RESENHA - UESPI BARRAS
Por: aline_santos • 24/2/2016 • Trabalho acadêmico • 443 Palavras (2 Páginas) • 349 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
CURSO – LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
DISCIPLINA – GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO
PROFº – CARLOS EDUARDO
NOME – ROSANA DO NASCIMENTO DELGADO
RESENHA CRÍTICA
BARRAS
2008
Thomas Robert Malthus
A POPULAÇÃO CRESCE ACELERADA
No final do século XVIII, o inglês Thomas Robert Malthus (1766-1834), economista e pastor da Igreja Anglicana, preocupado com o crescente aumento populacional e suas conseqüências socioeconômicas para Inglaterra, escreveu uma obra intitulada ENSAIO SOBRE O PRINCÍPIO DA POPULAÇÃO, em que defendia proposições antinatalistas para resolver os problemas relacionados ao aumento populacional.
Segundo Thomas Malthus, a população crescia de maneira acelerada (em progressão geométrica), duplicando-se a cada 25 anos, enquanto a produção de alimentos crescia num ritmo bem mais lento (em progressão aritmética). Essa diferença acabaria resultando no agravamento de problemas sociais, principalmente no aumento da pobreza e da fome. Dessa forma, para evitar um quadro característico de convulsão social, a população não deveria crescer, tornando-se fundamental a utilização de práticas antinatalistas.
Malthus argumentava que natureza acabaria por contribuir – por meio de epidemias generalizadas, catástrofes naturais ou mesmo guerras – suprimindo uma parte da população. Para garantir o abastecimento satisfatório, seria necessário o controle populacional, conseguido com os seguintes meios:
- Retardamento na idade dos casamentos;
- Abstinência sexual;
- Planejamento familiar (as famílias teriam apenas o número de filhos que pudessem sustentar)
Posteriormente, o pensador alemão Karl Marx (1818-1883) apontou o equívoco de Malthus, argumentando que, na verdade, a superpopulação atendia aos interesses dos capitalistas. Estes se beneficiavam dela, na medida em que criaria um exército industrial de reserva, geraria a competição por empregos e permitiria oferecer salários cada vez mais baixos. Além disso, haveria a ampliação do mercado consumidor, igualmente beneficiando os capitalistas.
A história provou que a teoria malthusiana apresentava sérios equívocos. Se tivesse havido, de fato, duplicação a cada 25 anos, a população mundial estaria hoje à beira de 15 bilhões de pessoas. Quanto à questão da falta de alimentos, o avanço tecnológico no setor agropecuário proporcionou colheitas e rebanhos cada vez maiores. Sabe-se que, no final do século XX, a produção agrícola mundial, em tese, poderia satisfazer bem mais que a totalidade da população do planeta.
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