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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS EM A MORTE ARTUR – THOMAS MALORY

Por:   •  16/2/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.973 Palavras (12 Páginas)  •  367 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, LETRAS, ARTES, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS EM A MORTE ARTUR – THOMAS MALORY

NAIARA ISABELA MATIAS

UBERABA, MG

FEVEREIRO/2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, LETRAS, ARTES, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

Representações Sociais em A Morte de Artur – Thomas Malory

Naiara Isabela Matias

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Licenciatura em História da Universidade Federal do Triângulo Mineiro como requisito parcial para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I sob a orientação do(a) Prof.(a) Dra. Sandra Mara Dantas.

Uberaba, MG

Fevereiro/2017

Sumário

1Título

2Resumo

3Introdução e justificativa

4Objetivos

5Fundamentação Teórica e Bibliografia

6Fontes e Metódos

7Cronograma

8Bibliografia

1_ TÍTILO DO PROJETO

AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS EM A MORTE DE ARTUR – THOMAS MALORY

2_ RESUMO

        O presente projeto, versa sobre a temática escolhida para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso – Licenciatura em História da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Nele serão abordados o tema – problema, a justificativa, os objetivos gerais e específicos, as fontes e a metodologia, a fundamentação teórica e bibliográfica, o cronograma de atividades, bem como, todo as referências bibliográficas selecionadas para o desenvolvido do “TCC”.

Palavras chave: Representações sociais, Rei Artur, Thomas Malory, produção cultural, mitologia.

3_ INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

         

        A Idade Média corresponde a um período da História de quase mil anos, que se estende desde a queda do Império Romano do Ocidente ao fim da Guerra de Cem Anos. Corresponde a um período único, que expressa uma dinamicidade própria, dona de uma singularidade político-social e de uma produção cultural que nos instiga a conhecer sociedades totalmente díspares, capazes de um recuo a realidade e ao mesmo tempo manter uma crença no sobrenatural. Uma articulação entre o real e o mitológico que, chama a atenção pela significante diferença com nosso mundo atual. Mesmo que esse período da História seja frequentemente relativizado pejorativamente, como “Idade das Trevas”, em alusão aos seus séculos finais caracterizados por grandes guerras, doenças devastadoras, descrença quanto a Igreja, etc., do qual, a própria terminologia – Idade Média –, no sentido literal de mediação, entreposto; fruto de uma historiografia humanista italiana do século XIV, desenvolvida pelo século XVI e, aprimorada pelo XVIII, postergando para esse período intersecular conclusões negativas e vontade da volta aos anos da Antiguidade Clássica como referência; o estudo da Idade Média é bastante intrigante, pois, o regresso para este tempo abre-nos a possibilidade da compreensão das sociedades precedentes à nossa, cuja profunda diferença nas estruturas organizacionais desperta interesse não só dos profissionais dedicados à pesquisa e ao ensino da História, mas também os meios de produção cultural em geral.

No entanto, A Morte de Artur é um romance escrito pelo inglês Thomas Malory no século XV, é uma obra que conta com 21 livros, num total de 507 capítulos reunidos numa única edição por William Caxton em 1485. É uma produção literal sobre o Rei Artur e seus Cavaleiros da Távola Redonda e a busca do Santo Graal, reúne contos cuja produção baseou-se em lendas e suas transcrições produzidas na corte francesa dos séculos XII e XIII, tornou-se uma das obras mais conhecidas do mito rei Arthur. Produzidas por Malory, enquanto este era prisioneiro, a obra se torna um importante referencial para explorar a sociedade medieval, pois, é uma obra que permeia vários aspectos da vida do homem medieval, que ajuda no entendimento dos mecanismos de funcionamento da Idade Média, bem como suas singulares formas de organizações estruturais, além de, contribuírem para o entendimento das particularidades dos aspectos que rodam essas sociedades.

Nesse sentido, o tema-problema do projeto: Representações Sociais em A Morte de Artur – Thomas Malory tem como base de desenvolvimento saber como a sociedade é organizada em Thomas Malory e, como explorar o romance como uma representação do século XV, visto que, a Idade Média, comporta quase 1000 anos de História, logo, cada período secular expressa  significantes diferenças estruturais; o que significa enquanto produção cultural, como representa ou constrói uma narrativa mitológica, buscando investigar as representações da sociedade: o que Malory entender por sociedade; por Cavalaria, Monarquia e Nobreza; como se desenvolvem as relações aristocráticas que culminaram na emergência de uma nova classe, a Cavalaria, se assim eu posso conceitua-la; como esta última se liga ao Rei e se funde com a nobreza; como um rei forma sua corte e como este exerce a monarquia num período, cujo as políticas públicas ganham tons peculiares;  como essas estruturações se relacionam com as guerras e os campos sociais.  Usando os escritos de Malory em comparação com uma historiografia medieval que, também, trata desses aspectos sociais, a fim de identificar como se dá as representações da realidade por Malory. E por fim, como o peso mitológico, aqui nos contos da figura do lendário Artur, característico de uma sociedade, diz muito sobre sua época.         

        E, também, pelo fato de que Malory é uns dos autores mais lidos quando se trata da temática do Rei Artur e seus Cavaleiros e, por sua obra ser a única literatura medieval inglesa escrita entre Chaucer e Shakespeare, do qual suas proporções perpassam períodos e culturas, sua obra é essencial para o estudo das representações, pois, entendendo as representações como o campo de desenvolvimento da organização da realidade de um ser comum, expressa, genuinamente, através dos personagens e dos contextos da obra, o que autor entende como organizações estruturais da sociedade de sua época. E, como o autor foi um cavaleiro do século VX, lutou e vivenciou o período da Guerra dos Cem Anos e da Guerra das Rosas que, envolviam o trono inglês, suas experiências e o fato de que era um prisioneiro no momento de produção da sua escrita, o que ele carrega da sua contemporaneidade influência gradativamente as formas como são representados as instituições nos contos arturianos, pois, pode alterar os sentidos e as práticas das ações/relações dos personagens. Inclusive, devido as suas experiências, Malory pôde ter recorrido à mitologia como aversão a realidade, mesmo que nos tempo medievais mito e realidade se convergiam e se respeitavam na mesma proporção, dando a entender que não se sabe ao certo o que é mito ou o que é verdade, ou que cada relação comporta desses fenômenos, por isso, Rei Artur entra no campo da desconfiança típica mitológica: existiu ou não existiu?

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