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RESENHA: Belle Époque

Por:   •  6/2/2016  •  Resenha  •  638 Palavras (3 Páginas)  •  656 Visualizações

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Belle Époque

No final do século XIX e inicio do século XX, o Brasil ainda estava defasado em relação a moda francesa da época. Após 1822 – o ano da Independência – os brasileiros permaneciam com a mesma linha de pensamento do seu passado colonial do qual a roupa consegue distinguir bem as classes sociais.

Paris, já estabelecida como principal polo de criação da moda internacional, exportava a silhueta feminina da Belle Époque para o resto do mundo. Com seu clima tropical, O Brasil (principalmente o Rio de Janeiro), no entanto, sofria com o desconforto das roupas usadas pelos franceses.

No final do século XVIII na França, surgiu a função de modista como uma espécie de oficio ligada a aparência. A maioria dos brasileiros vestia-se com roupas sob medida, confeccionada por alfaiates, modistas ou costureiras. Geralmente no Brasil, eram imigrantes italianas ou francesas.

Belle Époque é uma expressão que define o espírito da época que vai de 1890 até o inicio da Primeira Guerra Mundial. Nesse período, o Brasil entrava em contradição, ao mesmo tempo em que estávamos buscando nossas raízes, continuávamos a ter costumes estrangeiros. Com a criação da Light and Power, chegaram ao país os primeiros carros com motores de combustão interna e bondes elétricos urbanos dentre outros objetos que facilitavam o cotidiano.

A Belle Époque brasileira foi, acima de tudo, um período de afirmação do estado republicano, iniciado em 1889, e com domínio econômico da elite cafeicultora. A sociedade brasileira era um universo em que os homens tinham poder absoluto. Com o progressivo aumento da influencias culturais – principalmente da imprensa e do cinema – do final da primeira década século XX, as mulheres brasileiras começaram a se libertar das saias pesadas, das cozinhas e salas de suas casas, ao qual estavam confinadas, em busca de um novo espaço social.

A jovem geração feminina dos anos de 1910 via nas telas do cinema heroínas que rompiam com a ideia de submissão ao marido e da vida reclusa ao lar.  Para ir a luta no novo mundo que se lhes abria, precisavam de roupas mais confortáveis.

A criação de roupas livres das regras das cortes só se viabilizou integralmente com a hegemonia burguesa e pelas mãos dos costureiros franceses a partir do século XIX. O pioneiro dessa linhagem foi o inglês radicado em Paris Charles Frederick Worth, primeiro dos costureiros a ser considerado mais um artista que um mero artesão.

O conceito de beleza estética da Belle Époque – sucedeu às identidades de moda da chamada Era Vitoriana – determinava, às elegantes, a “silhueta-ampulheta” ou “cintura de marimbondo”, construídas a força de espartilhos que comprimiam o ventre e as costas e projetavam os seios para a frente e as nádegas para trás.

Esses excessos resultavam do maior tempo que a mulher burguesa da Belle Époque dispunha para se dedicar a se embelezar, o que fomentava o consumo de modas coletivizadas de forma cada vez mais rápida, estimulando a indústria e o comercio voltados a disponibilizar novidades a cada temporada. Assim, modas que antes perduravam algumas décadas, passaram a ser substituídas em períodos menores, lançadas a cada estação do ano. No Brasil, o processo era mais lento, já que não dispúnhamos de uma produção local de moda e que tudo que se consumia era importado.

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