “branquidade” (APPLE, 2002) caracterizada pelas classes mais favorecidas sobre a “gente de segunda e terceira” (FREITAS, 2005), parece continuar a ser um fator considerável para alguns educadores. Portanto isto é muito fácil de ser observado, se analisarmos o interior das instituições escolares públicas, onde as crianças são distinguidas em função do poder aquisitivo ou de sua facilidade didática. São em geral, selecionadas de acordo com as salas que se enquadram, como as famosas classes A, B, C, D e assim por diante. Geralmente, a escolha de disposição destes alunos nestas determinadas classes é realizada nos

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