Resenha Aspectos Econômicos Da Serra Catarinense
Ensaios: Resenha Aspectos Econômicos Da Serra Catarinense. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: EmilyMorgana • 6/5/2014 • 846 Palavras (4 Páginas) • 521 Visualizações
A região serrana é composta por 11 municípios e todos fazem parte da Associação de Municípios da Região Serrana- Amures. A primeira atividade econômica desta região foi à criação de gado, o poder concentrado na mão de poucos fazendeiros, a subordinação dos empregados e a baixa circulação de dinheiro foram fatores que impediram novas oportunidades de negócios. Como afirmado por Goularti Filho (2002).
“Mesmo com os avanços nas atividades pastoris, a região serrana não conseguiu dinamizar sua economia, pois sempre esteve mergulhada no atraso social, econômico e politico (...). A pecuária, baseada na grande propriedade e numa relação de mandonismo entre os senhores de fazenda e a pobre população cabocla foi incapaz de criar em Lages um centro irradiador para toda a região de novas relações econômicas”.
Esta estrutura dificultou o surgimento do desenvolvimento e esta ideia reflete-se ate os dias atuais.
A exploração da madeira da araucária nativa iniciou nos anos 30, mas a região de Lages atingiu seu auge durante a década de 60, sendo considerada a maior economia do estado devido sua produção de madeira. A menina dos olhos de Santa Catarina atraia diversas pessoas devido a promessa de vida melhor. Mas todo esse encanto não durou muito e hoje o cenário é totalmente o oposto, as pessoas retiram-se da Região em busca desta promessa em outras cidades. Como muito bem analisado por Goularti Filho (1994).
“A região que durante as décadas de 50 e 60 foi o maior pólo estadual de atração de migrantes, nas décadas seguintes tornou-se o maior pólo de repulsão populacional do estado.”
A criação de gado já não era mais a principal fonte da economia e a extração da madeira tornou-se a salvação da região, porem o dinheiro entrando nos bolsos dos donos das empresas impediu de visualizar que recursos naturais não são infinitos, sendo assim o esgotamento das reservas foi inevitável e a queda da economia também, algumas empresas mudaram de ramo ou de cidade e outras simplesmente fecharam.
Com a mudança da criação de gado para a exploração da madeira, os moradores puderam optar pelo trabalho nas serrarias ou nas fazendas, aumentando a circulação de dinheiro dentro da região. O cenário era propicio a novos negócios, porem após a queda do setor madeireiro não houve nenhum crescimento em qualquer outro setor na região. Na época da expansão da madeira todo o lucro era dedicado à compra de novas reservas de pinheiros e não houve uma preocupação com novos investimentos em outros mercados ou até mesmo uma diversificação dentro do próprio setor madeireiro. A preocupação se prendia no presente e no momento, a extração era rentável, não havia o porquê de se aplicar dinheiro em algo que rentaria no futuro. Esta falta de visão foi um dos principais fatores para a queda da economia da serra catarinense.
A produção de madeira era grande, sendo possível ser a principal fornecedora de madeira para a construção de Brasília (Goularti filho, 2002). Por ironia, a região ajudou levantar a capital do Brasil, mas não conseguiu levantar uma economia estável sendo obrigada a receber recursos de fora.
Os novos investimentos foram externos, acreditava-se que estes poderiam tirar a região da regressão e contrapartida os investimentos internos são
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