RESENHA E FICHAMENTO A REVOLUÇAO INGLESA DE 1640
Por: Martin Odail • 20/10/2017 • Seminário • 3.172 Palavras (13 Páginas) • 1.257 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH
DISCIPLINA: HISTÓRIA MODERNA II
PROFESSOR(a): VIVIANE PRADO BEZERRA
ODAIL JOSE MARTINS FREIRE
FICHAMENTO E SÍNTESE DO LIVRO A REVOLUÇÃO INGLESA DE 1640 DE CHRISTOPHER HILL
SOBRAL – CE
2017
“ ... a revolução inglesa de 1640-60 foi um grande movimento social, como a revolução francesa de 1789” (p.11)
“A atitude ortodoxa tomada para com a revolução do século XVII é errônea porque não procura ir além da superfície, porque considera os actores da revolução segundo o seu valor facial e pressupõe que a melhor maneira de encontrar razões para a luta era tomar em consideração o que os leaders diziam sobre essas razões” (p. 12)
“A explicação da revolução do século XVII mais comum, é a que foi apresentada pelos leaders do Parlamento em 1640, nas suas declarações de propaganda e apelos ao povo. ” (p. 13)
“... contudo a sua vitória era importante na medida em que punha alguns limites ao governo autónomo das classes mais ricas da sociedade” (p. 14)
“As causas da guerra civil devem ser procuradas na sociedade, não nos indivíduos” (p.15)
“Ora, é verdade que a Revolução Francesa de 1789, foi uma luta pelo poder político, econômico e religioso, empreendida pela classe média, a burguesia, que crescia em riqueza e força à medida que o capitalismo se desenvolvia” (p.16)
“Os interesses defendidos pela monarquia do rei Carlos não eram, de modo algum, os do povo em geral.” (p.17)
“a luta da classe média para sacudir o controlo exercido por este grupo não era meramente interesseira; desempenhava uma função histórica progressiva.” (p.17)
“Era para vantagem da grande massa da população que o capitalismo devia possibilidade de se desenvolver livremente” (p.17)
“Os novos progressos econômicos dos séculos XVI e XVII tornaram o velhos sistema econômico, social e político irremediavelmente fora de moda.” (p. 17)
“Os Whigs sublinham a natureza progressiva da revolução e ignoram o facto de que a classe que se colocou à cabeça e mais aproveitou das realizações, foi a burguesia” (p.18)
“Os Tories, por outro lado sublinham a natureza de classe da revolução, numa tentativa de negar se caráter progressivo e o seu valor para a época de reabilitar o feudalismo e de sugerir que as revoluções nunca beneficiam mais do que uma clique restrita” (p.18)
“Uma terceira teoria, mais familiar é posta em relevo por ambos os lados: que o conflito tinha em vista decidir qual das duas religiões, o Puritanismo ou o anglicanismo, deveria ser dominante em Inglaterra” (p.19)
“A igreja defendia, pois, a ordem vigente e era importante que o Governo mantivesse o seu controlo sobre esta agência de publicidade e propaganda. Pela mesma razão, aqueles que pretendiam derrubar o estado feudal tinham de atacar e de obter o controlo da Igreja. É por isso que as teorias política tendiam a ser envolvidas numa linguagem religiosa ” (p. 21)
“Nessas circunstâncias, os conflitos sociais tornaram-se inevitavelmente conflitos religiosos” (p. 22)
“Cada classe criava e procurava impor a perspectiva religiosa que, melhor condizia com as suas próprias necessidades e interesses... era entre estes interesses de classes que se dava o verdadeiro conflito: por detrás do pároco estava o nobre rural” (p.22)
“Durante séculos, a sociedade inglesa tinha sido feudal, constituída por comunidades locais isoladas que produziam para o seu próprio consumo, sendo quase inexistente o comércio entre elas. Mas gradualmente, entre os séculos XV e XVII, esta comunidade agrícola começou a sofrer modificações” (p. 27)
“Todos estes acontecimentos modificavam a estrutura da sociedade rural inglesa. A terra tornava-se um domínio extraordinariamente atraente para o investimento de capital” (p.29)
“Na Inglaterra feudal a terra passava de pai para filho, sendo sempre cultivada por meios tradicionais... agora a lei adaptava-se as necessidades econômicas da sociedade e a terra tornava-se mercadoria, comprada e vendida num mercado competitivo... o capital acumulado nas cidades era aplicado ao campo. ” (p.29)
“Tanto- na Idade Média como no século XVII a razão principal da importância de uma propriedade residia no facto de proporcionar ao senhor das terras (através do seu controlo do trabalho dos outros) os meios de subsistência” (p.30)
“...com o desenvolvimento do modo de produção capitalista dentro da estrutura do feudalismo, muitos dos proprietários de terras começaram, quer a colocar no mercado essa porção dos produtos que não era consumida pelas famílias, quer a arrendar as suas terras a um agricultor, que produzia para o mercado. Assim, os proprietários encaravam os seus domínios segundo uma nova perspectiva: como uma fonte de ganhar dinheiro, de lucros que eram elásticos e podiam ser aumentados” (p.31)
“Tratava-se, em si mesma, de uma revolução tanto moral como económica, de um corte com tudo o que os homens tinham considerado justo e correcto, e teve os efeitos mais perturbadores nas formas de pensamento e de crença.” (p.31)
“...no século XVI, a ideia de o lucro ser mais importante do que a vida humana — que nos é tão familiar que perdemos todo o sentido de indignação moral — era demasiado nova e chocante.” (p.31)
“Efetivamente, eram os proprietários de terras que controlavam o governo locai, como senhores de vastos domínios ou juízes de paz.” (p.33)
“Os meios de comunicação deficientes impediam contudo, o total desenvolvimento de um mercado nacional, restringiam as possibilidades da divisão do trabalho e, portanto, da evolução capitalista da agricultura.” (p.35)
“Todas as classes participavam de uma intensa luta para tirarem proveito das mudanças que ocorriam na agricultura. Em geral, estas transformações proporcionavam maior produtividade e permitiam a alguns camponeses mais ricos e pequenos proprietários de terras subirem na vida” (p.35)
“O Estado é sempre um instrumento de coerção nas mãos da classe dominante; e os proprietários de terras dominavam a Inglaterra do século XVI. ” (p.39)
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