Resenha: A guerra do Paraguai – F. Doratioto
Por: Suelen Fontana • 6/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.211 Palavras (5 Páginas) • 774 Visualizações
Resenha: A guerra do Paraguai – F. Doratioto
A guerra do Paraguai foi um dos conflitos mais violentos e duradouros, tendo duração de cerca de 6 anos, com inicio em dezembro de 1864, com fim em 1870, com a morte de Francisco Solano Lopes, em Cerro Coroa. Foi um conflito marcado pela utilização de novas tecnologias, provenientes do desenvolvimento da industrialização do EUA e Europa.
Segundo o texto de Doratioto, partir de década de 70, autores defendiam a ideia de que o conflito foi motivado pelo imperialismo britânico, que tinha interesses tanto como mercado fornecedor, quanto no mercado consumidor e que por sua vez queria acabar com a tentativa de desenvolvimento autônomo, porém tal associação não condiz com a realidade, visto que o país tinha a frente um ditador, o que não gerava um grande índice de desenvolvimento. Após analise de outros historiadores, tal tese perdeu ainda mais o poder, visto que foi comprovado que Grã Bretanha, beneficiará do processo limitado de modernização paraguaia e restrito a aspectos militares, tendo como ponto de partida o fato de que a Grã Bretanha exportava produtos manufaturados e técnicos britânicos para operar na ferrovia do Paraguai. Além da compra de armamento e treinamento para os jovens paraguaios. O investimento do Paraguai em questões militares provinha de uma preocupação de Solano López em relação a seus dois maiores vizinhos, sendo estes a República Argentina e o Império do Brasil. Com esses dois países, o Estado paraguaio disputava territórios, além de divergências em questões político-ideológico.
O Paraguai era um país agrícola atrasado, com um regime autoritário focado apenas em manter o poder de Solano López, sem qualquer preocupação de cunho social. Solano e sua família utilizavam dos lucros gerados pela agricultura para uso pessoal.
A politica externa de Solano López, que assumiu o governo em 1862, após morte de seu pai Carlos Antonio Lopéz, foi considerada ousada e incompetente colocando o país em posição conflitante com governos argentino e brasileiro.
Argentina por sua vez, estava consolidando-se como estado nacional após décadas de instabilidade e guerras civis. Porém as oligarquias regionais, que defendiam um estado federalista, visto que queriam garantir sua dominação local e riquezas, evitando impostos nacionais, estabeleceram relações com Solano Lopez. Lopez também aproximou-se de Bernardo Berro, que estava a frente do Uruguai, era do partido Blanco (que representavam os grandes proprietários de terra, que tinham afinidades com os pecuaristas da outra margem do rio da Prata, nas províncias argentinas), e enfrentava conflitos internos desencadeados pelo partido Colorado ( que tinham como base social principalmente os comerciantes de Montevidéu e defendiam o livre comércio e a livre navegação dos rios platinos) que tinha a frente Venancio Flores.
Uruguai havia conquistado sua independência, por intermédio britânico, após três anos de guerra. No Brasil, o governo imperial temia por perder o controle sob a província do Rio Grande do Sul, que havia se separado do país e solicitada intervenção brasileira em favor de Flores. Após esse episodio, o Império decide então em 1864 pela intervenção no Uruguai, iniciada com envio de José Antonio Saraiva em missão especial. Mas o Uruguai tentou se libertar das ingerências brasileiras e Argentinas e em decorrência disso e das alianças que foram feitas, no mesmo ano o império ameaça em fazer uma intervenção militar para defesa dos brasileiros ali instalados. A Afinidade inédita entre Brasil e Uruguai facilitou a concordância entre ambos que decidem em 1964, por invadirem o território uruguaio. Em resposta o navio civil brasileiro, foi aprisionado logo após partir de Assunção e em Dezembro, tropas atacaram o Mato Grosso, pegando de surpresa o império.
Sob liderança de Lopez, o plano era avançar pelo Rio grande do Sul em direção ao Uruguai, tirando os miitares brasileiros que ali s encontravam usando como desculpa a garantia da independência Uruguaia. Porém o novo presidente uruguaio, o também blanco Tomás Villalba, pressionado pelos comerciantes da cidade, prejudicados pelo bloqueio de Montevidéu pela Marinha imperial, assinou acordo de paz com o enviado brasileiro José Maria da Silva Paranhos, futuro visconde do Rio Branco.
Mesmo com o novo cenário, Lopéz não mudou os planos e em 1865 a província de Corrientes foi invadida, após esse fato 12 mil homens invadiram a região do Rio Grande do Sul. Lopez imaginava que tal fato, seria visto como um movimento libertador, porém somente uma pequena parcela da população enxergou o ato desta forma.
Em 1865, ocorreu a imposição brasileira
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